um amigo ? um conselheiro?

14 2 0
                                    

"Meu nome é Tom. Tom Riddle. E... desculpe minha reação exagerada. Eu não estou acostumado a encontrar... espíritos, digamos assim."

Harry assentiu compreensivamente, respeitando a hesitação de Tom. Ele decidiu oferecer uma palavra de conforto:

"Não se preocupe, Tom. Estamos todos lidando com nossos próprios desafios aqui. Parece que você teve um dia difícil. Posso ajudá-lo de alguma forma?"

Tom olhou para Harry, um lampejo de gratidão nos olhos, antes de sacudir a cabeça levemente.

"Não, obrigado. Apenas estou procurando respostas, mas parece que elas estão sempre um passo à frente de mim."

Harry assentiu olhou para frente um pouco e olhou de volta para a criança.

Você não quer falar mesmo sobre o que está acontecendo?

Tom olhou ele e depois  olhou para o chão por um momento, reunindo coragem para compartilhar sua história com o estranho fantasma ao seu lado. Com a voz ainda um pouco trêmula, ele começou a falar:

"Eu moro em um orfanato ali perto. As coisas não são fáceis lá... Eu... eu sempre me senti diferente, como se não pertencesse realmente a esse lugar. E então, algumas coisas estranhas começaram a acontecer comigo."

Ele olhou para Harry, buscando qualquer sinal de julgamento em seu rosto etéreo, mas encontrou apenas compreensão e empatia. Encorajado, ele continuou:

"Eu... tenho feito coisas estranhas, coisas que não consigo explicar. Às vezes, quando estou com raiva ou com medo, coisas acontecem ao meu redor. Coisas que eu não sei como controlar."

Tom engoliu em seco, lembrando-se das vezes em que sua raiva havia desencadeado fenômenos estranhos e assustadores no orfanato. Ele não entendia completamente o que estava acontecendo, mas sabia que era diferente, e não de uma maneira boa.

"E então, hoje à noite, algo aconteceu... algo... terrível", continuou Tom, sua voz tremendo com a lembrança do evento traumático. "Eu... eu fiz algo que não posso desfazer. Eu não sei o que fazer agora."

Harry ouviu atentamente, compreendendo a angústia e a confusão de Tom. Ele sabia que o jovem órfão estava apenas começando a descobrir seus próprios poderes mágicos, e que o caminho à frente seria difícil e cheio de desafios.

"Tom", disse Harry gentilmente, colocando uma mão incorpórea no ombro do menino. "Você não está sozinho. O que quer que tenha acontecido, podemos encontrar uma maneira de lidar com isso juntos. Você tem um dom, algo especial que poucos têm, e com orientação e apoio, você pode aprender a controlá-lo."

Tom olhou para Harry, surpreso com as palavras reconfortantes do fantasma. Pela primeira vez em muito tempo, ele se sentiu um pouco menos sozinho no mundo. Com um suspiro de alívio, ele assentiu, pronto para enfrentar o futuro incerto com a ajuda de seu novo amigo espectral.

Meu Fantasma Favorito Where stories live. Discover now