Quero te contar uma coisa

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Aurora apoiou sua cabeça no ombro do namorado, delicadamente. Eles estavam na varanda do quarto dele (e de Pedro), sentados no chão que era cheio de tapetes e almofadas, conversando e olhando as estrelas. Mas, principalmente: aproveitando a companhia um do outro.

-Então...a gente conseguiu. – suspirou ela, calmamente.

-Principalmente, nós dois conseguimos. – respondeu Edmundo, sorrindo levemente e beijando o topo da cabeça dela.

-É, você tem razão.

-Eu sempre tenho razão.

-Ai...não começa, idiota.

-Ok, Rory.

-Você é impossível. – riu Aurora, beijando-o na bochecha e apoiando seu queixo no ombro dele, que olhou nos olhos dela com um sorriso irônico.

-Talvez eu seja, mesmo. Impossivelmente perfeito.

-Nem sei como eu aceitei namorar com você.

-E eu não sei como eu pensei em pedir você em namoro.

-Foi a luta que afetou nosso cérebro.

-Pode ter certeza. E ainda está afetando, inclusive agora.

Terminando essa frase, ele aproximou seus lábios dos dela, beijando-a delicadamente. Nada exagerado, com desespero ou ânsia. Era um beijo apaixonado, de uma paixão pura e profunda, que eles compartilhavam. Só o resultado de um amor verdadeiro, tão verdadeiro que nenhum dos dois hesitou em dar a vida para salvar o outro. E com certeza fariam tudo de novo, pura e simplesmente por amor.

-Er...espero não estar atrapalhando os pombinhos. – a voz irônica de Pedro disse, atrás deles.

Rapidamente, seus lábios se separaram e eles coraram um pouco.

-Não, imagina. Eu gosto de exibir beijos na boca por cinco dólares. – respondeu Edmundo, um pouco aborrecido. – Cara, você tinha que aparecer agora?

-De repente, o quarto também é meu. Além disso, está meio tarde. Por que vocês não conversam mais amanhã? – ele respondeu, com um toque de diversão.

-Sim, claro. Boa noite, idiota. Vejo você amanhã. – sorriu Aurora, dando um selinho no namorado.

-Boa noite, Rory. – ele sorriu de volta, quando seus lábios se separaram.

Aurora se levantou, cumprimentou Pedro com a cabeça, e saiu.

-Ei, foi mal estragar o clima de vocês. – se desculpou Pedro, sentando do lado do irmão.

-Tudo bem. Só...bate na porta antes de entrar da próxima vez, ok? – respondeu Edmundo.

-Ok. – sorriu ele.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, olhando para o céu estrelado de Nárnia.

-Ed.

-Hm.

-Tem uma coisa...quero te contar uma coisa.

-O que foi? – perguntou Edmundo, olhando para o irmão.

-Sabe, depois que nos afastamos nunca mais conversamos sobre nada, e quando eu falo nada é tipo...nada.

-Pronto, entrou no modo Pedro Pevensie de confusão na hora de falar.

-Hahaha, muito engraçado esse comentário. – riu Pedro, com ironia.

-O que raios você quer dizer com nada, no fim das contas?

-Eu quero dizer...vida amorosa, estudos, projetos, e tal.

-Hum, entendi. E o que é que tem?

-Sabe, eu...tenho uma namorada, lá no nosso mundo.

Back To Narnia | Edmundo PevensieWhere stories live. Discover now