— O Toretto é um bom homem, só está do lado errado da lei.

— Ele é bom sim, foi com o dinheiro que ele me deu que eu vim pra cá, sabia? — murmurei e senti um olhar de confusão. — Uma vez ele passou lá em casa de noite procurando a Elena, ela estava com o cordão dele. Me assustei com alguém em casa tarde da madrugada e peguei um vaso de cerâmica que tinha na sala, mas aí eu me assustei com ele, deixei o vaso cair e me machuquei...no fim ele me ajudou e ainda limpou a bagunça. Na segunda, quando você me deixou em casa, tinha uma caixa com um bilhete, dentro da caixa tinham dez mil dólares, pra mim.

— Ele te deu dinheiro por que fez você machucar o pé? — gargalhou e eu concordei.

— Nada mais que a obrigação dele, né! Fiquei manca um tempão por culpa dele. — respondi divertida, mas minha feição logo mudou. — Ele é um bom homem, mas tenho medo da Elena sair machucada...fiquei sabendo que ele tinha uma esposa, não é?

— É, ele tinha sim, mas de acordo com as notícias ela morreu no ano passado.

— Foi muito recente, ele deve amar muito ela ainda, então tenho medo dela se machucar.

— Ela é esperta, vamos torcer pra ela usar isso a favor dela e não se machucar, tá bom?! — beijou meus cabelos e eu balancei a cabeça concordando.

Senti os olhos pesados enquanto ele continuava com o carinho em meu cabelo. Cedi ao sono, já que estava cansada pela viagem.

-

— Você leva ela na escola pra mim? — Luke perguntou enquanto eu me sentava em um dos bancos da bancada da cozinha enquanto preparava o café. — Tenho que ir mais cedo pro serviço.

— Eu até levo, mas não faço ideia de onde fica. — murmurei mastigando uma uva verde.

— Vou colocar o endereço no GPS do carro, você dirige, não é? — perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

— Não tão bem quanto o Toretto, mas o básico eu sei.

— Vou deixar o endereço da escola e aqui de casa salvos no GPS, então, mas qualquer coisa você pode me ligar depois. Vou deixar avisado na escola que você tem permissão pra deixar e buscar a Samantha. — murmurou, vindo até mim e me dando um selinho antes de distribuir os ovos mexidos nos três pratos.

— Hein, como dou entrada pra conseguir o visto permanente? Entrei com o visto de turista, eu acho... não entendo dessas coisas.

Ele parou e me encarou, tentando pensar numa solução — Eu resolvo, não se preocupa não.

— Bo dia!

Ouvimos a voz de Samantha chegando na cozinha e eu sorri vendo que ela estava com o rostinho amassado e o cabelo todo bagunçado, o sono tinha sido bom.

Luke largou tudo e foi em direção a filha, a abraçando e a tirando do chão numa facilidade surreal, brincou e fez cócegas na garotinha e eu olhei aquela cena sorrindo divertida.

Quem o visse sendo todo fofo e carinhoso com a filha e até mesmo comigo, não imagina que o mesmo homem que anda com uma carranca séria pra baixo e pra cima quando está em serviço.

Sexy.

Samantha correu em minha direção assim que o pai a deixou no chão e bateu na minha perna, me pedindo colo. Sorri e me curvei para pegar a garotinha e coloca-la sentada sobre minhas pernas.

— Bo dia, tia Cecília! — murmurou e me beijou no rosto, minha vontade era de gritar de tanto amor, mas me segurei e lhe devolvi o beijo na bochecha lhe desejando um bom dia também.

INEFÁVEL - LUKE HOBBSTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang