O Castelo estava arruinado. Todos estavam arrasados.
Pope achara que poderia ter sido um curto-circuito, um cabo elétrico com defeito. Agora, eles estavam no píer, conversando sobre o avião.
— Sarah, quando que você disse que o avião ia chegar?— John B perguntou.
— Daqui a uma hora. Meu pai disse que quando ele chegar, a gente pode ir quando quiser.
— Tá bom, olha.— começa Pope — Por mais que eu queira ignorar os meus pais de novo, eu não posso.
— Pope, a gente está falando do El Dourado.— diz JJ, ainda abraçando Maya por trás — Será que não dá pra você fugir nem pelos fundos?
— Belo conselho.— diz Kie, e May ri.
— Aí, sempre funcionou pra mim.— deu de ombros — Aula básica para evitar situações chatas: se tiver em problema, você não tem que encarar, você só vira a cara e deixe eles olhando para a sua bunda.
— Eu não vou fazer isso, tá bom?
— Eu quero que você vá, cara.— aperta a mão da namorada.
— Eu vou. Encontro vocês na pista em uma hora.
— Tá, até lá.— acena John B.
— Uma hora, Pope. Nem um segundo depois.
Pope sai logo após a fala do loiro, com Cleo em seus calcanhares.
— Eu vou andando de volta até o barracão. Pelos velhos tempos.— diz JJ — Eu sempre quis ir para a América do Sul. Surf ótimo e erva barata.
— Até em uma hora, família.— Maya se levanta com Gatinha no colo.
— A gente se encontra na pista.— JJ acena e sai com a namorada.
— Tenho que avisar os meus pais... quer ir comigo?
— Vou resolver umas paradas e te encontro lá.— caminham até o carro da garota — Aí, tem como deixar a Gatinha na sua casa? Não sei quanto tempo nós vamos ficar fora.
— Claro que pode.— abriu a porta do passageiro e a coloca lá — Ela só não pode atacar meus filhos, se não é expulsa.
— Dá licença, minha filha é educada.— colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido — Diferente dos seus vira-latas.
— Você tá perdendo a mão demais, meu querido.— vai para o lado do motorista, se apoiando ali — Te vejo em uma hora?
— Te busco em trinta minutos.— sorri para ela e junta seus lábios em um longo selinho.
Após enviar uma mensagem para JJ avisando que o encontraria na pista, Maya tinha acabado de chegar em casa, e como não ficaria por muito tempo, resolveu deixar o carro na rua.
— Está pronta, Gatinha?
Ela pegava a gata no colo quando a mesma mia quando um carro para do seu lado, abaixando o vidro.
Seu coração acelera, e o medo se instala.
— Voltando para casa?
— Cara, que fascínio é esse comigo?
— Te acho gata, só isso.
— A surra que meu pai, namorado e irmãos te deram não foi o suficiente? Fica longe de mim.— começa a andar em direção a casa.
— Nós ainda vamos namorar, Mayzinha.
— VAI SE TRATAR!— mostra o dedo do meio para ele.
Maya acelera o passo e entra na casa, encontrando Lucy segurando a espada samurai de Johnny.
— Está tudo bem, Maya?
— Lu, vê se tem algum carro sem ser o meu parado na rua, por favor.— sua respiração começa a acelerar.
Maya coloca Gatinha no chão perto do pote de ração dos gatos e anda até a cozinha, pegando uma jarra e despejando a água no copo de cristal do conjunto.
Lucy aparece e coloca a espada na bancada.
— Só tinha um carro, mas ele foi embora assim que me aproximei.— ela franze o cenho ao ver Maya pegando mais água, com suas mãos tremendo e os olhos lacrimejando — Está tudo bem, May? Parece nervosa.
— Eu... Eu estou com medo, Lucy.— responde, trêmula — Não sei mais se quero continuar aqui.
— Como assim?
— Esse cara... Dan Stuart... Não foi a primeira vez que ele mexeu comigo. E não tenho certeza de que será a última.— coloca o cabelo para trás e Lucy segura suas mãos.
— Querida, você está segura com os seus pais. Fala com eles.— esfrega a mão em seu braço — Quer que eu ligue para eles?
— Onde está todo mundo?
— Lee está na rua, Joseph teve que ir ao hospital para uma consulta e Mary foi ao shopping com os meninos comprar alguma coisa para a viagem desta noite.
As batidas frenéticas do coração de Maya estavam começando a irritá-la, e ela começou a perceber que fazia tempo que esse tinha começado a ser o seu estado normal.
Ela queria colocar a cabeça, precisava fazer isso. E para isso, precisava ir para o seu lugar de paz.
— Eu... Lucy, prepara uns sanduíches rápidos para mim, por favor. E avise ao primeiro que chegar que vou passar um tempo fora.
— Oh, claro. Vai para casa do JJ?— Maya nega — Dos seus amigos?
— Avise que vou para o Lago da Paz. E se o JJ aparecer, por favor, diga que eu sinto muito.
━──────≪✷≫──────━
Maya descia as escadas com uma mochila, apenas com dois itens essenciais, indo para a cozinha e encontrando Lucy com uma bolsa térmica.
— Quando você volta? Você acabou de voltar...
— Volto logo, eu prometo.— deu um abraço na mulher — Olha os bichinhos pra mim?
Lucy concorda e Maya faz carinho nos três gatos, que bebiam água. Suspirando, ela fecha a porta de casa e anda em direção ao seu carro, ouvindo um choro baixinho, vendo Tequila sentada no gramado principal.
— Quer vir?
Entendendo, Tequila começa a correr em direção a dona, que abriu a porta do passageiro para que a cachorra pudesse entrar. Dando meia volta, ela entra no carro e coloca o cinto e seus óculos de sol que ficava no carro.
— Pronta?— Tequila late — Vamos nessa.
CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIORComo é mto pequeno, lancei logo.
algum dia desses posto logo o próximo, que será o último ou penúltimo.
17/02/2024
ESTÀS LLEGINT
The New Girl | Outer Banks
AventuraQuando Maya é expulsa da escola, a família Montgomery se muda para uma pequena cidade na Carolina do Norte chamada Outer Banks. Mas Maya não esperava que nessa nova cidade ela se meteria em várias aventuras, faria amizades verdadeiras e até encontra...