- E porque eu faria isso? - ele sorri de forma sexy.

- Porque não estou pedindo - ele fica sério.

Ele começa a caminhar pra porta.

- A não ser que queira ficar trancada aqui, ou ser devorada por aqueles monstros que você viu ontem, que por sinal estão doidos atrás de você... Melhor me seguir.

Suspiro, tenho escolha?
Começo a caminhar, ainda estava com a mesma roupa que ontem graças a deus.
Ainda bem que não usei muita maquiagem ontem se não estaria parecendo o bozo hoje.

Fiz um coque no meu cabelo que até então estava solto e o segui..

Andávamos pela rua da cidade com pressa a praça estava cheia, tentava ao máximo seguir os passos dele enquanto o mesmo me puxava pelas mãos, é isso que dá tentar fugir... Não deu certo e agora me sinto um cachorro sendo arrastado pelo dono.

Ao passar pelas pessoas me sentia em um mundo completamente diferente do que sempre vivi, muitos daqueles "monstros" viviam esse tempo todo como humanos, o que eu não entendo é porque só agora consigo enxergar eles...

Meu telefone toca pela milésima vez no bolso do moreno, ele já estava irritado.

- Toma atende logo, e eu acho que você não vai querer meter seus pais na confusão que é nosso mundo então melhor ficar quieta e cooperar - ele diz ríspido e me lança o celular, voltando a andar.

- Oi mãe - digo andando atrás dele.

- Maya graças a Deus, eu estava desesperada filha o que houve? Você está bem?  - a voz dela era de preocupação, tadinha... Eu disse que chegaria cedo e agora já são quase onze horas da manhã.

- Eu estou bem mãe, eu... - tento pensar em uma desculpa - Eu acabei dormindo na casa da Camila e como o celular acabou a bateria não consegui ligar... - nossa que desculpa mais esfarrapada.

- E sua amiga não tinha carregador não!? Podia ter mandado mensagem pelo celular dela, ou até mesmo ligado já que você sabe o nosso número - fazia tempo que não a via tão brava.

- Desculpa mãe eu bebi demais ontem e acabei apagando, mas não precisa se preocupar pois estou bem - olho para o moreno que presta atenção em cada palavra que eu falo, já que mesmo andando ele não tira o olho de mim.

- Está bem... - ela suspira - por favor me dê notícias, vai conseguir vir? - vir? ... Aí meu Deus as fotos!

- Ahm... Talvez? - eu digo.

- Não acredito que vai faltar as fotos de novo Maya, eu tô te esperando pro seu aniversário, venha logo! - ela desliga..

- Você é péssima mentindo - ele ri.

- Pelo menos não estou sequestrando ninguém - digo e ele ri mais ainda.

- Devia tentar é bem... divertido, só que não. - ele fica sério do nada e volta a me puxar pelo braço depois de já ter guardado meu celular em seu bolso, que cara mais bipolar eu em...

- É sério isso? Precisa mesmo ficar me arrastando? E até onde pretende andar... - digo irritada.

- Ate o inferno baby - ele diz com um sorriso maroto - E sim, preciso já que alguém não sabe se comportar - ele volta a cara séria.

- AFF... - bufo.

Depois de um tempo andando, chegamos até uma escola abandonada.

- Sério vai me matar em uma escola abandonada? Que clichê... - digo.

- Se eu quisesse mesmo te matar já tinha feito dês do momento que você apagou no parque - ele fala sério.

Ao entrar dentro do prédio não tinha nenhum barulho, estava deserto o que me dava calafrios.

A Filha da Água Where stories live. Discover now