Apenas me desprende e depois saí, faço o mesmo e reparo que estávamos em  um shopping.

- Não tente nenhuma gracinha.. - ele sussurra no meu ouvido enquanto me conduz até uma loja de roupa.

Ao entrar somos recebidos por uma moça super simpática ao qual me ajuda a achar uma roupa confortável e bonita.

Uma outra moça que estava quase se jogando em cima dele o ajuda a achar uma roupa, ela só faltava pular no colo dele.

Enquanto ele troca de roupa entro no trocador e chamo a vendedora que estava me atendendo, peço pra ela que me empreste o celular dela, no começo ela não entende, mas depois explico que estava precisando de ajuda e ela logo aceita me ajudar.

Pego o celular dela e mando uma mensagem rápida pra Percy, nela estava somente o endereço onde estávamos e um S.O.S.

Não deu tempo de mandar mais nada pois Damon logo começou a me chamar dizendo que estávamos demorando demais.

Agradeci em silêncio e pedi pra ela ficar quieta, ela perguntou se chamava a polícia e eu disse que não.. que o amava e tals, que ele só era um pouco possessivo.

Ela ainda descontente aceitou, me troquei tão rápido que até me surpreendi, usava agora uma legging de montaria preta de cós alto, uma camisa justa branca de gola alta e mangas compridas e por cima um sobretudo também preto.

Me sentindo quentinha saio do provador, Damon usava  roupas parecidas com a minha,
Só que ele tava de jeans preto, camisa de gola preta comprida e sobretudo da mesma cor, parecia uma imensa escuridão, sua pele clara se destacava em meio de tanto preto.

- Você demorou - ele me olha sério, procurando algum medo ou reação minha.

Sou ótima em situações assim, quantas vezes menti prós meus pais que estava na casa dos meus amigos quando estava em festas...

- Pois é, estava com um problema com o tamanho das roupas íntimas porém Cátia me ajudou - digo sorrindo pra ela.

- Ah... - ele disfarça - Vamos então, vou pagar.

Ele caminha até o caixa e faz o pagamento.

Dou um aceno pra ela, e faço um gesto pra ela ficar quieta, ela assente.

Saímos dali e começamos a caminhar, disse a ele que estava com sede e que queria água.

Ele não ficou muito feliz mas ninguém é tão bom em encher o saco de alguém como eu.
Consigo ser extremamente chata e irritante quando não quero, agora imagina quando eu quero...

Caminhamos até a praça de alimentação.

De repente me sinto estranha, como se algo fosse acontecer.

Como se alguém tivesse de olho em mim...

Olho prós lados procurando alguém, Damon estava pagando a água pra um vendedor de um restaurante.

- Aqui sua água - ele me entrega a mesma e fica com outra.

Ainda sentindo aquela sensação, continuo inquieta olhando em volta.

- O que foi? - ele me olha desconfiado.

- Não sei... Tô me sentindo estranha - digo, olho prós lados, vejo pessoas rindo, crianças chorando, estava movimentado o lugar e tinha muita gente andando pra lá e pra cá.

Sinto Damon ficar tenso.

Então acho dois olhos negros parados no meio da multidão me encarando com um pequeno sorriso assombroso.

Era ele... O cara que eu fugia quase todas as noites, que me dava tanto medo.

Nico Di Ângelo.

Fico igual uma estátua olhando pra ele, meu corpo não se meche, todos os pesadelos parecem passar como um flash na minha mente.

A Filha da Água Where stories live. Discover now