17. Minha culpa

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Narrado por Valerie Gray:

Ao chegar nas masmorras, me deparei com Pandora, uma garota da Corvinal. A encarei e perguntei:

— Pandora? O que você está fazendo aqui?

Pandora, com um sorriso, respondeu:

— Estava conversando com Regulus. Ele é bem interessante.

Franzi o cenho, lembrando que Pandora e eu éramos amigas distantes. Nos distanciamos quando eu namorava Potter, e após o término, as coisas nunca mais foram as mesmas entre nós. Mesmo assim, tentei manter a conversa:

— Ah, é? Bom, não sabia que vocês eram tão próximos.

Pandora apenas deu de ombros, e a sensação de que as coisas mudaram entre nós permaneceu no ar.

Pandora me olhou e perguntou:

— E você foi convidada para o baile de aniversário do pai de Sirius e Regulus que será daqui alguns dias?

Eu sorri, respondendo:

— Sim, fui convidada. Parece que vamos nos encontrar lá.

Pandora, com um olhar cúmplice, disse:

— Eu também vou. E vou acompanhada de Regulus.

A notícia me deixou surpresa, mas por algum motivo, também me fez feliz.

Após essa pequena conversa eu passei pela comunal e fui para o dormitório, lá estava Andrômeda.

Ao ver Andromeda chorando, perguntei o motivo, e ela desabafou:

— É por causa de Ted Tonks. Estou apaixonada por ele, mas minha família nunca aceitaria. Ele é mestiço.

Olhei para ela um tanto quanto incrédula:

— Puta merda, Andromeda. Sinto muito por isso. Mas você sabe como são as coisas. É proibido.

Ela concordou, ainda com lágrimas nos olhos. A situação nos deixou pensativas sobre as restrições impostas pela sociedade bruxa.

Andromeda olhou para mim com seriedade e pediu:

— Valerie, eu preciso que você me prometa que não vai contar a ninguém sobre meus sentimentos por Ted. É um segredo delicado, e eu não quero que isso cause mais problemas.

Concordei, compreendendo a importância da confidencialidade:

— Eu prometo, Andromeda. Seu segredo está seguro comigo.

Andromeda suspirou, olhando para longe por um momento antes de me encarar novamente.

— Isso é foda até para mim, mas eu amo ele — ela disse com sinceridade.

Nós dois rimos, compartilhando um momento de compreensão mútua, e eu a abracei com carinho.

— Vai ficar tudo bem, Dromeda. Estou aqui para você — respondi, tentando confortá-la da melhor maneira possível.

Cisa entrou na sala no momento em que eu estava abraçando Andrômeda. Ela começou a reclamar sobre Lúcius, chamando-o de idiota. Eu concordei com um aceno de cabeça, lembrando das vezes em que ele tentava me conquistar com suas cantadas baratas. Era melhor que Cisa não soubesse disso.

— Definitivamente, ele é um idiota — concordei com Cisa, mantendo meu tom de voz neutro.

Andrômeda assentiu com a cabeça, claramente concordando com a opinião da irmã sobre Lúcius.

Cisa mudou de assunto rapidamente, deixando o assunto sobre Lúcius de lado. Ela perguntou se nós íamos ao torneio de quadribol na sexta.

— Claro que vamos! Não perderia isso por nada! — respondi, animada com a ideia de assistir ao torneio.

Andrômeda concordou com um aceno de cabeça, expressando sua empolgação com o evento. Parecia que todas nós estávamos ansiosas para o torneio.

(...)

Enquanto a água quente do chuveiro escorria pelo meu corpo, eu tentava afastar os pensamentos confusos que invadiam minha mente. O beijo com Sirius ainda ecoava em meus lábios, e a confusão que ele trouxe não me abandonava. Sentimentos contraditórios se misturavam dentro de mim, e o ciúme que surgira de repente me deixava ainda mais perplexa.

