III • colheita

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Colheita

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Colheita.

O dia em que duas crianças iriam ser convocadas para a morte.

Camila não tinha como se sentir pior, estava suando frio e a pressão caía diariamente, era a primeira colheita de Nate, e ela sabia que tinha como ele ser chamado, já que era irmão de uma vencedora.

Assim como tinha chance de Sophie e Liam serem igualmente.

— Está tudo bem? – Nate perguntou enquanto os dois andavam na praça até a fila dos primeiranistas.

— Estou ótima. – Ela disse e beijou o topo da cabeça do irmão. – Você tem que entrar naquela fila e assinar o nome, quando te pedirem o dedo, deixe eles furarem, ok?

— Ok. – Nate disse e abraçou a irmã pela ultima vez antes dela subir ao palco, já que era mentora.

Camila subiu e observou Finnick ir também pelo outro lado, apenas sorriu sem graça para ele, que retribuiu.

— Bem-vindos, bem-vindos. – Maxime Gheard disse e todos pareciam felizes, já que o 4 era um dos mais renomados dos jogos. – Vamos dar inicio a colheita da septuagésima terceira edição dos jogos vorazes. – Maxime disse e enfiou à mão a procura do papel no vaso de vidro em que confortava os nomes dos tributos masculinos. – Thomas Shore! – Gheard disse e todos viram Finnick e Camila relaxarem os ombros. – Venha querido, sem medo! – A moça dos cabelos azuis disse para o garoto moreno, provavelmente não tinha mais de quinze anos. – Agora à tributo feminina. – Maxime parecia indecisa entre dois papéis. – Sophie Cresta!

Finnick e Camila fraquejaram, junto de Annie que iniciava o choro.

Era Sophie, Sophie havia sido recolhida, Sophie morreria na arena.

— Eu me voluntario! eu me voluntario como tributo! – Uma garota loira de olhos verdes disse se soltando das mãos de uma mulher mais velha.

— Valerie, não! – Sophie disse e abraçou a menina.

Provavelmente seria o último abraço das duas, A menina sussurrou algo para Sophie que assentiu.

A tributo subiu ao palco confiante.

— Suba querida, suba. – Maxime falou e abraçou a garota de lado. — Qual seu nome?

— Valerie, Valerie Dunne. – A menina disse e a escolta assentiu.

— Agora apertem as mãos. – A moça disse e os dois se cumprimentaram, logo após foram levados por seus mentores para dentro do prédio. – Que a sorte esteja sempre a seu favor!

Os dois adolescentes pareciam ter a mesma idade, e eram completamente o oposto um do outro.

— Vocês tem dez minutos para falar com seus familiares, melhor entrarem logo. – Camila disse e apontou para duas portas brancas, logo vendo os dois entrarem.

— Vai transforma-la em uma sanguinária igualzinha a você? – Finnick disse e bagunçou o cabelo recém arrumado pela menina.

— Acho que não vou precisar transforma-la em nada, somente aperfeiçoar. – Camila disse e saiu, em busca de água.

.

Finnick e Camila adentraram ao trem calados, apenas com o silêncio confortante, assim como faziam por dois anos.

A tributo de Camila a observava com cautela, e sempre procurando alguma feição desanimada, mas Camila parecia muito mais feliz do quê desapontada.

Já o de Finnick estava sempre de cabeça baixa, parecendo triste.

— Tudo bem, podemos conversar sobre a situação de vocês dois? ou é cedo de mais? – Camila perguntou e viu os dois assentirem.

— Tudo bem, quais são as duvidas? – Odair perguntou e os dois pensaram.

— Como arrumamos abrigo? – Pela primeira vez ouviram a voz de Thomas.

— Nunca é bom dormir no chão. – Camila disse. – Mas se por acaso a arena for uma praia, deserto, ou campo, prefiram sempre um local afastado e com sombra.

— Nunca em hipótese alguma façam fogueira a noite.

— E se for muito frio? – Valerie perguntou, apreensiva.

— Cuidaremos disso. – Finnick concluiu ao lembrar de um ponto interessante.

— Na Arena, os vinte e quatro tributos sempre vão estar ligados de alguma forma, pela cornucopia. – Camila explicou colocando algum tipo de bebida em um copo. – Divido em doze linhas.

— Oque é isso?

— O local onde ficam as armas e mantimentos. – Finnick explicou. – Quando o sinal for dado, nunca corram até lá, fujam o mais rapidamente possível, o primeiro massacre começa naquele momento.

— Como foram as arenas de vocês? – Thomas questionou, ele parecia querer fugir da realidade, Camila achava ele fofo.

— A minha arena foi linda, era uma praia com lagos bioluminescentes. – A moça explicou, lembrando da arena que era esplendida. – Mas em compensação quase tudo era venenoso, desde alguns animais, até as folhagens.

— Selva tropical. – Finnick tentava se lembrar de alguns detalhes. – Era incrível, mas tinham muitos animais mutantes, fora os tributos que eram malucos. – Odair disse e fez as duas crianças rirem, junto de Camila.

— Tenho medo da nossa arena. – Valerie disse e Thomas concordou. – Ela pode ir de um deserto até uma ilha em momentos.

— Vocês são muito bons em quê?

— Valerie usa um tridente para muitas coisas, ela pesca muitas vezes com aquilo. – Thomas disse e a garota riu. – Sério vocês tem que ver, ela é sanguinária com aquela coisa.

Após a palavra sanguinária, Finnick riu.

— Ela tinha que ser mesmo sua tributo Camila. – Odair disse e a garota revirou os olhos.

— E você Thomas?

— Billy nada muito bem, e tem uma força nos braços imensa, vejo ele levando uns peixes gigantes com o pai dele. – Valerie disse e apontou para os bíceps do garoto.

— Não posso lutar com peixes na arena. – O garoto disse e todos riram.

— Infelizmente não. – Finnick disse e deu dois tapinhas no ombro vago de Thomas. – Mas podemos adaptar o peixe, por alguma arma que você tenha habilidade.

loyalty, finnick odair. Where stories live. Discover now