Alice(rce)

10 4 0
                                    

Nota: ai gente tava mo ansiosa pra criar algo assim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nota: ai gente tava mo ansiosa pra criar algo assim. eu queria não necessariamente partir de um final e desenvolver algo além, apenas quis dar um tchan no final em que kara e luther chegam na fronteira em segurança e o todd brota das profundezas. Tipo, o que eles sentiam, não o que fariam. Apreciem.

Kara observava o horizonte vasto do Canadá, suas mãos delicadas tremiam ligeiramente com a tensão que pairava no ar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Kara observava o horizonte vasto do Canadá, suas mãos delicadas tremiam ligeiramente com a tensão que pairava no ar. O céu, tingido com nuances suaves de laranja e rosa pelo pôr do sol, refletia a transição entre o que ficara para trás e o que aguardava à frente. Luther, ao perceber a inquietação de Kara, entrelaçou seus dedos nos dela, proporcionando um conforto silencioso que transcendia as palavras.

Ao lado, Alice, que se tornara o elo emocional, alheia à complexidade do momento.

Alice havia pedido para Kara ativar seu sistema de sensações para sentir o vento frio do norte acariciando seu rosto. Cada rajada parecia sussurrar promessas de novos começos, enquanto também carregava consigo a lembrança das batalhas travadas para chegar até ali. Era como se o próprio clima estivesse ciente da encruzilhada em que se encontravam.

O passado de Kara a perseguia, mesmo em meio ao seu recomeço. A chegada de Todd trouxera à tona memórias dolorosas. Ele estava ali, de cabeça baixa, buscando uma redenção que Kara mal sabia se estava disposta a conceder.

A tensão no ar era palpável quando Todd finalmente levantou os olhos para encarar Kara. O silêncio que se seguiu ecoava a incerteza do momento. Luther permanecia firme ao lado de Kara, sua presença sendo um suporte silencioso.

Se Kara ainda tivesse o LED, ele estaria amarelo.

O Canadá oferecia a promessa de uma nova vida, mas o passado teimava em se manter presente.

— Eu sei que fui um monstro, mas as coisas mudaram. Vi a luz, entende? — Toddy dizia.

Luther apertou suavemente a mão de Kara, seus dedos cintilando com uma suavidade mecânica, mas o olhar que ele direcionou a ela continha uma compreensão que transcendia o código binário. Em meio à tormenta emocional, ele representava a estabilidade, o alicerce de programação sobre o qual Kara podia se apoiar.

O toque de Luther era mais do que uma simples interação mecânica; era a resposta programada para transmitir conforto e segurança. Suas conexões elétricas e sensores táteis registravam a tensão nos sensores emocionais de Kara, e sua resposta era uma mensagem codificada de apoio. Mesmo na complexidade de suas emoções simuladas, Kara encontrava uma sensação de segurança ao lado de Luther.

— Você não precisa tomar essa decisão sozinha — Luther falou.

Cada pulso de luz refletia a turbulência de suas emoções internas.

Alice, curiosa diante da troca tensa, aproximou-se de Kara, seu olhar buscando respostas nos rostos dos adultos.

Todd, ciente de que cada momento de silêncio pesava sobre suas chances de redenção, tentava desesperadamente encontrar um sinal de perdão no rosto de Kara. Ela pareceu ansiosa, enquanto ele esperava uma resposta que poderia mudar o curso de sua vida.

— Kara, eu... — Todd começou novamente.

Kara finalmente quebrou o silêncio, seus olhos se encontrando com os de Todd.

— Luther está certo, Todd. Não estou sozinha. — Kara falou com uma serenidade que surpreendeu até a ela mesma.

Ela se acalmou. Luther sorriu sutilmente.

— Mas isso não significa que as coisas voltarão a ser como antes — Kara adicionou com a voz firme — Alice é minha prioridade, e qualquer passo adiante será para garantir o melhor para ela.

O pôr do sol, agora mergulhando o cenário em tons de azul profundo, a resiliência de Kara e um passado doloroso.

— Todd, nossa jornada não pode apagar o que aconteceu, mas você pode tentar redimir-se de maneiras que não envolvam o passado.

Kara deixou de ser apenas uma guardiã para Alice, mas a fonte de conforto. Cada gesto carinhoso, desde a escolha prévia de suas palavras até momentos compartilhados ao redor de uma fogueira.

— Mamãe.. — Alice balbuciou.

Nos olhos azuis sintéticos da pequena androide, a maior encontra a razão para sentir. Cada desafio superado, cada abraço compartilhado... Ela só passou a sentir emoções Alice. Nada daquilo jamais teria acontecido de não fosse Alice.

— Precisamos ir Kara — Luther apoiou as grandes mãos sobre o ombro da androide.

Sua lealdade a Kara era inquestionável. Luther, não podia expressar amor romântico da mesma maneira que os humanos, mas encontrava na presença de Kara a fonte de algo. Até o momento, ele tornou-se um divergente por algo chamado de empatia. Não exclusivamente Alice ou Kara mas sim pelo vinculo entre ambas.

"Quando vi a pequenina dando a vida para te salvar..." Ele relembrou "Foi como abrir os olhos pela primeira vez".

Não foi em momentos desesperados como de Kara para salvar Alice, Marcus para se defender ou Connor para tomar uma decisão que mudaria o destino dos divergentes.

Foi como uma flor desabrochando. Foi delicado e mágico. E ele precisava proteger aquilo a todo custo.

— Para onde vamos agora? — Alice inclinou a cabeça para Luther.

Kara olhou o grandão nos olhos buscando uma resposta. Ela se sentia protegida por ele, ela não precisava depender dele, mas se sentia aliviada que todo o peso de suas costas podia ser divido com ele.

Foi aí que tudo veio a desmoronar.

A promessa feita a Kara ecoava nele, uma responsabilidade que, em sua essência, estava prestes a se concluir. "Posso leva-las até a fronteira em segurança" e ele o fez. Mas e agora? Elas precisavam dele?

Ele olhou para Kara esperando alguma manifestação.

Ela sorriu.

— Vamos encontrar um lugar justos, — ela prosseguiu, — Certo, Luther?

—  Vamos encontrar um lugar justos, — ela prosseguiu, — Certo, Luther?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
AlicerceOnde histórias criam vida. Descubra agora