Imagines Jujutsu Kaisen

Kento Nanami - atendente

Vocês se conhecendo.

Boa leitura

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—Aqui o seu pedido, Senhor.Obrigada pela preferência

Tento fazer o melhor sorriso possível.Já é fim de tarde e ficar o dia todo sorrindo é cansativo,ainda mais com uma insuportável dor no ombro

Alongo um pouco ele pra ver se ameniza a dor.Eu até diria que é porque dormi de mal jeito mas estou assim há dias,mas uma hora tem que passar.

Hoje a movimentação da padaria não está tanta,o que me faz ter tempo de descansar um pouco.Pego um paninho pra limpar o balcão, até que escuto o sininho da porta tocar indicando que alguém entrou.

Olho em direção a porta e vejo um cliente frequente daqui.Ele sempre vem vestido com seu terno e seu cabelo lindamente arrumado, confesso que acho ele bem bonito e educado

Mas agora ele está chegando com um aspecto cansado.De baixo de seus olhos estão grandes olheiras.

—Olá,senhor - ele se aproxima do balcão - o sanduíche de sempre?

—É sim,por favor - pede educadamente

—Você gosta mesmo desse sanduíche - pego o alimento,colocando na embalagem.

—Ah.. - vejo que o peguei desprevenido.

—É que sempre vem comprar esse, não enjoa? - coloco o sanduíche em cima do balcão.

—Por enquanto não, é um lanche bom pra levar pro meu trabalho - diz pegando a carteira.

Encaro seu rosto novamente e não consigo resistir na tentação de perguntar como ele está.

—Você está bem? tá dormindo mal por acaso? Sem querer ser intrometida.

—Sim, estou bem - ele me entrega o dinheiro - e você? Parece que está com um cansaço acumulado.

Sério que dá pra notar tanto assim?

—Ah.. você notou - entrego o lanche - é que ultimamente estou sentindo o meu ombro um pouco pesado.

—O meu trabalho.. - ele começa - é pegar o dinheiro dos ricos e deixar essas pessoas mais ricas ainda.

Mas que diabos ele tá falando?

—É basicamente só isso - suspira - mas sinceramente se eu sumisse, ninguém se incomodaria.

Apenas encaro seu rosto tentando entender aonde ele quer chegar.

—Mas se não houver mais padarias,muita gente vai se incomodar.Mas por algum motivo meu trabalho paga melhor, embora não faça parte do ciclo natural da humanidade.Quando você pensa de forma lógica,é bizarro.

—ah.. c-como é que é?- gaguejo

—Desculpa.

—Não - logo me corrijo - não precisa se desculpar, é que foi de repente.

—Você pode se aproximar,por favor? - seus olhos profundos me encaram

Me aproximo e por algum motivo ele faz um movimento estranho.Mas perai.. a dor do meu ombro passou? Mas que merda foi essa.

—Como está seu ombro? - não é possível que foi ele.

—Mas o que? Ué está melhor - fico confusa.

—Se a dor continuar sugiro um médico,com licença - e ele simplesmente se vira e vai embora.

Eu fico tão em choque que nem consigo me mover pra agradecer o que sei lá ele fez mim.É cada coisa que acontece por aqui.

[...]

Não acredito!Logo agora que estou preparando a padaria pra fechar-la, começou a chover do nada.Por favor que tenha guarda-chuva por aqui.

Começo a procurar por um mas sem sucesso, vou ter que esperar essa chuva intensa passar, ótimo!

Decido fechar logo e esperar lá fora pra aproveitar a brisa pelo menos.Observo pessoas correndo pra se abrigar em algum lugar coberto,outras com seus guarda-chuva andando calmamente,carros em uma velocidade perigosa.

Até que vejo uma figura alta se aproximando,logo reconheço pelo terno.É o loiro de mais cedo,ele está com um grande guarda-chuva preto.

—Oi de novo - sorrio pra ele

—Está sem guarda-chuva? - para em minha frente abaixando o dele

—Infelizmente

—E vai para sua casa? - pergunta me olhando intensamente.

—Estava indo mas ai começou a chover, já deve parar,sorte que moro perto - coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha

—Quer que te levo? não parece que vai parar tão cedo,e é perigoso ficar aqui sozinha.

—Agradeço pela gentileza,mas não quero incomoda-lo. - apesar de eu querer muito,ele ainda é um desconhecido pra mim.

—Eu insisto,me sentiria mal em deixa-la aqui - ele me passa um ar de confiança.Acho que vou ter que arriscar.

—Tá bom,eu aceito.

—Certo,e por onde fica sua casa?

—É por ali - aponto pra direção - fica há uns 9 minutos andando.

—Eu já ia ir por ali mesmo, então vamos - levanta o guarda-chuva e se aproxima.

Começamos a andar não tão rápido pra dividirmos bem, não estava tão apertado porque o guarda-chuva é grande.Logo um silêncio se estabeleceu,mas pra mim não estava desconfortável,tava bom sentir a brisa gelada balançar meus cabelos.Mas o silêncio já é cortado.

—Sabe que eu reparei agora? - me encara com seus olhos cansados - que ainda não sei seu nome.

—Nossa - acabo rindo disso - simplesmente pulamos essa parte.Mas me chamo [seu nome].

—Sou Nanami,Kento Nanami.

—Prazer em te conhecer então,Kento - brinco.

—Então... - começa - tem filhos ou alguma coisa assim?

—Pareço ser tão velha assim? - finjo estar ofendida.

—ah não,me desculpa - se desespera - não foi minha intenção - acabo gargalhando de sua reação.

—Relaxa bobo, só estava brincando - vejo que sua expressão relaxou - Ainda não,mas pretendo ter.Só quero ter um parceiro incrível e um renda fixa.E você?

—Igualmente.Estou trabalhando bastante agora pra viver o resto da minha vida despreocupado. - viramos uma esquina,vejo que não falta muito

—Quer dizer então que não tem esposa? - o encaro surpresa.

—Sim,por quê a surpresa?

—É porque você é tão bonito e charmoso, achei que tivesse uma sortuda - sorrio e percebo que ele ficou um pouco envergonhado.

—Bem... Obrigado então - jogou seu cabelo para trás -você é bem bonita também,[seu nome] - me olha com um sorriso.E que sorriso,meu Deus.

—É uma honra receber tal elogio de vossa graça - brinco mudando a voz, e ele ri dessa bobeira - bem.. é aquele portão.

—Até que é perto mesmo.E a chuva ainda não parou, então fico feliz em ter te trago aqui. - paramos em minha casa

—Agradeço pela sua gentileza - fico em sua frente - Vou ficar feliz em poder te atender amanhã.

—Com certeza vou passar lá

Sorrio e tomo a iniciativa de dar um abraço de despedida.De imediato sinto sua mão livre abraçar minhas costas, quase na cintura.

—Obrigada mesmo, até amanhã - beijo sua bochecha.

E antes que eu virasse, vejo um rubor em seu bonito rosto.Acabo achando graça, bobo.

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O universo não manda um desses pra mim 😞