- "Hazzie é incrível! Ele me mostrou um lado que eu desconhecia e me sinto muito feliz por isso. Pela primeira vez em muito tempo, me sinto de bem comigo mesmo."

Scott arregalou os olhos, sem acreditar.

- Você conseguiu mesmo!

Ri.

- Consegui.

- E-então ele é mesmo gay?

Franzi o cenho imediatamente. Será que ele seria capaz de fazer alguma coisa contra Louis? Tirar ainda mais sarro com o que ele era?

Virei e encarei os seus olhos castanhos com receio:

- Isso não muda nada o que ele é!

Scott deve ter percebido a forma como imediatamente fiquei tenso, os punhos fechados, a testa franzida com aquela pergunta.

Ele me observou por alguns segundos e então arregalou ainda mais os olhos, cobrindo a boca aberta com as mãos:

- Você acabou gostando dele também!

Engoli em seco e fiquei com medo do que ele poderia fazer. Scott me bateria? Me xingaria também? Me chamaria de bicha e diria que não seria mais meu amigo?

Mas não.

Ele abriu um sorriso.

Um sorriso malicioso.

Um sorriso!

- Me dê isso agora! - Ele puxou o diário das minhas mãos, louco de curiosidade para saber mais. Segurei-o com força entre os dedos, sabendo que Louis nunca me perdoaria se mais alguém lesse o que tinha ali.

- Scott... pare!

Mas ele puxou e acabei soltando, vendo o diário voar para cima e duas folhas saltarem para fora enquanto ele caia novamente.

Agarrei-o no ar antes que caísse no chão e Scott pegou as duas folhas.

Dois dos desenhos meus.

Ele desdobrou o papel e eu só pude torcer para que nenhum deles fosse aquele que me mostrava dormindo na cama de Louis, pois seria ainda mais complicado de explicar.

Não era.

O queixo de Scott caiu.

- Oh, meu Deus! - Olhou para mim, descrente. - Louis que fez isso?

Sorri ao ouvi-lo usar o nome de verdade e não o apelido e assenti.

Ele continuou olhando para a folha que mostrava uma caricatura minha perfeita e eu acabei confessando:

- Lou é especial, Scottie. Ele é incrível em tudo que faz, mas ninguém consegue perceber isso. Ninguém sabe entender e vê-lo de verdade.

Ele me olhou, fixando os olhos em mim por alguns segundos antes de novamente abrir um enorme sorriso e se aproximar, batendo a mão no meu ombro:

- Incrível é como seus olhos estão brilhando agora. - Corei até a ponta dos cabelos e ele riu baixinho. - Sou seu melhor amigo desde que tinhámos oito anos de idade e posso afimar que eu nunca te vi ficar assim por ninguém antes.

Se possível, fiquei ainda mais vermelho.

Ele estendeu os desenhos e eu os dobrei cuidadosamente, colocando-os entre as folhas do diário novamente e guardando no bolso da frente da minha mochila.

Coloquei tudo dentro do armário e o tranquei.

Scott bufou, batendo a porta de seu armário, escandalosamente, e passando a mão pelos cabelos.

Como não te amar? (Larry Stylinson AU)Where stories live. Discover now