Capítulo 3

29 5 1
                                    

__________ Moleque ___________

- Aonde estou? - Claudia perguntou gritando quando acordou. - Fala! Aonde eu estou?
Continuou perguntando enquanto deixava a posição conchinha que estávamos.
- Você está aonde pediu ontem para estar. - Falei soltando o riso.
- O que aconteceu ontem? - Ela quis saber.
- Calma, eu vou te contar. - Falei.
- Eu dormi na sua cama? - Ela perguntou ainda sem entender nada.
- Ou preferia dormir no chão da cozinha onde caiu quando foi buscar mais cerveja? -
Perguntei.
- Eu bebi aqui? - Ela quis entender.
- Você não conseguiu mais beber! -Respondi sorrindo muito daquela situação.
- Estou na cama de um estanho. - Falou levantando e ajeitando as roupas.
- Posso me apresentar mais uma vez - Falei me ajoelhando e pegando em sua mão - Prazer, sou Antonio, enfermeiro, seu coloca de trabalho que concertou seu carro e seu futuro marido!
- Eu já tenho marido.
- Você quis dizer: Eu tinha marido? - Falei.
- O que aconteceu? - Perguntou desorientada.
- Você ligou pedindo o divórcio.
- Droga, eu não posso... a minha família.... E, contínuo te considerando um desconhecido.
- Pelo menos o meu órgão, sua boca já conheceu - Falei rindo.
- Você me comeu?
- Não, você me comeu, e com muita fome, nunca imaginei que essa boquinha fosse capaz
daquilo. - Falei.
- Você é apenas a droga de um infantil como eu imaginei. Agora me dar licença que eu
preciso resolver essa merda e se você abrir a boca pode dar adeus a seu emprego. - Ela falou enquanto saía bufando de raiva.
- Já vai princesa? Agora que são 10hrs. - Fabio falou enquanto ela passava pela sala.
- 10hrs? - Ela falou abismada. - Eu preciso ir ao hospital, nem todo mundo tem o privilégio
de ser residente e trabalhar apenas 12h semanais - Falou olhando para mim e abrindo a porta.
Fui à cozinha beber agua, sorrindo e lembrando da mentira que contei, ela nem ligou para o doutor Rabujo, mas ela iria falar algo tentando explicar a situação e nessa explicação ela iria acabar contando a verdade, e então ele pediria o divórcio. E pensando bem, o meu emprego
está preservado, já que foi um processo seletivo de um projeto federal e eu nem ligo para
aquele trabalho mesmo. Que se foda!
Quando passei em frente ao quarto de hóspedes e ouvi.
- Eu.vou.contar.a.ele. - Lili falava com um tom sério.
- Você precisa parar com isso Liliane. - Theo respondeu com tom disciplinador - Tudo que
eu te conto você precisa contar para ele.
- Droga, ele é meu irmão, ele precisa saber. - Lili gritou. - Aquela vadiaaaaaaaa.
Interrompi a discussão. - Quem é vadia? - Perguntei.
Ele ficaram paralisados se olhando e pude perceber o quanto a Lili tinha entalado na
garganta, prestes á explodir, eu podia sentir isso.
- Uma garota que me ligou, ela é uma vadia. - Theo respondeu.
Meu telefone tocou.
- Alô. Amor? Estou indo direto ao hospital. Desculpa por ontem, eu estava bêbada, depois falo com você. - Claudia falou ao telefone.
- Certo amor. - Respondi.
- Antônio? - Ela falou em tom confuso!
- Isso, Antônio! Quem poderia ser? - Respondi perguntando
- Cala a boca seu moleque! - ela falou irritada.
- Oxê, você quem perguntou - eu falei.
- Você meu mexeu em meu celular? Você mexeu em minha agenda telefônica? Você
trocou o número do Marcio pelo seu? - Ela não respirava e apenas fazia uma sequência de
perguntas, aumentando o tom a cada pergunta e ficava mais brava a cada pergunta.
- Eu apenas coloquei meu número salvo do lugar de um contato que estava salvo como
"amor" em sua agenda.
- Vou te matar! Idiota! Tchau! - Ela falou em tom mais calmo e desligou.
- Eu vou embora. - Lili Falou se levantando. - Vou para a empresa. - Pegou a bolsa - Tenho um turbilhão de livros para rever - pegou umas maquiagens, o fone de ouvido. - um monte de textos para traduzir - colocou tudo na bolsa - a editora está um inferno de trabalho - colocou a
bolsa no antebraço - e eu não aguento isso!
- Calma Lili, o Theo não quer a vadia, ele quer é você. - Falei, piscando para ela.
Eu sabia que a conversa do Theo era mentira, sabia que a Lili sabia a verdade, sabia que
ela queria me contar e sabia que ela iria me contar, apenas precisava de um tempo. Ela saiu e Theo a seguiu, mas peguei em seu braço antes dele passar pela porta. - Eu lembro que você falou no bar que conhecia a Claudia. De onde?
- Depois Antônio, depois! Deixa eu levar a Lili para a empresa. - Theo falou apressando e
bateu a porta.

