DEADLY LOVE « Peeta Mellark

'trainings'

A nossa atenção foi tomada por um pacificador aos gritos com o menino Jason.

— Você não sabe com quem está se metendo muleque! Ele é uma carreirista. Acabaria com você em uma segundo!

[...]

Depois do treinamento e de todo o incidente, voltamos para a cobertura, tomamos banho e fomos almoçar com Haymitch.

Contamos sobre o ocorrido de hoje, e mencionamos o carreirista.

— Um carreirista? Sabem o que é isso? — Perguntou olhando para todos nós enquanto cortava seu bife no prato.

— Do 1 — Katniss o responde.

— E do 2. — A completo.

— Treinam em uma academia até completarem 18 anos. No momento são completamente letais. — Haymitch nos explica.

— Mas não recebem nenhum tratamento especial! — Effy pontua. — São quartos exatamente como o de vocês. E eles não comem sobremesa, vocês sim.

— Eles são bons? — Peeta pergunta.

Cara eles treinam até os 18. Óbvio que são bons! Parece que esse menino não pensa as vezes.

— É claro que são bons. — Haymitch transmite o meu pensamento. — Ganham quase todos os anos..

— Quase. — Effy da ênfase.

Haymitch a olha um pouco irritado, acho que por sua interrupção.

— Mas são arrogantes. E arrogância pode ser um problema. — Ele diz encarando Kat.

— Ouvi que sabe atirar. — Effy corta o clima pesado que pairou no ar.

— Sou razoável. — Diz Katniss sem levantar a cabeça, apenas concentrada no seu prato de comida.

— Ela é melhor que isso! Meu pai compra os esquilos delas. Katniss acerta sempre no olho dos animais. E a Nikova é excelente em brigas, tinha que ver ela no treino hoje..

— Peeta consegue arremessar um saco de farinha de 45 quilos por cima da cabeça. — Não o deixo terminar a frase.

— Não consigo matar ninguém com um saco de farinha.

— Mas tem grande chance de ganhar se alguém te perseguir com uma faca. — Katniss diz óbvia, querendo incentivar o menino.

— Eu não tenho chance de ganhar! — Ele retruca. — Nenhuma.

Ok, essa atitude me assustou um pouco. Acho que nunca vi o Mellark estressado ou algo do tipo.

— É verdade.. Todos sabem. — Ele diz com um tom de voz baixa.

O encaro com um olhar enigmático, ninguém deveria se menosprezar assim.

— Sabe o que minha mãe disse? — Ele pergunta a todos na mesa. — Que o distrito 12 tinha alguma chance de ganhar agora. Mas ela não falava de mim. Falava de vocês.

Essa fala me choca, ele não deveria pensar dessa forma.

— Perdi a fome. — Ele se levanta da mesa e sai.