Motherly Love - Final

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Ajudei a garota tirar a roupa, ficando apenas de calcinha e usou as mãos para cobrir os seios magros, era perceptível que provavelmente estava abaixo do peso, notei como estava com hematomas na região da costela, ajudei a colocar a camisola oferecido pelo hospital o mais rápido para que não tomasse friagem com ar gélido hospitalar e agravar a pneumonia.

Depois de tudo pronto, vieram duas enfermeiras e o médico para ajudar no transporte e  auxiliar na transferência, fiz questão de acompanhar tudo de perto e mesmo sem querer ir e com olhos chorosos, Olivia ficou aliviada por me ter por perto em cada momento.

Chegando no hospital, Olivia estava usando máscara de oxigênio devido a saturação estar baixa e a respiração dela só ir piorando, o médico havia dito que em caso de piora ela teria que ser entubada e nesse momento eu senti todo meu chão se abrir, durante o caminho Olívia não soltou minha mão um instante, o medo que ela sentiu quando ouviu a palavra entubar ficou visível no rosto dela, e mesmo dizendo que ela iria ficar bem e sairia dali logo, eu sentia um medo que percorria da cabeça até o dedinho do pé.

Passei a madrugada acordada, liguei para meu superior explicando o ocorrido e pedi que queria acompanhar a garota no hospital o tempo que fosse necessário, ele não aceitou de início mas consegui convencer no fim das contas, o caso foi levado à corregedoria após um exame de delito ter sido realizado em Olivia, e constatado às agressões que sofrerá, a última informação que eu recebi foi de que todos os envolvidos haviam sido afastados.

Os próximos dois dias foram angustiantes, pois Olívia não apresentava um quadro de melhora estava totalmente estável, por outro lado também não havia piorado o que dava um certo alívio, depois de muita briga com o diretor do hospital consegui com que ela ficasse em um quarto sozinha, e ninguém saia ou entrava sem que eu soubesse.

Eu sabia o nome cada um dos enfermeiros e médicos que administravam desde as roupas de cama, camisolas e até a alimentação que davam para Olívia, especialmente a última opção que era mais difícil já que toda vez que iria comer era sempre muito chororô, como por exemplo agora:

— Você não comeu — Falei tirando os olhos da televisão enquanto Olívia dançava o garfo de um lado para o outro na comida

— Comi a metade — Resmungou

— Duas garfadas de frango e meia de arroz, não é metade.

— É! — Falou empurrando a bandeja para o lado.

Levantei da poltrona e caminhei até estar ao lado dela na cama.

— Quanto tempo você quer ficar aqui? Ou você acha que essa sua quase anemia vai curar sem se alimentar direito. — Falei e ela deu de ombros.

Ontem o médico veio aqui pela manhã e falou que Olívia estava com um princípio de anemia devido a falta de ferro no sangue, isso fez com que ela ficasse mais desanimada que o normal para comer.

Peguei o garfo juntando uma generosa quantidade de arroz e feijão e levei até a boca dela que negou, mas não me deixei levar por essa pequena birra.

— Abre!

— Eu nã... — Mal havia aberto a boca e eu coloquei o garfo na boca dela que resmungou e virou o rosto.

— Não cuspa, ou eu vou pedir pra enfermeira colocar uma sonda em você.

Toda a coragem que ela estava evaporou no segundo em que mencionei a palavra sonda, desde que havia visto uma senhora usando uma sonda para alimentar enquanto esperava para fazer mais um exame ela ficou com medo de ter que usar uma.

— Mais um pouco — Falei segurando o garfo com arroz e frango e ela aceitou mesmo sem vontade.

Depois da quarta garfada, Olivia já estava mais receptiva para comer sem fazer careta e virar o rosto pra mim toda vez, o que eu estava achando adorável.

Motherly LoveWhere stories live. Discover now