— Ótimo, porque é tudo que você nunca terá. Nosso perdão e misericórdia — Daemon disse bufando, erguendo novamente o caolho atirado no chão e o fazendo se manter ajoelhado diante de uma Rhaenyra quieta e furiosa.— O que você quer fazer, por agora?
— Leve-o imediatamente para prisão e o faça clamar pela morte — foi a ordem da Rhaenyra e Aemond se manteve com os olhos no piso, sem encará-los diretamente. — Vou ir atrás do que é meu por direito. E você vai ver isso acontecendo, Aemond. E não poderá impedir nada.
Aemond não disse nada, nem se sentiu no direito de implorar por misericórdia. No fundo, ele esperava que sua morte ou a tortura que sofreria fosse o suficiente para acalmar Rhaenyra e seus familiares, mesmo que isso não fosse o suficiente e nem que trouxesse Lucerys de volta.
E ele foi levado para uma prisão, deixado sem blusa e descalço, com os tornozelos e os braços acorrentados por aço, fazendo com que Aemond ficasse em pé com os braços para cima, como um animal prestes a ser despenado.
A posição era ruim e cansativa, totalmente desconfortável e Aemond esperava por isso, então ele não estava preocupado e nem temia por sua vida, afinal sabia que não morreria tão fácil.Realmente não seria tão fácil morrer.
E ele já esperava sessões de torturas, porque Daemon era, bem, Daemon.Aemond ficou parado, em silêncio, até um guarda vir e jogar contra ele um balde de água fria apenas para deixá-lo estremecendo ali, novamente, saindo e deixando o Targaryen sozinho.
E ele queria estar sendo machucado, porque assim não teria tempo para ter pensamentos.Os pensamentos eram ensurdecedores, deixando Aemond num mar de culpa, arrependimento e dor.
Ele não sabia porque agiu da maneira que agiu e sabia que não deveria ter feito nada, ele apenas tinha que ir até a Casa Baratheon, conseguir ou não o apoio e ir embora.
Só que quando ele viu o sobrinho chegando, com seus cabelos escuros e cacheados, seu olhar astuto e confiante.Algo chamou a atenção do Targaryen e ele tentou não pensar muito sobre o que significava.
Desde muito cedo, ele sempre teve essa obsessão inútil e tóxica com Lucerys.Ele tentava pensar que era por causa do maldito olho, mas nem ele conseguia se convencer disso tão facilmente.
Aemond não estava nem aí para vingança, nem para o olho arrancado dele naquela época.Ele tinha ganhado Vhagar, afinal.
E isso foi a causa do fim, para ele e para o sobrinho.
O começo e o fim, parecia ser algo feito pelo destino.・・
Lucerys estava exausto e faminto, poderia facilmente comer por três pessoas, mas ele não pediu por comida e tampouco fez corpo mole. Ele realmente precisava de dinheiro para sair daquela aldeia e ir embora.
E não poderia simplesmente ir de apé, pois levaria dias a mais no percurso.O tal Martin, o dono do bar, realmente parecia alguém bom e no fim do dia, mesmo que Lucerys não tivesse pedido por nada, por medo de receber a menos e demorar mais tempo ali, não tinha comido nada e mal havia bebido água.
O garoto lavou e lavou, limpou mais do que um dia pensou possível e realmente se sentiu grato pela vida que levava antes disso tudo.O dono do bar serviu uma porção generosa de pão e alguns peixes, mesmo que o pão estivesse duro como pedra, Lucerys comeu com alegria e agradecimento em seu olhar.
— Então rapaz, você é um daqueles bastardos Targaryen? — perguntou Martin suspirando, se sentindo com pena e curioso sobre o garoto com cabelos prateados que comia tão desesperadamente que era quase melancólico de se ver. — Você pode comer devagar, tem mais comida. Por conta da casa, já que você é meu empregado temporário.
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O Despertar Do Dragão.
Fanfiction"Uma quase morte e um renascimento O despertar do dragão acontece Amor e ódio entrelaçados em caos turbulento O ódio se esvai, o amor emerge A guerra deve cessar Dois lados, uma única chance Amor proibido A magia antiga ressurge O dragão branco e o...
Capítulo 4- '' VOCÊ NÃO PERDEU NADA!''
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