Como acabar com o amor não correspondido.

Episódio 34

História paralela - Gloria Lupin (1)

Só estou me perguntando por que saí de casa à noite por causa do sorvete.

Pensei, enjoado e cansado da mão cruel cobrindo minha boca.

Eu era um estudante universitário comum que saía para comprar sorvete no fim de semana. Isso significa que em toda a minha vida nunca tive que ficar ressentido com ninguém.

"Uau... ... !"

Ao passar por um beco escuro, ouvi passos de alguém atrás de mim e fiquei ansioso. Porque era uma noite tão escura.

Então eu andei mexendo no meu telefone, mas um homem de capuz cobriu minha boca e me subjugou. Enquanto eu lutava para fugir, o homem me deu um soco forte no estômago.

Um gemido saiu através dos dentes cerrados devido à dor formigante. Meu corpo estava congelado como se fosse uma pedra e eu não conseguia mover um único dedo.

Enquanto gemia de dor, lembrei-me da notícia sobre assassinato na TV. Nunca pensei que algo assim aconteceria comigo em minha vida.

Quando isso se tornou minha realidade, eu não conseguia nem dizer as palavras comuns: "Por favor, salve-me".

"... ... !"

O metal frio perfurou meu estômago e rasgou meus intestinos. Eu sabia que se a dor fosse tão forte eu não conseguiria nem gritar.

Estou com medo, estou com medo, estou com medo, estou com medo, estou com medo.

Eu senti como se fosse vomitar e meus olhos bem fechados se encheram de lágrimas.

"Huh... ... ."

Desabei no chão frio de asfalto e soltei um suspiro sangrento.

Achei que quando chegasse a hora de morrer sentiria um lampejo de luz ou um grande arrependimento, mas tudo que conseguia pensar era que queria viver.

Naquele momento, a lâmina brilhou à luz fraca do poste de luz e a dor voltou. Não demorou muito para que o sangue começasse a acumular-se na minha boca.

À medida que o cheiro de sangue que permanecia na ponta do meu nariz se tornava mais denso, meus olhos se fecharam gradualmente.

Na minha visão turva, vi meu celular com a tela quebrada e um saco plástico preto rolando no chão.

Talvez eu tivesse morrido assim.

* * *

A razão pela qual tive que dizer esse fato aparentemente óbvio na forma de um palpite foi porque voltei a mim depois de um tempo.

Eu estava deitado em uma cama muito macia. Não sei quanto tempo se passou, mas consegui respirar com facilidade e não senti dor. Abri os olhos pensando que devia ser um hospital muito caro.

"... ... ?"

Papel de parede com padrões estranhos, móveis anacrônicos colocados aqui e ali e uma cama com dossel.

Não tinha estado em muitos hospitais, mas tinha a certeza de que aquele espaço medieval de estilo europeu não era um quarto de hospital.

Eu também tinha certeza de que esses membros pequenos e rechonchudos e esse corpo minúsculo não eram originalmente meus.

Eu, que fui morto a facadas por algum bastardo em um beco escuro, fui surpreendentemente encontrado no corpo de um bebê.

"Eca... ... !"

Então o que eu fiz foi chorar. Eu chorei muito. Chorei tão alto até ficar exausto.

Porque essa era a única coisa que eu poderia fazer com o corpo de um bebê que nem sequer tinha dentes ou cabelos adequados.