3.14- Brunch (PARTE II)

628 60 27
                                    

   O Castelo estava arruinado. Todos estavam arrasados.

Pope achara que poderia ter sido um curto-circuito, um cabo elétrico com defeito. Agora, eles estavam no píer, conversando sobre o avião.

— Sarah, quando que você disse que o avião ia chegar?— John B perguntou.

— Daqui a uma hora. Meu pai disse que quando ele chegar, a gente pode ir quando quiser.

— Tá bom, olha.— começa Pope — Por mais que eu queira ignorar os meus pais de novo, eu não posso.

— Pope, a gente está falando do El Dourado.— diz JJ, ainda abraçando Maya por trás — Será que não dá pra você fugir nem pelos fundos?

— Belo conselho.— diz Kie, e May ri.

— Aí, sempre funcionou pra mim.— deu de ombros — Aula básica para evitar situações chatas: se tiver em problema, você não tem que encarar, você só vira a cara e deixe eles olhando para a sua bunda.

— Eu não vou fazer isso, tá bom?

— Eu quero que você vá, cara.— aperta a mão da namorada.

— Eu vou. Encontro vocês na pista em uma hora.

— Tá, até lá.— acena John B.

— Uma hora, Pope. Nem um segundo depois.

Pope sai logo após a fala do loiro, com Cleo em seus calcanhares.

— Eu vou andando de volta até o barracão. Pelos velhos tempos.— diz JJ — Eu sempre quis ir para a América do Sul. Surf ótimo e erva barata.

— Até em uma hora, família.— Maya se levanta com Gatinha no colo.

— A gente se encontra na pista.— JJ acena e sai com a namorada.

— Tenho que avisar os meus pais... quer ir comigo?

— Vou resolver umas paradas e te encontro lá.— caminham até o carro da garota — Aí, tem como deixar a Gatinha na sua casa? Não sei quanto tempo nós vamos ficar fora.

— Claro que pode.— abriu a porta do passageiro e a coloca lá — Ela só não pode atacar meus filhos, se não é expulsa.

— Dá licença, minha filha é educada.— colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido — Diferente dos seus vira-latas.

— Você tá perdendo a mão demais, meu querido.— vai para o lado do motorista, se apoiando ali — Te vejo em uma hora?

— Te busco em trinta minutos.— sorri para ela e junta seus lábios em um longo selinho.

Após enviar uma mensagem para JJ avisando que o encontraria na pista, Maya tinha acabado de chegar em casa, e como não ficaria por muito tempo, resolveu deixar o carro na rua.

— Está pronta, Gatinha?

Ela pegava a gata no colo quando a mesma mia quando um carro para do seu lado, abaixando o vidro.

Seu coração acelera, e o medo se instala.

— Voltando para casa?

— Cara, que fascínio é esse comigo?

— Te acho gata, só isso.

— A surra que meu pai, namorado e irmãos te deram não foi o suficiente? Fica longe de mim.— começa a andar em direção a casa.

— Nós ainda vamos namorar, Mayzinha.

— VAI SE TRATAR!— mostra o dedo do meio para ele.

Maya acelera o passo e entra na casa, encontrando Lucy segurando a espada samurai de Johnny.

— Está tudo bem, Maya?

— Lu, vê se tem algum carro sem ser o meu parado na rua, por favor.— sua respiração começa a acelerar.

Maya coloca Gatinha no chão perto do pote de ração dos gatos e anda até a cozinha, pegando uma jarra e despejando a água no copo de cristal do conjunto.

Lucy aparece e coloca a espada na bancada.

— Só tinha um carro, mas ele foi embora assim que me aproximei.— ela franze o cenho ao ver Maya pegando mais água, com suas mãos tremendo e os olhos lacrimejando — Está tudo bem, May? Parece nervosa.

— Eu... Eu estou com medo, Lucy.— responde, trêmula — Não sei mais se quero continuar aqui.

— Como assim?

— Esse cara... Dan Stuart... Não foi a primeira vez que ele mexeu comigo. E não tenho certeza de que será a última.— coloca o cabelo para trás e Lucy segura suas mãos.

— Querida, você está segura com os seus pais. Fala com eles.— esfrega a mão em seu braço — Quer que eu ligue para eles?

— Onde está todo mundo?

— Lee está na rua, Joseph teve que ir ao hospital para uma consulta e Mary foi ao shopping com os meninos comprar alguma coisa para a viagem desta noite.

As batidas frenéticas do coração de Maya estavam começando a irritá-la, e ela começou a perceber que fazia tempo que esse tinha começado a ser o seu estado normal.

Ela queria colocar a cabeça, precisava fazer isso. E para isso, precisava ir para o seu lugar de paz.

— Eu... Lucy, prepara uns sanduíches rápidos para mim, por favor. E avise ao primeiro que chegar que vou passar um tempo fora.

— Oh, claro. Vai para casa do JJ?— Maya nega — Dos seus amigos?

— Avise que vou para o Lago da Paz. E se o JJ aparecer, por favor, diga que eu sinto muito.

━──────≪✷≫──────━

Maya descia as escadas com uma mochila, apenas com dois itens essenciais, indo para a cozinha e encontrando Lucy com uma bolsa térmica.

— Quando você volta? Você acabou de voltar...

— Volto logo, eu prometo.— deu um abraço na mulher — Olha os bichinhos pra mim?

Lucy concorda e Maya faz carinho nos três gatos, que bebiam água. Suspirando, ela fecha a porta de casa e anda em direção ao seu carro, ouvindo um choro baixinho, vendo Tequila sentada no gramado principal.

— Quer vir?

Entendendo, Tequila começa a correr em direção a dona, que abriu a porta do passageiro para que a cachorra pudesse entrar. Dando meia volta, ela entra no carro e coloca o cinto e seus óculos de sol que ficava no carro.

— Pronta?— Tequila late — Vamos nessa.

— Pronta?— Tequila late — Vamos nessa

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR

Como é mto pequeno, lancei logo.

algum dia desses posto logo o próximo, que será o último ou penúltimo.

17/02/2024

The New Girl | Outer BanksOn viuen les histories. Descobreix ara