Capítulo XXXIV

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FELIZ NATAL, ESSE É O MEU PRESENR
A VOCÊS.

Depois de conferir o meu bebê, se estava tudo bem com ele, fecho o seu quartinho bem devagar. Michael me puxa para mais perto do seu corpo, eu estava de costas para ele.

Sinto seu nariz tocar minha pele, um arrepio se espalha por meu corpo e deixa os meus pelos eriçados. E tudo se intensifica assim que ele beija minha pele. Fecho os meus olhos e aproveito aquilo, ainda desacreditando de que tudo fosse verdade.

— Somos uma família agora, não é? Uma família linda. Confesso que você me pegou totalmente de surpresa. —

— Eu sempre soube que você gostaria de saber que teríamos um bebê. —

— Está brincando? Foi a melhor notícia que recebi em toda a minha vida. Eu não consigo descrever tudo o que estou sentindo, mas eu nunca me senti feliz assim, uma felicidade sem limites e o melhor é que não sei como agir com isso tudo. —

— Está assustado, meu amor? —

— Não, não estou, estou feliz. Sou o homem mais feliz desse mundo agora. Eu tenho uma família agora, uma família de novo, uma família com você, por que eu estaria assustado? —

— É que você foi pego de surpresa. Achei que seria complicado chegar aqui e descobrir que tem um filho. —

— Só é complicado acreditar que isso não passa de um sonho. Eu te prometo daqui em diante que vou ser o melhor pai para o nosso filho. Pode parecer estranho, mas eu já o amo, quando o vi pela primeira vez, foi algo que eu não consigo explicar, só sei que foi algo bom, muito bom. —

— Eu sei que será um bom pai, será o melhor. E você não sabe o quão feliz eu estou em ter você aqui comigo. Por favor nunca mais toma essas decisões malucas sem me consultar antes. —

— Nunca mais, foda-se o exército, foda-se tudo, só quero ficar com você e o nosso filho. — Ele beijou meu pescoço ainda mais. Dessa forma ficamos dançando no silêncio da noite, os dois agarrados em movimentos tão suaves e inaudíveis. Me virei, contemplei o fundo de seus olhos, ele sorriu para mim, a felicidade transparecia de seu rosto e esbanjava como o sol em um dia de verão intenso.

Ele colocou uma mão na minha cintura enquanto a outra segurou a minha mão. Apoiei minha cabeça em seu peito, fechei meus olhos, aproveitei cada segundo como se fosse o último. Eu estava com ele, nós três finalmente estávamos juntos. Como nunca pensei que estaríamos um dia.

— Você fica lindo de farda. — Falei ainda de olhos fechados, ouço ele sorrir.

— E você é lindo de quase todo jeito. —

— Quer dizer que sou não sou lindo de alguma forma? —

— Exato —

— De que forma então? —

— Você não fica nada bem de roupas. — Com aquelas palavras que misturavam desejo e amor sorri. Era mesmo ele ali comigo. Ele me beija mais uma vez, dessa vez pressionamos nossos corpos um contra o outro, com força. Intensificamos nosso beijo.

— Posso? — Ele pergunto com a mão sobre minha bunda.

— Meu amor você pode tudo. — Dito isso ele me levantou, me envolvendo em seus braços que ainda possuíam a mesma força de antes. Ele me levou para o nosso quarto, me colocou sobre a cama e assim continuamos a nos beijar. Confesso que ver ele com aquela farda havia me despertado um prazer muito intenso.

Pouco a poucos as roupas foram sendo tiradas, nossos corpos emitiam mais calor, matavamos a saudades um do outro. Era incrível ter ele mais uma vez junto a mim, me amando e me dando prazer.

— Eu te amo. — Ele me disse ofegante e suado, havíamos acabado. Havia sido maravilhoso, elee repousava em cima do meu corpo, eu ainda fechava os olhos, aproveitando o momento.

— Não, eu que te amo. —

— Não, eu te amo mais. — Ele passou a língua onde eu tinha cócegas na região do pescoço, isso fez eu me contorcer. Ele riu.

— Mike, não quero mais você longe de mim, nem por um segundo, acho que não aguento te perder de novo, não quero nem pensar nisso. —

— Não pensa nisso meu amor, você nunca mais vai me perder, assim como nunca vou te perder. Acredito que todas as coisas que nos impediam de ficar juntos caíram por terras, vencemos cada uma delas, mesmo que longe um do outro, mesmo que nos tenha custado muito tempo. —

— O Anthony amou conhecer você geralmente ele é um pouco desconfiado com as pessoas. —

— E você não tem ideia do quanto amei conhecê-lo. Se eu soubesse que tinha um filho, eu tinha matado cada um dos prisioneiros e teria voltado o mais rápido possível. —

— Você voltou, isso que importa, ele vai crescer com você, ele vai ter os dois pais, dois pais maravilhosos, uma casa confortável, um jardim para ele brincar. —

— E irmãos. —

— Irmãos? —

— Sim irmãos, pelo menos uns cinco a mais. — Ele beijou meu pescoço.

— Calma aí coelho, acho que não quero outro bebê agora. —

— Não precisa ser agora, no futuro, temos todo tempo do mundo. —

— Ele está crescendo tão rápido Michael, daqui a pouco ele não vai ser mais o meu bebêzinho. —

— Ele sempre vai ser o seu bebezinho, o nosso bebezinho. —

— Eu senti tanto a sua falta, doeu tanto achar que havia te perdido para sempre. —

— O que me deu forças foi a minha decisão de te procurar se qualquer forma, mesmo que você estivesse do outro lado do mundo. Cada dia naquela maldita prisão foi doloroso, mas eu aguentei porque eu sentia no fundo do meu coração que você estava me esperando de alguma forma e eu estava certo. —

— Pior que eu não estava te esperando. —

— Pelo menos você estava na nossa casa, com nosso filho. Obrigado por não me esquecer. —

— Você bagunçou a minha vida inteira seu idiota! Acha mesmo que eu iria te esquecer. — Falei e me virei, o beijei mais uma vez e me debrucei em seu abraço.

— Você que bagunçou minha vida, chegou de uma vez, fez eu me apaixonar loucamente, me fez até uma pessoa menos sombria. —

— E tudo isso valeu muito a pena. —

— Com toda certeza. —

Depois de um banho juntos, fui olhar Anthony mais uma vez, ele estava dormindo como um anjinho. Voltei ao nosso quarto, Michael arrumava a cama. Nos deitamos, ele me abraçou mais uma vez, ficou me beijando até que eu pegasse no sono. Assim dormimos juntinhos depois de tantos meses longe um do outro, nada havia mudado.

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