-In my eyes, it's despicable.| 003

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{𝑷𝒐𝒗 𝑺/𝒏.}

Estou aqui, tudo começa com um jogo de quadribol, talvez seja uma boa ideia torcer pelo pontinho de ouro? Talvez ele seja realmente um bom jogador, o que é horrível para Sonserina, como hoje é um jogo de Grifinória contra Lufa-lufa vou torcer para o time de Harry.

Estou sentada na arquibancada, tenho Pavor de jogos, ainda mais de pessoas gritando descontroladamente, algumas com tintas em seus rostos. Hoje está um dia nublado, por sorte: sem chuva.

Eu observo algumas pessoas, é difícil porque tem muita gente, de todas as casas, me dá claustrofobia.

Vejo uma pessoa que chama minha atenção, ele faz parte do time da Grifinória, por que não está jogando? Eu me aproximo lentamente, passando por muitas pessoas, quando chego até ele me surpreendo com sua altura, ele não parecia tão alto de longe, acho que minha cabeça passa apenas uns dois centímetros de seu ombro, ele é ruivo, com certeza é um Weasley. Cutuco suavemente seu ombro com meu dedo, ele vira a atenção para mim com as sobrancelhas levantadas e tem um sorriso em seu rosto.

—O que quer?— Ele se senta no banco, já que estava de pé e me sento também para conversar.

—Por que não está jogando?— Falo cruzando minhas pernas.

—Te importa?— Ele diz sorrindo, eu sei que ele não quer falar comigo, certamente, Harry é seu amigo, eles devem me detestar.

—Se estou perguntando.— Meu tom é alto para que ele possa ouvir em meio aos gritos.

—Meu braço está machucado, mal consigo movê-lo.—

—Posso saber o porquê disso?— Falo com minhas sobrancelhas levantadas, não consigo controlar direito minha expressão, devo estar olhando para ele com desprezo.

—Deu cãibra na mão, deixa pra lá.— Ele diz e olho para frente, me levanto e meus olhos procuram Harry, está voando atrás daquele pomo rapidamente, sinto a presença do Weasley ao meu lado.

—Você é qual projeto de Weasley?— Falo, ele me olha com uma carranca.

—George Weasley. Você é Riddle, credo...—Eu o olho com minhas sobrancelhas levantadas e reviro os olhos.

—Desgraçado.— Murmuro dando uma batida na madeira da arquibancada.

—O que disse?— Vejo a carranca no rosto dele, sinto vontade de rir, mas tento conter.

—Harry quase pegou o pomo, você viu?— Falo apontando para Harry. George solta um suspiro. Por alguns segundos posso ver o olhar de Harry encontrando o meu e de George, posso ver a expressão confusa em seu rosto, apenas ouço gritos antes de Harry bater em uma parede.

Ele caiu, que horror, todos os gritos diminuem lentamente, um silêncio agora é perceptível na plateia, apenas cochichos, vejo George sair correndo e vou atrás dele, seja para onde está indo, imagino que seja até o Testa rachada, é uma oportunidade.

Vemos Harry caído sobre o chão, eu olho para ele, ele está desmaiado
—Provavelmente pelo impacto da vassoura contra a parede—, ainda respira, Oliver e Fred erguem Harry e começam a carregá-lo em direção á enfermaria a pedido da madame Hooch. Eu os sigo e George me acompanha, posso ver o quanto ele está confuso sobre eu estar próxima deles, realmente, no lugar dele, eu também ficaria surpresa.

Chegamos na enfermeira, Harry tem um pouco de sangue em sua cabeça, muito pouco, apenas um arranhão, Oliver e Fred o colocam sobre a cama hospitalar.

—Quero que algum de vocês quatro fiquem acompanhando Harry, não vou poder ficar por muito tempo aqui, então, por favor, colaborem.— Madame Pomfrey diz e ergo a mão.

—Eu fico.— Falo, os três meninos me olham confusos.

—Ela vai matá-lo.— Fred diz apontando para mim e olha para os outros.

—Cale a boca, Weasley.— Falo olhando para ele antes de me virar para a Madame Pomfrey novamente.
—Deixe-me ficar, eu vou ser muito boa em ajudar meu...amigo, é, meu amigo Harry.— Falo, percebo os meninos me olhando com os olhos arregalados e seus queixos caídos.

—S/n, Irei aceitar, mas tome cuidado, se precisar de ajuda peça a algum professor.— Ela diz, dou um sorriso vitorioso.

—Não pode deixar ela com o Harry.— Oliver diz, ainda incrédulo.

—Sinceramente, no momento, de vocês quatro, S/n é a única que já me ajudou algumas vezes na enfermaria, ela é muito boa nisso, vocês mal sabem fazer uma atadura. É mais perigoso deixar Harry com vocês do que com ela. Agora...saiam, vamos, vamos...— Ela diz os conduzindo para fora da sala, meus olhos fitam os quatro enquanto eles saem, eu solto um baixo suspiro, o que a madame teria para fazer agora?

Bom, eu me viro para Harry, já tinha me esquecido dele, eu começo a higienizar seu pequeno corte, não é nada demais.

—Em meus olhos...você é desprezível, Potter.

Murmuro, colocando gentilmente um curativo em seu corte, agora tem duas cicatrizes, mas essa logo Sara...Tudo está certo com ele, fez apenas esse machucado, suas batidas estão regulares, vai ver ele desmaiou de surpresa. Eu me sento sobre uma cadeira próxima e suspiro baixinho, fechando meus olhos.

Isso...nada disso teria acontecido, se não fosse meu pai. Eu nem teria ido para esse jogo de quadribol, não teria conversado com aquele ruivo e nem sequer me "preocupado" com Potter.

Isso é tudo culpa sua, literalmente tudo culpa sua, pai.

—Agh...— Abro meus olhos, erguendo uma sobrancelha com o gemido do Moreno, ele está acordando e move sua mão involuntariamente até seu corte na cabeça mas eu seguro o pulso dele.

—O que...o que está fazendo aqui?!— Ele diz, quase se levantando de impulso mas eu o preciono com minha mão, o mantendo deitado.

—Quer ficar quieto? Você caiu no jogo.—Falo, meus olhos fitando os olhos verdes dele, são tão profundos quanto os de Mattheo, seus lábios estão caídos suavemente enquanto ouço sua respiração, ele não diz nada por um bom tempo, apenas me olha.

—Você é louca. Quem te deixou ficar aqui?— Ele diz e o solto, arrumando minha postura no banco novamente.

—Me deixaram aqui para cuidar de você.—

—Por que estava com George?— Ele pergunta.

—Eu estava apenas tendo uma conversa.— Falo e ele me olha, se sentando sobre a cama e colocando a mão novamente na cabeça.

—Dá pra parar de tocar a cabeça? Tem um curativo aí.— Falo e ele retira a mão.

—Quero ir embora.— Ele diz, me fazendo suspirar.

—Pode ir...só deve tomar um remédio, causo doa, seu machucado ou sua cabeça.— Falo o entregando um frasco com alguns comprimidos.

—Tá bem.— Fala em um tom baixo, se levantando da cama, ele vai até a porta e sai, eu apenas o observo, sem dizer nada, não tenho o que dizer, de verdade...o que dizer para um dos garotos mais populares da escola?

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⏰ Last updated: Apr 26 ⏰

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Would you do it again? | Harry Potter.Where stories live. Discover now