𝗘𝗡𝗘𝗠𝗜𝗘𝗦 𝗟𝗢𝗩𝗘𝗥𝗦 - 𝗞𝗔𝗧𝗦𝗨𝗞𝗜 𝗕𝗔𝗞𝗨𝗚𝗢𝗨

24

— Bakugou... Onde ele está? - perguntei cabisbaixa.

Denki logo mudou seu semblante, parecia irritado e chateado após tocar no assunto do loiro.

— Não sabemos. - ele deu os ombros, bastante sério.

— Como assim vocês não sabem? - franzi as sobrancelhas.

— Ele surtou [Nome]. Não vimos ele desde o que aconteceu com você, ele deixou você aqui no hospital e se mandou, até no condomínio ele não pisou mais lá.

— Como isso é possível?

— Não sabemos, sei que a Mina está bem chateada com ele.

— Eu imagino como ela deve ter ficado...

— Ficou muito abalada, quem cuidou dela foi o Kirishima esse tempo todo... Inclusive, fofoca: Acho que está rolando algo entre eles.

— Ela nunca me falou dele. - disse surpresa.

— Eu também nunca tinha visto nenhuma interação, mas desde que isso aconteceu eles andam muito como casal, acho que é a maneira que ele cuida dela.

— Deve ser, irei analisar quando voltarmos.

— Vamos ficar no condomínio da Mina por enquanto, muito perigoso você pós-cirurgia sozinha em casa e principalmente com um louco à solta.

— O Hawks...- o loiro me interrompe.

— Não falamos o nome dele! Vamos chama-ló de "Aquele que não pode ser nomeado".

— Virou Harry Potter essa merda? - o loiro ri.

— Ele ainda está solto [Nome], ele era policial ele sabe se esconder da laia dele. Se eu achar aquele vagabundo na rua eu mostro para ele o que é estar de baixo da terra sendo vivo.

...

Me mantive em silencio, estava lembrando do ocorrido onde a dor que ele deixou em minha alma é uma ferida que nunca cicatrizará completamente. A traição, o terror e a sensação de vulnerabilidade me assombravam nesse momento.

— [Nome]... Tudo bem? - segurou em minha mão.

— Não Denki, não está. - comecei a cair em lágrimas.

O loiro se senta na cama junto a mim e encosta minha cabeça em sua perna enquanto alisa meus cabelos. Só conseguia pensar "Ele tentou me tirar tudo, até a minha vida." Eu me sinto pequena e impotente diante dessa situação, buscando desesperadamente por um raio de luz.

— Chore [Nome]... Pode chorar... - disse alisando meus cabelos.

— Eu quero ir para casa...

— Nós vamos agora. - segurou em minha mão. — Vamos, em casa você troca essa roupa de hospital.

[CONDOMÍNIO WESVILLE]

Assim que chegamos no condomínio, fomos de Uber até a casa da Mina onde a mesma já estava do lado de fora esperando. Sua cara estava inchada provavelmente de tanto chorar, seus cabelos bagunçados do estresse e suas mãos trêmulas de nervosismo. Assim que desci do carro ela veio rapidamente me abraçar, um abraço leve para que não me machucasse.