07 | Ressurreição das Memórias

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Estou certa. Ele é real, não uma ilusão criada pela minha mente. A intensidade do momento me atinge ao ponto de me deixar inerte.

Sinto-me tão atordoada que minha respiração fica irregular. Sinto um turbilhão tão forte de emoções que quero chorar. Observo-o, enquanto a tensão entre minha certeza de ser ele o meu anjo salvador e a incerteza do que fazer, se misturam.

Ele é minha única esperança, um elo vital entre mim e as lembranças perdidas do meu passado, aqueles fragmentos que anseio recuperar desesperadamente.

Ele é minha única esperança, um elo vital entre mim e as lembranças perdidas do meu passado, aqueles fragmentos que anseio recuperar desesperadamente

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__ Anya, às vezes, a memória nos prega peças, minha querida. Pode ser uma coincidência. __ A voz do padre Tadeusz soa com compaixão, seus olhos refletindo uma mistura de preocupação e piedade.

Ele segura minhas mãos, como se buscasse me dar apoio.

De certa forma, ele parece tão impressionado quanto eu.

Meu coração bate descompassado, e a minha respiração é ofegante. O eco do último olhar do homem de olhos verdes reverbera em minha mente. Ele foi em direção a saída, levando consigo o ser nojento e agressivo, que me insultou, e aquela troca de olhares, aquele último olhar dele em minha direção foi a confirmação que eu precisava. Tudo se alinhou em minhas lembranças, o reconhecimento em seus olhos, uma confirmação inegável.

Em questão de segundos após a porta se fechar, a compreensão me atingiu com força. Eu precisava segui-lo. Não podia deixá-lo partir sem fazer todas as perguntas que fervilham em minha mente desde sempre, clamando por respostas.

Desvencilhei-me do Sr. Józef, que expressava preocupação, e corri. No entanto, era tarde demais. Apenas pude vislumbrar o carro acelerando ao virar a esquina da praça. Em vez de retornar ao café, continuei correndo em direção à casa paroquial, meu lar. Precisava contar tudo imediatamente ao padre Tadeusz.

- Padre, eu o vi. Tenho certeza que era ele. Ele é real. - Me desvencilho do seu toque e minhas mãos ágeis e expressivas na linguagem silenciosa revelam o que eu sei, desafia a lógica.

__ Anya, minha criança, já passamos por isso antes. __ Ele suspira.

Não! Ele vai mais uma vez trazer de volta o que eu fiz há pouco mais de dois anos.

__ Por favor! Não é justo que traga esse acontecimento para me fazer desistir. __ Sinto certa mágoa. __ Para me por em dúvida, e assim dizer o contrário do que eu sinto... Sei ser real.

__ Anya, eu não quero que passe por aquilo novamente. As pessoas da comunidade que conhecem você, interpretaram aquilo muito mal. __ Ele que é sempre tão ponderado, fala de forma mais incisiva.

Era o início de mais um ano da tradição local da feira. É celebrada uma missa na Kazimierz Dolny para abençoar o início de mais um ano de prosperidade com os comerciantes locais e a população em geral. Eu estava em um momento sensível, e achei ter visto o homem que por vezes eu tanto procurei ver nos lugares. Seguindo os meus instintos falhos, naquele momento fui até o homem. Eu fui insistente, na minha mente tinha que ser ele. Ele tinha que ter as respostas que eu tanto busco. Mas foi um equívoco, e a esposa do homem interpretou tudo muito mal.

INOCENTE ANYAOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz