𝟶𝟷

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Abril, onde o outono se inicia,e novamente, as aulas voltam no Japão. O tempo mais melancólico para inocentes estudantes, ainda mais para mim, que estarei terminando (finalmente) o ensino médio

Porém, eu ainda estou em mudanças, voltar para o Japão seria algo magnífico... ou não. Estar de volta a onde eu nasci me trás péssimas lembranças, de quando eu era apenas uma garota ingênua, que tinha suas dúvidas sobre a adolescência.

-- Pretende fazer alguma aula extracurricular? -- Perguntou o loiro, dirigindo o veículo enquanto me olhava pelo retrovisor.

-- Hum... não sei. -- Respondo terrivelmente desanimada, olhando fixamente a janela.

-- Diferentemente da França, lá tem mais aulas extracurriculares. -- Comentou. -- Talvez você encontre algo que goste... Que tal algo relacionado a música? Você ama, não é mesmo?

-- Sim... eu acho. -- O desânimo era aparente em mim, o que faz o loiro ficar preocupado.

-- Seu violino está no porta-malas, caso você queira tocar neste tempo em que estaremos sem contato. -- Ele aponta o dedo para trás, indicando aonde é.

-- Verlaine... eu não gosto de tocar violino.. não, não mais... -- Digo em um tom furioso, porém, sem aumentar o tom.

Ele novamente olha para mim pelo retrovisor, com uma expressão surpresa.

-- Não gosta? -- Repetiu. -- Você vivia tocando... o que lhe fez mudar de ideia, Mon ange? -- Perguntou em um tom preocupado.

Eu suspiro em resposta, completamente desconfortavel em ter que me justificar sobre um assunto do passado.

E assim foi, o silêncio ensurdecedor permaneceu por muito tempo, até Verlaine parar o carro em frente de uma casa nenhum pouquinho simples.

Está era a casa do meu outro irmão, um baixinho mal-humorado que com toda certeza será uma péssima influência para mim. Mas eu não ligo, diferentemente de Verlaine, ele deixava eu fazer diversas coisas na qual Verlaine não deixava, o que faz eu amar bastante ele

Ao avistar o ruivo do lado de fora da casa, me sinto na necessidade de abrir um franco sorriso.

-- Mon ange, não se esqueça do que eu disse antes de virmos para cá. -- Comentou em forma de aviso.

-- Eu sei frère -- Digo abrindo a porta do carro. -- Tchau petit frère. -- Me despeço, abrindo o porta-malas para pegar as minhas pesadas malas.

Após eu me certificar de que peguei todas as malas, eu fecho o porta-malas, fazendo assim, Verlaine ligar o carro para ir embora.

-- Quer ajuda? -- Chuuya se aproxima de mim, pegando as duas malas que estavam em minhas mãos, enquanto a ultima mala eu carregava.

Ao abrir a imensa casa, avisto uma sala de estar, que obtém um ambiente aconchegante e neutro, com tons escuros e suaves dominando o espaço. As paredes são pintadas de um cinza suave, criando uma atmosfera aconchegante e sofisticada. As cortinas são de um cinza mais escuro, que refletem a luz solar enquanto agregam mais profundidade à sala. Um grande sofá em cor de marrom clara e couro é o ponto focal da sala, enquanto duas poltronas de veludo preto estão colocadas em oposições do sofá. Um grande tapete cinza escuro cobre o chão enquanto a iluminação da sala é fornecida por uma combinação de lampadas de pisca e lustres de vidro fumê.

Subimos as escadas da casa e fomos ao final do extenso corredor, e a última porta será o meu quarto. Ao abrir, não vejo nada demais, já que eu poderia personaliza-lo do meu jeito futuramente, então, eu apenas coloco as malas no chão, e o Chuuya faz o mesmo.

𝑺𝒆𝒙 𝒊𝒏 𝑯𝒆𝒍𝒍: Osamu DazaiWhere stories live. Discover now