Capítulo 1

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Ethan

A luz néon espalhada pelo ambiente assim como a fumaça de maconha, tomavam conta de quase todo meu campo de visão enquanto eu caminhava por aquela merda de lugar.

A música tocava alto e mulheres dançavam no palco se insinuando para homens vazios e a procura de prazer.

Haviam bebidas e pessoas espalhadas por todo o meu redor. Eram de vários estilos e classes sociais, dos mais renomados aos mais desprezíveis.

E eu era apenas mais um miserável alí, continuando com minha forma também miserável de ganhar a vida.

— demorou - diz o velho vestido de preto jogado em sua cadeira com uma garota em seu colo — saia e feche a porta - ordena a ela que o obedece de imediato.

Gusman Torres era a personificação de todas as coisas mais nojentas que você possa imaginar. Infelizmente o conheço a muito tempo e posso afirmar isso com convicção.

Sento-me na cadeira a sua frente e o aguardo designar qual seria meu trabalho dessa vez.

— e então - dou uma tragada em meu cigarro — acho que não me chamou aqui somente para ver minha cara.

— baixe seu tom meu amigo , já vai ver do que se trata - ele procura por algo em sua gaveta e logo põe uma ficha sobre a mesa — aí está, sua nova distração.

Observo brevemente a foto da garota a minha frente e já vou direto ao ponto.

— o que devo fazer com ela?

— uma belezinha não? é filha de um antigo conhecido meu. Ele vem almentando uma dívida comigo já faz alguns anos, e agora está na hora de pagar.

— seja mais específico - Ele acende um charuto e continua

— quero que mate ela, que tire sua vida. E pelo o que me lembro você sabe fazer isso muito bem.

— por que não o pai? É ele quem está devendo. - falo o óbvio e ele continua.

— isso vira depois, primeiro quero que ele sofra por um bom tempo. Você vai se aproximar dessa garota, ganhar sua confiança e depois cumprir com sua obrigação. Simples.

— quanto está disposto a pagar?

— não é a primeira vez que trabalhamos juntos, sabe que a recompensa não será pouca. Mas para garantir lhe darei uma pequena amostra - ele levanta, pega uma maleta com grande quantidade de dinheiro e a abre diante de meus olhos. — metade agora e o restante depois, o que acha?

Eu não tinha no que pensar e nem do que reclamar. Aquele era meu trabalho, não importava o quão desumano fosse.

O estendo a mão mostrando que o acordo estava feito e vejo seu semblante de satisfação.

Aquele homem era perverso mas eu também não era muito diferente. Ele sabia muito bem que eu seria capas de fazer com ele coisas piores do que já fiz para suas vítimas.

— E mais uma coisa - o ouço pigarrear — quero que use essa arma - ele aponta para o revólver prata exposto sobre uma cômoda ao seu lado.

— sabe muito bem que não irei aceitar.

Eu tinha meus costumes, e usar somente minhas armas estava entre eles.

— se trata de algo especial, vamos garoto, aceite - insiste ele

Pego o revólver em minha mão e o observo detalhadamente. Era um calibre 38 em perfeito estado, poderia até me arriscar a diser que nunca foi usado.

— Algo mais? - pergunto desinteressado devolvendo o objeto depois de avaliá-lo.

— por que não aceita? -  pergunta ele se referindo a arma.

— sabe muito bem como eu trabalho, acho que não preciso repetir novamente - concluí

— como quiser então - finalmente se da por vencido — Quero que saía por aquela porta e só apareça aqui depois que a garota estiver a sete palmos do chão.

Paro o observando por alguns instantes pensando se realmente valia a pena continuar o mantendo vivo.

Tratamos tudo o que tinhamos de tratar, pego todas as informações sobre a garota e já dou jeito em sair logo daquele lugar.

Tudo ali era nojento

Dou partida em meu carro e sigo direto para meu apartamento. Assim que chego tomo um banho, sirvo um whisky e volto minha atenção para meu trabalho.

Não era uma profissão de se orgulhar, aliás devia estar entre a pior de todas, mas eu não tinha nada a perder. Até hoje todas as vidas que tirei não mereciam um fim diferente.

Tudo que já fiz e ainda faço começou por necessidade, até me arrisco dizer que nasci para isso. Durante todos os anos em que estive nesse meio nunca deixei um rastro sequer e nem ao mesmo levantei suspeitas.

Um assassino perfeito eu diria.

Observo o rosto de minha próxima vítima sobre minha mesa com atenção.

Chiara Mantovanni tinha cabelos escuros, olhos verdes e traços delicados. Logo abaixo tinham algumas informações como sua idade, endereço, escola, lugares em que costumava ir e etc.

Devo confessar que ela era mais velha do que eu esperava. Mas mesmo assim estaria entre minhas vítimas mais jovens, já que tinha seus, espero que bem vividos, 18 anos.

Pelo menos eu não iria matar uma criança.

Pego meu laptop e procuro por sua redes sociais a fim de saber mais sobre sua personalidade. Encontro somente um perfil no Instagram, sem foto e com poucos seguidores.

Na Internet também não se encontrava muita coisa. A maioria das notícias eram sobre seu pai e suas empresas.

Sobre ela não se tinha nada relevante, ou que eu já não estivesse sabendo.

Teria que me basear somente em sua ficha por enquanto.

Tudo o que eu precisava fazer no momento era estudar seus passos por alguns dias e então buscar uma forma de me aproximar.

Ela concertesa era uma menina mimada e esnobe.

E eu o cara esperto o suficiente para conquistá-la com rapidez.

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Primeiro capítulo publicado com sucesso!!

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Em suas mãos: Livro único Where stories live. Discover now