Capítulo 12

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Joguei os braços para o lado, passando as mãos pelo tecido fino que cobria o colchão à procurar de um corpo familiar, mas meus dedos encontraram o vazio.

Eu estava sozinho.

Com um gemido de sono, abri parcialmente os olhos e os fechei por causa da luz do sol segundos depois. Pisquei um pouco e finalmente foquei o olhar em um garoto sentado de forma tranquila sobre o puff azul, as pernas cruzadas e um lápis entre os dedos.

- Bom dia, raio de sol. - Comentou Louis, sorrindo, sem erguer os olhos do que fazia.

O sol batia em seus cabelos negros, tornando-os quase azul-escuros e pude perceber pingos cor de caramelo em seus olhos conscetrados, que apareciam apenas nessas circunstâncias.

Sorri com o apelido.

- Bom dia!

E então sorri ainda mais quando lembrei da noite passada.

Eu o beijei!

Depois de eu ter confessado que eu queria mesmo beijá-lo, acabamos deitados na cama, sempre colados. Passamos as últimas horas da madrugada ali, trocando carícias e mais beijos, até que finalmente adormecemos, agarrados.

Eu me sentia feliz. Meu peito batia descompensadamente, não conseguia parar de sorrir e querer ficar perto do meu menino de olhos azuis. Que tipo de sentimento era aquele? Desejo? Por um homem? Eu estava ainda estava pasmo com o rumo que as coisas tomavam e em como minha mente já não estava achando tão absurda assim a ideia de eu ser gay.

Gay!

Eu estava um pouco assustado com isso. Talvez fosse uma diversão rápida, um desejo louco de conhecer o outro lado, talvez apenas uma confusão interior, talvez...

Louis desenhava de cabeça baixa e eu não resisti àquela cena. Saí da cama com um pulo e imediatamente me joguei no colo dele, que teve apenas tempo de tirar o desenho antes que eu sentasse nele. Um sorriso enorme estava no meu rosto.

Ele riu minha reação e prendeu meu corpo com os braços, beijando meu cabelo quando abaixei o rosto contra seu peito apenas para ouvir um coração disparado.

- Vai voltar para casa ainda hoje? - Passando a mão pelos meus fios de cabelo delicadamente, Louis perguntou.

Fechei os olhos e ri.

- Acho que estou muito bem aqui. - Mas então levantei o rosto, ficando um pouco envergonhado. - A não ser que você não queira que eu fique... Quer dizer, eu sei o que aconteceu ontem, talvez voc...

Não terminei.

Sua boca agarrou a minha com determinação e eu correspondi o beijo com uma intensidade que eu nem sabia que existia. Agarrei seus cabelos, puxando um pouco e ouvi um baixo murmúrio sair de seus lábios. Mais uma vez meu coração queria sair dali correndo, de tão agitado que estava.

Afaste-me devagar e o vi abrir os olhos, preguiçosamente. Virei o rosto para apoiá-lo novamente em seu peito e foi quando notei o desenho que ele tinha pousado no chão ao lado do puff. Os traços bem feitos me mostravam com um rosto quase angelical, os olhos fechados, abraçado com um dos travesseiros de Louis em um sono tranquilo.

Pisquei os olhos.

- Nunca vi algo tão lindo! - Falei.

Ele corou, ficando da cor de um tomate maduro, e depois riu.

- Não resisti.

Sorri ainda mais, passando meu nariz por seu pescoço delicadamente, erguendo o rosto devagar para beijá-lo novamente...

Como não te amar? (Larry Stylinson AU)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu