Capítulo XXVI - Confissões

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"Bom eu não pensei em nomes para menina ainda... mas para menino eu pensei em Maelor." Haelena olhou com espectativa para sua irmã e sobrinha. "O que vocês acham?".

"Eu acho um lindo nome". Rhaenyra sorriu.

"Eu também, gosto do som, além de que vai ficar belo quando apresentado, Maelor Targaryen." Visenya falou como se estivesse anunciando o bebezinho.

Haelena e Rhaenyra riram da garota. Tudo parecia estar em ordem, até que Haelena se calou por um segundo, como se lembrasse de algo desagradável.

"Tia? Algum problema?". Visenya segurou uma das mãos da mesma.
Haelena olhou para a sobrinha e para a irmã, que tinham semblantes preocupados enquanto a encaravam.

"Bem... minha mãe não foi muito receptiva a idéia deste encontro... mas eu quero que saibam que não tenho nenhum rancor sequer contra vocês, sei que o passado de nossas famílias foram bagunçados, mas quero que nosso futuro não seja." Ela parou e olhou para as crianças brincando no canto do cômodo. "Quero que meus filhos possam ter amizades, quero que cresçam sem esse tormento... mas o fio preto e vermelho já está entrelaçado."

O tom de voz de Haelena era preocupado, como se não pudesse fazer nada para impedir seja lá o que for, que estava lhe afligindo.

Rhaenyra olhou para a filha buscando algum tipo de resposta, mas Visenya devolveu o olhar confuso para a mãe.

"Você havia convidado Alicent para estar aqui?" Rhaenyra perguntou com calma.

Haelena assentiu levemente.
"E o que exatamente ela falou tia?...". Visenya podia ver nos olhos de Haelena que ela estava com medo de revelar as falas de sua mãe.

"Está tudo bem... eu prometo em nome de nossa casa, que tudo o que disser aqui, permanecerá guardado por mim e por minha mãe." Visenya disse e olhou para a mãe, que confirmou a fala da filha acenando com a cabeça.

Haelena olhou para as duas e suspirou.

"Minha mãe... ela falou inicialmente para que eu desistisse da ideia de chamá-las aqui, porém logo mudou de idéia. Disse para que eu tirasse de você Rhaenyra... qualquer informação que pudesse ajudá-los...". As mãos de Haelena pareciam trêmulas.

"Ajudá-los em que Haelena?". Rhaenyra tinha o olhar atento a cada movimento da boca de sua irmã.

Haelena olhou para Visenya procurando por ajuda, Visenya acenou positivamente para que a tia continuasse, a encorajando.

"Vocês sabem... não querem que você anuncie depois do papai...". A voz da jovem falhava.

"Foi por isso que concordou com este chá? Pretende ajudar sua mãe?" Rhaenyra interrogou a garota, não estava sendo dura com Haelena, mas não deixava de manter sua guarda alta.

Visenya observou Haelena apertar os anéis em seus dedos, ela usava dois do conjunto dado por Visenya. Ela passava o dedo pela pequena aranha e abelha contidas nos mesmos.

Visenya tomou ambas as mãos de Haelena, forçando a jovem a olhar para ela.

"Tia, seja lá o que quer nos dizer você pode, saiba que também não temos rancor nenhum em relação e você... sabemos que é uma boa pessoa, mas está em um meio perigoso, diga o que sabe... por favor."

Haelena olhou para as mãos dadas com a sobrinha, depois olhou para Rhaenyra, respirou fundo e continuou.

"Meu avô e minha mãe... eles não me contam muita coisa, mas não significa que eu não os escuto. Vocês não devem sair de Porto Real... não é seguro, precisamos evitar que os dragões dancem...  ou eles dançarão em breve...". Haelena olhou em direção a suas crianças e apertou as mão de Visenya.

Feitos de Fogo e  Nascidos Para Queimar Where stories live. Discover now