Decidi me concentrar apenas nas sensações reconfortantes da água caindo sobre mim, tentando encontrar um momento de paz em meio ao turbilhão de emoções. Queria esquecer, pelo menos por um instante, os problemas que me atormentavam, especialmente aqueles relacionados a Sirius. Estar ali, sob a água quente do chuveiro, era minha única chance de me desligar temporariamente de tudo que me perturbava.

Deitada na cama, aproveitei o momento de tranquilidade após o banho para refletir sobre tudo o que havia acontecido. O beijo com Sirius ainda ecoava em minha mente, trazendo à tona uma mistura de sentimentos que eu lutava para compreender. A confusão pairava sobre mim, mas eu tentava encontrar alguma clareza em meio ao caos emocional.

Enquanto esperava que as duas terminassem seus banhos para descermos jantar, meu pensamento vagava pelos acontecimentos recentes. A proximidade com Sirius e os sentimentos que surgiram de repente me deixavam intrigada e, ao mesmo tempo, apreensiva. Sabia que teria que enfrentar aquela situação mais cedo ou mais tarde, mas por enquanto só podia esperar e tentar organizar meus pensamentos da melhor maneira possível

(...)

Ao nos sentarmos para jantar, a conversa logo se voltou para o torneio que aconteceria em dois dias. Lucius e Regulus estavam animados, discutindo estratégias e apostas para o evento.

— Caralho, vocês viram os treinos da nossa casa? Estão foda! — comentou Lucius, entusiasmado.

Regulus concordou, acrescentando:
— Acho que temos boas chances de ganhar dessa vez.

Enquanto ouvia a conversa, minha mente lembrava sobre a aposta que fiz com Sirius sobre quem venceria o torneio e faria uma festa na comunal às escondidas. Aquilo só aumentava minha irritação com ele.

Eu sabia que ele estava lá na mesa da Grifinória, conversando animadamente com Marlene e suas amigas. Uma onda de ciúmes me invadiu, mas eu me forcei a não demonstrar.

Sirius notou meu olhar e sorriu para mim, mas eu desviei o olhar, ainda ressentida. Não sabia ao certo o que estava sentindo em relação a ele.

Ele era meu melhor amigo, mas algo havia mudado desde aquele maldito beijo na casa dos Black, o beijo no qual eu comecei, talvez isso é culpa minha.

Andrômeda percebeu meu olhar para Sirius e inclinou-se para mim com interesse.

— O que está acontecendo? — ela perguntou, curiosa.

Suspirei e sussurrei, explicando tudo sobre os acontecimentos entre mim e Sirius, até os beijos que trocamos. Seus olhos se arregalaram ligeiramente com surpresa.

— Puta merda, Valerie! — ela exclamou em voz baixa. — Isso é sério?

Balancei a cabeça em confirmação.
— Sim, aconteceu. Estou totalmente confusa...

Andrômeda ponderou por um momento antes de falar.
— Talvez você esteja precisando de alguém depois do término com James, mas não quer admitir.

Neguei veementemente. — Não é isso... Não quero usar Sirius como um substituto, eu jamais faria isso.

Ela assentiu compreensiva.
— Entendo. Mas talvez seja melhor conversar com ele, para que esse clima estranho entre vocês não estrague a amizade.

Concordei com a cabeça, decidida.
— Você tem razão.

Continua...

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NOTAS DA AUTORA.

Digam aí o que vocês estão achando.

Me perdoem por qualquer erro ortográfico!

Por favor votem para eu continuar a escrever.

𝗠𝘆 𝗹𝗼𝘃𝗲 𝗳𝗼𝗿 𝘆𝗼𝘂 𝗶𝘀 𝗿𝗶𝗱𝗶𝗰𝘂𝗹𝗼𝘂𝘀 - 𝑆𝑖𝑟𝑖𝑢𝑠 𝐵𝑙𝑎𝑐𝑘Onde as histórias ganham vida. Descobre agora