Capitulo 8

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Ethan

Chiara com aquela cara de anjo fugindo de casa e aprontando?

Foi isso o que aconteceu.

Eu estava próximo, a todo o momento. E ela não fazia a menor ideia disso.

Tudo estava saindo como o planejado, mas eu não tinha nada a ver com aquele homem a perseguindo.

Sempre trabalhei sozinho, não gostava de ninguém me interrompendo. Então arrastei aquele miserável pela rua com todo o prazer, e só não o matei alí mesmo por que precisava manter uma boa impressão.

— quer ir pra casa? - pergunto logo após de certificar se estava tudo bem

— não! Pra casa não - era óbvio que ela não ia querer aparecer em casa daquele jeito e ainda mais naquele horário — como você apareceu assim? De onde você  venho? - pergunta confusa

— eu estava passando de carro e vi aquele pervertido andando atrás de uma garota, eu não podia ficar parado então decidi fazer alguma coisa, só não vi que a garota era você - em partes foi verdade. Chiara estava completamente bêbada, então certamente não lembraria de nada no dia seguinte.

— e isso faz diferença?

— nenhuma

— me tira daqui, por favor - ela abraça o próprio corpo e eu a cubro com minha jaqueta

__________

Caminhamos até meu carro, abro a porta e ela entra sem pensar duas vezes.

Tudo tão fácil

— merda, merda, merda! - repetia ela nervosa com as mãos no rosto

— que merda você tinha na cabeça em sair sozinha e bêbada desse jeito? ‐ comento após dar partida no carro

O cheiro de álcool tomou conta do ambiente. Chiara estava deplorável naquela situação

— eu não estou bêbada, estou raciocinando - sua própria vós provava o contrario.

— duvido muito

— acho que estou meio termo. Como fez isso? É a segunda vez que você me impede de morrer, já está ficando chato isso. Uma hora eu tenho que conseguir - ela tinha um semblante cansado e distante ao proferir aquelas palavras.

— coincidências existem. E me desculpe a curiosidade, mas por que você iria querer morrer ?

O que faltava a filha de Marco Mantovanni?

— ah você não sabe nada da minha vida queridinho - comenta antes de virar a garrafa de bebida que trazia consigo

— tequila?

— sim, uma dessas bem vagabundas - responde e começa a rir.

— larga isso - tomo o vidro de suas mãos e jogo no banco de trás.

— seu idiota!

— chega de álcool pra você hoje.

— você é apenas um estranho, não pode mandar em mim.

— não somos estranhos

— somos sim

— não

— seu chato! Parece um velho!

Fico em silêncio para ver se ela para de falar mas não adianta.

— você tem um olhar estranho sabe, tipo daqueles assassinos da netflix - ela continua a falar com sua vóz arrastada — Quero ir embora - ela tenta a porta mas óbviamente estava trancada.

Em suas mãos: Livro único Where stories live. Discover now