Eu sentei no balcão da cozinha e veio em minha mente toda a magia daquela noite.
- Você escreveu esse recado no xeque? - Perguntei abismado. Mas é lógico que foi ela,
pensei - Alias, você escreveu esse recado no xeque! - Falei ainda confuso.
"Mano tenho que tratar essa esquizofrenia" pensei sorrindo após a jorrada de hormônio que ocorreu em meu corpo naquele momento.
- Só queria te pagar uma bebida, pelo concerto do meu carro - ela falou.
- Não foi nada demais - falei me levantado - e o seu marido pode não gostar de te ver
pagando bebida para um homem.
Ela pegou novamente em meu braço com as duas mãos. - Senta garoto, ele está viajando.
Eu olhei fixamente para ela. - Você é tão linda! Você mexe comigo! Eu não sei explicar! Apenas sei que você mexe comigo. Mas você é casada. - Falei me levantando pela segunda vez.
- Senta garoto, não vou mandar a terceira vez. - Ela virou um copo de uísque de uma vez.
- Você está me deixando maluca. - Ela falou apontado para o garçom para pedir mais uma dose. - eu ti vi a primeira vez na oficina bom motor, eu fiquei completamente maluca por causa desse seu braço, eu queria pegar nele - falou apertando mais forte o meu braço - que bíceps, uau, e que tríceps!
- Então você já me conhecia? - Perguntei confuso.
- Sim e me lembrei quando te vi no hospital, já estava indo para casa quando decidi voltar só para falar com você, fiquei um tempo esperando você passar pelo corredor do 4° andar, você não passou, então decidi ir para casa pois tinha manicure marcada, quando liguei a chave no carro e vi que não funcionou, lembrei que você era mecânico e resolvi te esperar, por isso quando o Marcio chegou, eu falei para ele que o celular estava descarregado e você viu que
não estava, eu não havia ligado, eu estava esperando você!
- Naquele momento, como uma força superior nossos corpos se aproximaram, como um ima nossos lábios se aproximaram e eu pude sentir sua respiração ofegante. Até que ela me
empurrou. - Aqui naaaaao! - Ela falou com tom embreagado.
- Aqui mesmo! - Falei a levantando daquela cadeira e puxando aquela cintura até encostar completamente em meu corpo, agarrei toda a sua cintura. Ela colocou seus braços sob meus ombros e agarrou todo o meu pescoço, senti aquele beijo calmo e intenso, com movimentos
de língua que me fazia aumentar a força que exercia a abraça-la, meu pênis pulsava mudando de posição e tentando escapar da cueca, ela largou minha boca e falou em meu ouvido.
- Vamos para sua casa.
- Vamos. - Respondi pegando em sua mão, andando rápido pelo bar e passando pela
mesa dos meus amigos. - Galera, estou indo - falei jogando 50 reais na mesa.
Só me lembro da cara abismada da Lili, dos risos do Theo e de uma piadinha do Fábio - Hoje tem!
Passamos pelo caixa da saída, ela pagou a sua conta, chegamos ao estacionamento, subi na fan e ela subiu atrás, agarrou em minha cintura e saímos cortando os sinais vermelhos e as faixas de pedestres até a minha casa.

Enquanto eu pensava o telefone tocou.
- Alô Antônio. Sou eu de novo - Claudia falou pelo telefone.
- Eu sei minha linda, acabei de salvar seu número - falei
- Eu falei com o Márcio, ele me falou que eu não liguei para ele ontem, então você mentiu....Interrompi. - Eu não sou tão moleque, linda. - Completei respirando forte e lento - jamais te deixaria fazer algo grave estando bêbada.
- Por favor me diz que também é mentira, me diz que não fizemos sexo.
- Eu não vou mentir, nos fizemos sexo. - falei.
- Droga! - Ela falou bufando.
- Relaxa linda, não fizemos nada demais, chegamos em minha casa, você me jogou na cama e pediu para eu ficar quieto - sorri - e fez o melhor sexo oral da minha vida.
- E... Eu... Te... Contei algo? - Ela perguntou pausadamente.
- Contou! - afirmei
- Me desculpa Antonio, você não merece!
- Não mereço saber que você estava louca por mim? Ou não mereço receber um sexo oral
que me fez gritar de prazer? - Falei sorrindo.
- Esqueça, e... Lembre-se. Por mais que não podemos ficar juntos, eu gosto de você - falou e desligou antes que eu pudesse falar algo.
Quando ela desligou eu cai na gargalhada.

- O que foi Antonio? - Fabio gritou da sala.
- Nada senhor fármaco. - Respondi ainda com uma expressão boba no rosto lembrando da noite.

Quando eu falei tremendo de prazer depois do orgasmo que ela me proporcionou com o
sexo oral - Vou te penetrar. - Falei me levantando.
- Aonde você vai? - Ela perguntou prendendo o cabelo.
- Vou procurar uma camisinha no quarto do meu amigo.
- Tem algo pra beber? - Ela quis saber.
- Tem cerveja na geladeira - Respondi.
- Vou lá pegar - Ela falou e saiu cambaleando.
Voltei ao quarto rápido antes que alguém chegasse e me encontrasse andando pelado
pela casa com o pênis ereto. Voltei ao meu quarto e deitei abrindo a camisinha. Ela já estava demorando.
- Cláudia? - Gritei e fiquei concentrado aos sons em busca de uma resposta, não ouvi nada. Coloquei minha cueca e fui até a cozinha, ela estava vomitando no chão próximo a geladeira, peguei em sua cabeça e ela foi parando aos poucos, ate que dormiu em meu colo, a peguei em meus braços e levei até a cama, ela deitou de lado e puxou meu braço, nos colocando posição conchinha.

Antonio - Por trás da verdade. Where stories live. Discover now