𝐏𝐨𝐫 𝐚𝐜𝐚𝐬𝐨, Arthur Fernandes

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Stella

Abro a porta de casa suspirando de alívio. Ainda eram nove da manhã e por incrível que pareça o sol estava de matar. Observo a sala de star silenciosa e começo a procurar minha mãe pelos cômodos. Ela não estava lá de jeito nenhum. E, desistindo da busca silenciosa, começo a gritar pelo seu nome, e mesmo assim, ela não aparecia em nenhum canto da casa.

Hoje era sábado, minha mãe não trabalha aos fins de semana, e muitos menos saia, já que não conhecia muito a cidade. São Paulo era grande demais, e ela sempre avisava quando saia.

Me sento na cama de seu quarto, e tento ligar para seu telefone, mas nem chamava. Desisto, por fim, quando a fome bateu.

Vou direto pra cozinha, ainda com uma dor no peito, e preparo uma fatia de pão de forma com dois ovos. Após isso, pego duas uvas e jogo creme de whey por cima.

Meu celular apitou em cima do balcão. Meu coração acelera e sou rápida o possível para o pegar. Abaixei a barra de notificações e não era a mensagem de minha mãe, era um número desconhecido. Suspirei em frustração, voltando a preparar meu café da manhã.

Peguei um suco integral de uva, o despejei no copo e, quando finalmente termino de preparar, me sento no balcão e abro a mensagem.

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número desconhecido
visto por último hoje há 5 minutos

localização 📍

oii

obrigada (:

cheguei agora
em casa, já já
falo com minha
mãe

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Franzi os lábios ao enviar a mensagem. Isso tudo era estranho e aleatorio demais pra mim.

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Arthur
online

certo

vamos estar
esperando

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Penso em responder algo, mas a minha capacidade humana de dizer algo sem que eu me arrependa depois era pequena. Quando penso em bloquear o celular e voltar a comer, chega uma mensagem inesperada.

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vamos adorar
se puder vir

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Naquele momento pude sentir minhas bochechas queimarem de vergonha. Pisco, lendo e relendo algumas vezes antes de finalmente bloquear o aparelho.