"You're on your own, kid
Yeah, you can face this
You're on your own, kid
You always have been"
You're on your own,
kid- Taylor Swift
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Amélia
Encaro o trem à minha frente. Olho para trás sentindo um certo nervosismo surgir em meu corpo. Começo a andar em passos calmos. Entro no trem. Há bruxos ao meu redor gritando, esperneando, chorando, se abraçando... por Merlin. Os que aparentavam ter a minha idade já se conheciam e tinham suas panelinhas formadas. Onde eu me meti?
Volto a andar procurando uma cabine vazia. Não estava exatamente no clima de socializar com estranhos. Para minha felicidade, encontro uma.
Assim que entro na cabine, tranco a porta. Não quero ninguém aqui além de mim e meu gato, Apolo. Tiro o mesmo da caixa transportadora pegando-o no colo e me sentando. Coloco a caixa no chão, ao lado de minha mochila. Apoio minha cabeça na janela observando outros vários alunos de Hogwarts se despedindo de suas família e adentrando o trem.
Meus olhos caem em uma família específica. Presumo que sejam 4 irmãos e uma mãe. Uma menina, 3 meninos. Dois deles são gêmeos idênticos. Todos têm cabelos ruivos. Vejo os 3 meninos entrarem no trem após uma breve despedida de sua mãe. A menina, aparentemente a caçula, dá um longo abraço na mais velha e segue os passos de seus irmãos. Imediatamente penso nos meus.
Nós somos 4: eu, Henry, Cole e Olivia. Só eu fui transferida para Hogwarts... bom, digamos que tive problemas. Olivia completou 11 anos recentemente, logo está começando seu primeiro ano em Durmstrang. Henry é um ano mais novo que eu e está em seu 4° ano. Cole, apesar de ser 1 ano mais novo que Henry, também está em seu 4° ano. Digamos que ele seja um nerdola e foi adiantado um ano. Me despedi deles em casa.
Nesse exato momento os meninos devem estar soltando fogos de felicidade e gritando coisas como "agora ninguém mais vai me forçar a carregar livros" ou "agora ninguém mais vai poder me chantager". Lembro-me muito bem do dia em que peguei Henry fuxicando as gavetas de uma professora a procura de alguma prova 2 anos atrás. Usei esse dia como argumento para conseguir muitas coisas vindo dele. Vantagem de ser a irmã mais velha: seus outros irmãos viram instantaneamente seus mini empregados... e ah, eu abracei muito essa vantagem.
Meus pensamentos são interrompidos quando o trem começa a se mexer. Alguns malucos colocam suas cabeças para fora gritando e acenando para suas famílias. Novamente meu olhar cai sobre aquela mãe ruiva específica. Ela olhava para o trem com um certo brilho no olhar. De duas uma, ou está muito orgulhosa de seus filhos, ou está feliz por se livrar deles. Aposto na segunda opção.
Meus pais não conseguiram me levar até o trem. Eles tinham me deixado na porta da estação King's Cross. Ambos estavam atrasados para seus respectivos trabalhos, então tivemos uma breve despedida no carro... breve o caralho, meu pai ficou meia-hora falando sobre quanto me ama e quanto esse amor não o impedirá de me deixar morando na rua caso eu faça alguma merda. Já minha mãe, ficou esses 30 minutos repreendendo sua "ameaça". Antes de sair do carro, minha mãe falou uma coisa que está ecoando na minha mente até agora: "Li escute, eu sei que vai ser difícil, principalmente pelo fato de você estar por conta própria agora, mas lembre-se, essa é sua oportunidade de um recomeço, não a desperdice. Você é forte, criança, você consegue".
Olho para o chão me despindo desses pensamentos. Pego minha mochila. A abro e procuro um livro trouxa que estava lendo. "Orgulho e Preconceito". Não estou afim de refletir sobre a minha vida, então refletirei sobre a vida dos outros.
BINABASA MO ANG
Invisible String
FanfictionAmélia Rowle, uma garota problema. Mattheo Riddle, um garoto problema. Personalidades opostas, mas são extremamente parecidos. O que será que vai acontecer?
