capítulo 01

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O carro passou por um morro Que fez que o motorista se desculpar por não ter visto.

—Você é muito bonito pra chorar
por ela.

Articulou Enzo Com dificuldade E um bocejar próprio de alguém que bebeu demais.
ie
— O que você disse? Isso é uma música de Dady Yankee?- Ele soltou Uma risada alta- você tá bêbado, Não vá vomitar em mim Enzo, se não eu jogo você do carro andando

— É Maluma, idiota.

O insulto saiu por se só, ele não pensou nisso.

—Bem. Quase iguais, você viu que são parecidos.

Ele suspirou com a cabeça do homem apoiada em seu ombro. Podia sentir o cheiro de álcool em seu hálito e notar a sonolência. Vários atores saíram pra comemorar naquela mesma tarde e o passeio terminou em festa. Quando o sono o dominou e Enzo mostrou que não tinha mais consciência do que estava fazendo, Matías se ofereceu pra levá-lo pra casa. Matías havia discutido com sua parceira e estava conversando com um amigo pelo telefone, quando Enzo murmurou e o fez perceber que seus ouvidos estavam acordados mais seus olhos não. Então ele desligou a ligação com a desculpa de estar chegando.

— E agora, pra onde vamos, Matu?

— Matu? Bem "Enzu", eu não sei.

Matias olhou pra janela pensando. Ele travou o telefone e falou seu endereço ao taxista.

—Eu vou levar você pro meu apartamento, sua casa fica muito longe e está frio. Você acha que está tudo bem?

Enzo se afastou de Matías e bocejou, esticando ligeiramente os braços. Matías se sentiu mais confortável agora que podia mexer o braço livremente, mas admitiu que era reconfortante ter alguém como Enzo por perto, capaz era sua personalidade, que fazia você se sentir seguro de alguma forma.

-Sim, está tudo bem, obrigado.-Ele respondeu e franziu as sobrancelhas.

—Aah, a porra.

Matías olhou para ele perplexo.

—O que aconteceu?

—Amanhã eu vou ter uma entrevista e não é uma boa ideia aparecer de ressaca. Acho que vou ter que perder.

Enzo voltou seu olhar para Matías com uma careta e o menino olhou para a janela como se estivesse fugindo dele.

-Ta doido?. Antes, tome muito café e se ainda estiver vivo, você irá. Embora você possa dizer a eles que está doente, imagino que eles possam adiar.

Enzo riu vagamente e recostou a cabeça, mas desta vez no assento.

-Sim, não sei como não percebi, foi muito informal.

Ele comprimiu os lábios.

—Posso ir para a...floresta proibida, para que não me encontrem, e eu me transformo em um. ..minotauro, embora isso seja difícil., mas o doméstico em dois segundos, estilo gaúcho.

O menino riu das coisas incoerentes que dizia e ouviu a risada do taxista.O carro parou em frente a uma casa grande e antiga, ninguém pensaria que um ator famoso iria alugar ali, era muito humilde e simples. Tinha grandes árvores frondosas na frente e um pátio que mal dava para ver, mas dava para perceber, não era pequeno.Matías deu o dinheiro ao taxista depois de agradecer e abriu a porta, saiu e deu a volta no carro até a porta de Enzo. Ele abriu e puxou-o pelo braço para tirá-lo, o homem cambaleou e Matías lhe disse para colocar o braço em volta do pescoço.Os dois avançaram e o táxi partiu, a noite estava esfriando e o contraste com o calor dentro do carro era perceptível, nenhum deles queriam ficar ali por muito tempo.Enzo olhou para cima e em todas as direções, observou as árvores e o prédio desgastado, com um estilo não muito moderno.

Aquele verão no Uruguai Onde histórias criam vida. Descubra agora