○ Coisa certa - Gabriel Martinelli.

▪０１

01 de Março.

Acordei bem cedo hoje, pois tem jogo do Arsenal, estou bem animada para o jogo, e o meu pai mais ainda, Mikel Arteta. Ele tá nervoso, ansioso, louco, não tá escutando ninguém e ninguém sabe lidar com esse homem quando ele tá assim.

Lorena, minha madrasta, até tenta acalmar ele, e consegue, o mínimo. Eu não me dou tão bem com ela, não é que eu não goste da mesma, é pelo simples fato dela nunca ter tido a vontade de chegar em mim, e ter uma conversa de verdade, de madrasta para enteada. E é isso. Moro apenas com a minha mãe, e minha irmã. O Davi, é filho da Lorena.

Mas essa semana estou na casa do meu pai com a minha irmã do meio, Laura. Estou arrumando o Davi, quando termino, coloco ele pra assistir no seu tablet e vou me arrumar com a minha irmã.

— eai? Vai com que roupa? —Laura pergunta.

— essa. —Mostro a roupa que eu separei para mim.

Era uma blusa do Arsenal e uma calça de couro larga.

— número do Martinelli?

— e qual é o problema? —Pergunto.

— nenhum. —Disse rindo debochadamente.

— foi o que eu pensei. —Dei um sorrisinho.

Quando termino de me arrumar por completo, tiro uma foto e posto no meu Instagram. Desço as escadas com as minhas crias, pego o Davi no colo e vou pra garagem. Antes de começar a dirigir, vejo uma notificação do meu Instagram. É o Gabriel.

"Espero ver o meu número aí atrás."

O passatempo do Gabriel, com certeza, é me pertubar. É o dom dele.

Vou dirigindo, cantando e tendo conversas aleatórias com o Davi e a Laura. E logo chegamos no estádio.

Coloco o carro no estacionamento e saio com o Davi. Mostro minhas credenciais e vamos em direção ao campo.

— oh ali o Martinelli. —Laura diz.

— cara, que obsessão é essa? Você sabe que eu tenho namorado. Para, por favor, Laura! —Digo, extremamente irritada. Não é a primeira vez que ela me coloca pra cima do Gabriel.

— o motivo é simples: vocês combinam. Sério mesmo, de irmã pra irmã. —Diz séria.

— de onde você tirou isso, garota? Vai comer terra.

Chegamos perto dos jogadores, onde eles estavam se aquecendo, nosso pai avista a gente e vem até nós.

— tô sentindo o cheiro da vitória hoje, anotem! —Diz animado e sai.

Tá bom ué. Eu e minha irmã se olhamos e começamos a rir. Olho novamente pro campo e vejo o Gabriel vindo em nossa direção.

— huum. —Minha irmã ataca novamente.

— eai, meninas. —Diz sorrindo de lado.

— olá, Gabriel. —O cumprimento.

— eai, meu amigo Gabi. —Diz Laura animada e eu franzo o cenho.

— tem o meu nome aí atrás, né, Laura? —Gabriel pergunta sorrindo, se referindo a minha camisa.

— tem sim, Gabi. Sorte a sua.

— sabia. —Olhou pra mim. Ficamos nos olhando por pouco tempos, logo ele puxa assunto. —e esse neném aqui? Neném grande, na verdade.