A fluidez iniciou nosso ré.
Nossa ação.
Nosso lá.
Em nós, a relação.
A leveza preponderou
Desde o início
As risadas, cumplicidade,
Carinho e afeto
[isso não é um adeus, é um expurgo de.
De uma mente confusa, traumatizada e perturbada]
A vida aconteceu e nos encantamos
Despertamos um no outro o melhor do si
Do nosso mi
Nossos universos particulares se encontraram numa nota
Harmônica
Melódica
Sutil
Em tom nossas crianças interiores se abraçaram
Fizeram festa
O humor era tão intenso
Que pintávamos nossas testas
Até que veio
A cobrança interna
Receber tanto carinho e afeto
Gerou um gatilho
Como se.
Se no fundo eu não fosse merecedora de tanto.
O medo de não suprir suas expectativas
De não sentir tanto assim
Nossos ritmos mudaram
Você acelerado, fazendo mil e um planos
E eu querendo curtir cada dia presente
Um de cada vez
Sem pressa
Já você criando várias arestas
E eu não enxergava este cubo, forma geométrica de Platão
Ou teorema de Euclides
A matemática era distinta
Entre
Eu, multiplicação
Tu, exponencial
Era notória a diferença
Do somatório não parcial.
Entrementes,
Entre as mentes
Eu gostava e ainda gosto
De ser a gente
[não queria que fosse diferente]
Gosto da lerdeza
Do caminhar tranquilo,
Um deslize nas nuvens em terra
Sem me preocupar com rótulos
O que fazer daqui a não sei quantos anos
Gosto de.
Conhecer o desconhecido.
Compartilhar o momento atual
Com você.
Ainda não sei lidar com.
Com tanto afeto e generosidade
Espero não te confundir,
Tampouco te iludir
Com tanta ambivalência
E muros
Da cidade.
R.C.E
20.12.2023
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Em pó e azia.
PoetryDevaneios de. vários pedaços do mi. de mim. de ti. de nós. da voz. De um ciclo (in)determinado. Onde quem reina é o miado.
