▪04

15 4 0
                                    

03 de Março.


Já estou em casa, hoje é Segunda-feira, o que significa que vou ter que ir para a faculdade. Já aguentei muito pra querer desistir agora. Foca no processo. Após acordar faço minhas higienes, escolho uma roupa e alguns acessórios e depois coloco-as em mim.

Me olho no espelho e sorrio.

- como eu sou maravilhosa. -Digo pra mim mesma.

- muito maravilhosa, meu amor. Mas agora vamos lanchar algo pra você ir pra faculdade! -Minha mãe fala me puxando pra fora do quarto e eu solto um gargalhada.

- vou comer bem rápido. Porque talvez eu chegue super atrasada. -Digo e a Laura rir.

- isso é consequência de ficar se olhando no espelho. -Diz.

- fala mais que eu não te ouço.

- parou hein. Mas agora, uma pergunta que não fiz a vocês, como foi o final de semana com o Mikel? -Minha pergunta e eu lembro da Lorena.

- eu amei, pera... a Maitê amou mais ainda, ficou maioria do tempo de papo com o Gabriel Martinelli. -Laura "explana" e eu reviro os olhos.

- ele é um colega, Laura. E eu odiei por uma parte, a Lorena é muito idiota, eu odeio ela. -Só falo isso e a Laura fica explicando pra minha mãe o que aconteceu.

Digo que já vou pra faculdade.

- tenham um bom dia!

Saio de casa em direção a um lugar cheio de gente tóxica que só vai me tirar a paciência. Mas com boas intenções para o meu futuro.

[...]

- oi, amigaa. Que saudade! -Geovana fala animada.

- foi apenas um final de semana sem se ver. -Digo.

- nossa, Maitê. Por que você nasceu assim, hein? -Ela pergunta e eu solto uma risada sincera.

- sei lá.

- vamos pra sala. O professor é chato pra caramba.

- concordo.

Vamos para a sala e a minha cabeça estava no mundo da lua, eu estava prestando atenção em tudo, anotando quando era necessário, mas uma certa pessoa tinha alugado um triplex na minha cabeça, literalmente.

Porra, Gabriel! Eu tenho namorado.

Depois de várias aulas e estudos eu me despeço a Gio e vou para casa. Decido mudar minha rota, mando mensagem para minha mãe dizendo que vou para a casa do Miguel.

Assim que chego lá toco a campainha e ele atende depois de alguns minutos.

- quem é? -Pergunta pelo interfone.

- a Maitê. -Digo e ouço ele pergunta: "Maitê?!" E outra voz.

Ele abre meio estranho e eu o encaro com sobrancelha erguida.

- quem estava aqui? -Pergunto desconfiada.

- ninguém, amor. Você ouviu vozes de alguém?

- sim, ouvi. Tem certeza que não tinha ninguém aqui com você, Miguel?

- claro, Maitê. Tá desconfiando de mim, é? -Pergunta.

○ Coisa certa - Gabriel Martinelli. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora