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"Acho que exageramos um pouco." Comentou Rabastan ao olhar para o corpo desfigurado do alfa.

Voldemort entortou a cabeça ao olhar para o corpo falecido de Dolores Umbridge ainda segurando a pena.

"Você acha?" Perguntou Voldemort. "Eu acho que foi bem estimulante. Me sinto até mais leve."

Rabastan negou com isso apesar de concordar.

"Nós os vingamos." Disse Voldemort. "É isso que importa."

O lúpus encarou suas mãos sujas de sangue onde as esfregou.

"Não se preocupe com isso." Disse seu Lord. "Harry tem maturidade o suficiente para assimilar as coisas então um pouco de sangue não faz mal."

Rabastan relevou isso.

"Meus elfos se livraram da carcaça e limparam o lugar. " Disse o mais velho." Tudo se esquecerá assim que passarmos da porta."

"Talvez." Falou Rabastan.

"Você consegue dormir a noite?" Questionou Voldemort. "Se sim então assunto encerrado."

Os dois saíram das masmorras e Rabastan murmurrou um feitiço o limpando do sangue em si.

"Eu quero falar com você sobre algo." Começou Voldemort. "Que provavelmente é de seu interesse."

"Harry está me esperando." Apontou.

"Ele pode esperar." Disse Voldemort. "Colen está fazendo companhia a ele,deixe-os conversarem."

Rabastan contraiu os lábios,mas assentiu com aquilo.

Harry estava seguro já que seu colega estava com ele.

Seguindo caminho até o escritório, Voldemort se sentou em sua cadeira e convidou o outro para sentar.

"Minhas intenções sobre Potter são claras para você desde o começo." Começou Voldemort ." O que aconteceu naquela festa foi um deslize terrível que eu não imaginava que tomaria aquele rumo e que Potter morreria no processo."

Rabastan apenas prestou atenção.

"Mesmo que você não queira ou não deseje minha presença perto dele." Continuou. "Potter precisa da magia corrompida. "

"Por que?"

"Porque ele faz parte de mim." Respondeu. "Bom o que está dentro dele faz."

Rabastan franziu o cenho com isso.

"Potter é minha horcrux viva." Revelou Voldemort.

"Isso é impossível." Declarou Rabastan. "Não há relatos de horcruxes viva desde Merlin."

"Eu também achava isso até o quarto ano de Potter onde foi meu renascimento." Explicou Voldemort.

"Então o motivo de não matá-lo é porque ele é sua horcrux viva?" Questionou.

"Sim." Confirmou Voldemort. "Eu criei a suspeita desde o quarto ano e conforme  o fazia ter visões durante todo seu quinto ano, consegui ter acesso a uma ala diferente na mente dele onde encontrei esse pequeno fragmento da minha alma. "

Pegando sua varinha,Voldemort encostou a ponta em sua testa puxando a memória.

Chamando sua penseira,ele colocou a memoria ali e olhou para Rabastan.

"Não é uma memória que eu desejo me desfazer dela então veja por aqui." Declarou.

Rabastan encarou o Lord antes de adentrar a memória dele.

Estando na visão dele,a mente de Harry se parecia com aquelas roseiras sem as flores e seus espinhos estavam muito maiores que o normal enquanto uma tempestade caia sem pudor com direito a ventania e raios.

O tal fragmento se parecia como uma névoa sombria que se entranhava com as trepadeiras a sua volta ao ponto das folhas serem manchadas e grotescas.

Ele viu a mão de Voldemort tocar a névoa que reagiu a ele.

"Fascinante." Disse a memória." E pensar que planejava matar algo meu."

Observou Voldemort sorrir assustadoramente.

"Potter tem sorte." Disse." Ou azar,quem sabe."

A memória se dissolveu e Rabastan tirou sua cabeça da penseira logo olhando para o outro.

"Por isso não o matou." Concluiu.

"Sim." Respondeu Voldemort. "O fragmento funcionava como um vírus sob a magia dele. Precisa se alimentado de tempos em tempos e para evitar que ele se alimente da magia neutra do garoto,eu a alimento com magia,no entanto,Harry não sabe disso pois eu apago a memória dele sempre que vou para não ter dor de cabeça depois."

Rabastan estava processando isso ainda.

"E não,não pode ser tirado." Disse Voldemort. "Eu já tentei quando juntei todos os meus outros fragmentos,mas esse não pode ser tirado."

"Por que?"

"Se eu retirar." Começou Voldemort. "Harry pode morrer."

Um silêncio perturbador se impregnou na sala como veneno.

Rabastan sentiu o peso daquelas palavras como bigornas o atingindo violentamente.

"Ele pode morrer?" Questionou transtornado.

"Sim." Confirmou Voldemort." Como você disse,não há registros de uma horcrux viva desde Merlin porém eu achei um."

Ele mexeu em suas gavetas e tirou um diário tão desgastado que não tinha mais capa.

"Aparentemente os antigos Slytherin's tiveram essa experiência e registraram." Começou Voldemort." Isso é antes de Salazar,aqui diz que eles fizeram esse experimento e depois tentaram retirar. A pessoa morreu antes mesmo de terminarem o processo."

Rabastan suspirou enquanto passava a mão pelos cabelos com aquilo.

"Concluindo: o fragmento não fez nenhum mal a Harry graças ao que eu faço em distribuir minha magia a ele." Disse Voldemort. "E eu vou continuar fazendo isso só que agora com você sabendo."

"E como Harry fica nisso?" Questionou.

"Harry não precisa de mais um trauma na vida dele não acha?" Apontou Voldemort. "Deixe esse assunto só para nós dois."

O lúpus encarava seu Lord com aquilo.

Contar ou não para Harry?

O vislumbre do sorriso dele veio a sua mente e das vezes que Harry se mostrou vulnerável a sua frente.

Não queria ver a expressão que ele faz quando está triste e muito menos pelas coisas que já aconteceu com ele.

Talvez futuramente poderia contar,mas só mais para frente.

Estava na hora de seu ômega ser feliz de verdade então deixaria esse assunto para depois.

Suspirando,ele concordou com o mais velho que lhe encarava.

"Muito bem." Declarou. "Mas farei isso por ele."

"É claro afinal ele é seu ômega." Disse Voldemort. "Deve fazer o melhor para ele."

Rabastan assentiu enquanto franziu os lábios.

Tudo pelo seu ômega.

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