002

445 50 18
                                    




O fim



Morte.

Melhor dizendo, chacina. Eles passaram cada Targaryen a Targaryen, suas linhagens e descendentes, todos iriam à loucura ou à grandeza, olhando por cima, Aemond pode perceber o defeito de todos que carregam o nome Targaryen e seu trono.

Ele viu cada um que compartilhava seu sangue morrer.

Seus sobrinhos.

Helaena.

Seu avô.

Aegon.

Daeron.

Como também seu treinador, Criston Cole.

os filhos de Rhaenyra.

A Rhaenyra.

Mas nenhum doeu tanto quanto ver a mãe sendo a última a morrer, mesmo quando sua preciosa irmã tirou a vida e ele lamentou por não está por perto, não chegou tão perto da dor em seu peito quando ele viu sua mãe deitada em um colchão velho murmurando nomes e palavras irreconhecíveis, sua doce mãe, embrulhada no manto da insanidade tendo em companhia uma serva e uma septã em seus últimos dias. Como ele chorou ao ver seus últimos suspiros, ela estava irreconhecível, pele com um branco doente, seus cabelos já passavam de seus pés, os olhos antes cheios de vida só mostravam o vazio. Balerion teve que o segurar enquanto a deusa a levava embora.

Levou anos para que ele superasse cada morte, com a ajuda de Balerion, ele seguiu em frente. Voltando para os ensinamentos do velho e a observar sua linhagem desmanchar feito areia ao vento, ele seguiu cada Targaryen vivo que andasse pela terra até a morte, mas nenhum lhe chamava a atenção, não como a garotinha Daenerys chamou, ela tinha um brilho inocente inspirador, doeu vê-la sendo vendida pelo próprio irmão, seu próprio sangue, como uma prostituta para um Dothraki. Ele temia, pois ela o lembrava de Helaena, tão doce e carismática, postura inocente e indefesa no amar de víboras. Como não lembrar Helaena? Seu apego por ela preocupou Balerion, mas ele não interveio. Aemond viu isso como um passe livre para passar seu tempo observando a garotinha, nada será flores, Daenerys sofreu como qualquer Targaryen, mas sua dor foi única, a última Targaryen viva sem outro de sangue para aconselhá-la, tendo como última escolha confiar em estranhos para protegê-la, mas no fundo ela não conseguia confiar em ninguém, a não ser seus filhos. Aemond ficou surpreso ao vê-la domar e criar sozinha três dragões como nenhum Targaryen tivera coragem antes, foi admirável e inspirador. Ele aprendeu lições que Balerion nunca poderia o ensinar com ela. A garotinha era uma rainha e nada poderia negar, assim como Rhaenyra era. Sendo do sangue da Rhaenyra, ele não se admirou com o fogo que essa menina teve pelo trono de ferro. Sua meia-irmã fez coisas piores pelo trono.

Quando chegou o dia de tomar o trono para si, Aemond assistiu de longe, completamente orgulhoso da menininha. Ela fez exatamente o que qualquer Targaryen faria, se não for por amor, será pelo sangue e fogo. Balerion o repreendeu quando ele riu da morte dos porcos de porto real que tinham a lealdade de uma moeda, facilmente trocada pelo comprador mais rico. Ele aplaudiu e gritou com o Dracarys perfeito que iluminou a cidade a transformando em brasas, também uivou de ódio quando o bastardo a matou em um ato de covardia, pegá-la indefesa, sua própria rainha a qual ele fez um juramento sagrado de um guerreiro prometendo sua lealdade a todo custo.

Uma decepção.

A última Targaryen viva morreu por quem amava. Que destino promissor ela teria sem o bastardo do lado, uma guerreira, uma rainha, conquistadora mas também quebradora de correntes. Sua sabedoria e decisões eram incríveis. Seu julgamento estava certo, o mal dos Targaryen era amar demais. Cada uma amou alguma coisa que o faria cair na morte ou na loucura.

SANGUE E FOGOWhere stories live. Discover now