CAP 03.

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Kensington Palace:

─ Vamos logo, George, já está tudo pronto! ─ William confere pela terceira vez o horário enquanto esperava por George no último degrau da escada. ─ Pronto! Achei! ─ O garoto enfim surge segurando a sua bola de futebol favorita. George havia insistido para levar aquela bola em específico, dizendo que as outras não tinham graça alguma por não terem o autógrafo do seu jogador favorito do Aston Villa.

E William como um bom pai e um fervoroso torcedor do Villa, não teve outra escolha a não ser apoiar o filho nessa.

Ele estendeu os braços para pegar George quando o mais novo estava na metade da escada, o colocando no chão e o deixando ir em sua frente até o lado externo do Palácio onde tudo estava pronto para o fim de semana na Escócia.

─ O senhor tem certeza mesmo de que eu não preciso ir? ─ William ouve Maria os seguir em direção ao helicóptero que os aguardava, porém continua andando conhecendo perfeitamente bem a sua funcionária. ─ Absoluta. Você precisa descansar um pouco! ─ William diz agora ajudando George a adentrar no helicóptero.

Maria foi contratada para ser babá de George quando ele tinha apenas seis meses, e desde então, tem feito um trabalho incrível e parece até mesmo ter se esquecido de que ela própria também tinha uma vida.

Normalmente ela os acompanhava em viagens e até em alguns passeios mais extensos, porém, dessa vez, seria um fim de semana apenas "dos meninos", como George gostava de chamar, e William sentia que precisava ficar sozinho um pouco com o seu filho, longe de qualquer preocupação com os holofotes e com o trabalho.

─ Eu não preciso! Eu posso muito bem ir com vocês, quantas vezes já não fiz isso?! ─ Ela insiste e William mostra que já havia tomado a sua decisão movendo a cabeça negativamente. ─ Fica tranquila, são só dois dias. ─ Ele tenta a tranquilizar repousando uma das mãos dele no ombro dela.

─ Dois dias só dos meninos, Maria! ─ George diz animado já dentro do helicóptero e parece enfim convencer a sua babá. ─ Tudo bem, eu desisto. ─ William comemora ao ouví-la dizer aquilo.

─ Mas tome cuidado lá em cima, e quando estiver no chão também. Me avise quando vocês chegarem e não se esqueça de... ─ William a guia de volta para o lado interno sabendo que ela facilmente passaria horas lhe dizendo coisas que ele já sabia.

─ Tudo bem, tudo bem. Eu te vejo em dois dias. ─ William se despede antes de voltar ao helicóptero e George acena de longe para Maria com um largo sorriso no rosto.

A distância entre o Palácio e a pequena casa de William na Escócia não era tão extensa porém William adorava pilotar e George adorava andar de helicóptero. Ele agradecia aos céus pelo seu filho ser tão parecido com ele. William estaria perdido se fosse diferente.

Então ele apenas aproveitou aquilo e pilotou até o seu destino onde ele e George teriam dois dias "só dos meninos".

[ . . . ]

Aberdeen, Scotland.

A mudança havia deixado Catherine extremamente exausta. A família dela havia insistido para arrumar a maior parte das coisas no mesmo dia, porém ainda haviam alguns itens que Catherine precisava desempacotar e ajeitar pela casa.

Agora ela estava sentada no chão em meio a algumas caixas de papelões, Orla estava em seu colo e Catherine tentava digitar em seu notebook, porém era impedida a todo momento pela cadela que desejava toda a sua atenção, então assim, ela desistiu completamente de terminar o que estava fazendo e se levantou, chamando Orla para irem até o jardim.

O lado externo da casa e local favorito de Catherine precisava de alguns reparos. A cerca rustica havia sido consertada recentemente e o local onde seriam plantadas algumas flores precisava de um cuidado maior. Em breve, o clima ajudaria Catherine nisso, por ora, ela precisaria ser paciente até que as sementes que ela havia plantado poucas horas após chegar em sua nova casa floresçam.

Catherine sentou em um dos dois pequenos degraus que faziam divisória com o lado interno da casa e acariciou os pelos escuros de Orla, que agora, seria a sua única companhia por um bom tempo. E Catherine era grata por isso.

Aberdeen era de longe uma cidade pequena. Possuindo 200.000 mil habitantes, se tratava de uma cidade portuária no nordeste da Escócia, onde os principais pontos turísticos eram rios e monumentos da Era Vitoriana.

A casa não era usada por sua família há um tempo, Catherine acreditava até mesmo que o local tinha sido esquecido por seus pais.
Isso é graças à toda a cautela e cuidado que eles e os irmãos de Catherine tinham com certos locais.

A Escócia não era um país tão pequeno, porém de qualquer maneira, eles raramente faziam visitas à locais como esse. Mesmo após dez anos, todo cuidado ainda era tomado especialmente por Michael, Carole, Phillippa e James. Catherine até mesmo chegou a pensar que os quatro acreditavam que ela jamais superaria aquela dor que substituiu o sentimento mais puro e intenso que uma vez ela sentira.

E talvez eles estivessem certos.

Orla estava praticamente deitada sobre os pés de Catherine, recebendo o carinho dela enquanto mordiscava um dos seus brinquedos favoritos.

Catherine estava aproveitando todo aquele momento tranquilo até que foi surpreendida por Orla, que, em prontidão, começa a latir e se levanta de imediato para ir em direção à uma bola que parecia ter caído do céu.

Catherine se levanta e vai atrás da cadela a chamando, pegando a bola de futebol antes que Orla pudesse danificá-la e olhando ao redor a fim de localizar onde a bola tinha vindo.

─ É minha! Desculpa! ─ Catherine abaixa o seu olhar no mesmo instante que ouve uma voz ofegante, sequer tendo tempo para dizer algo antes que um garoto loiro que aparentava ter entre quatro e cinco anos retirasse a bola das mãos dela. Catherine nem imaginava que a cerca estava aberta até ter um garoto desconhecido em seu jardim. ─ Minha nossa! Você foi rápido! ─ Ela diz com um pequeno sorriso tomando conta dos seus lábios após notar a direção que o menino e a bola tinham vindo. Eles eram separados apenas por um muro baixo o suficiente para que a bola pudesse atravessar e cair na casa de Catherine, e alto o suficiente para que o garoto precisasse dar a volta para resgatá-la.

─ É, meu pai diz que eu poderia correr uma maratona! ─ O garoto diz com uma risada não tão desconhecida por Catherine, e quando ele ergue o olhar, ela sente a respiração dela faltar.

Os olhos possuíam uma cor diferente, porém o olhar era o mesmo, e a risada era completamente idêntica.

Por um momento, Catherine se sentiu completamente louca. Ela já poderia facilmente se imaginar tendo alucinações e sendo levada a um manicômio. O sorriso presente nos lábios dela havia desaparecido por completo e os seus batimentos cardíacos estavam mais do que acelerados.

─ George! ─ Quando ela escutou aquela voz, os seus olhos foram levados de imediato até a cerca. E ela o viu. ─ Por Deus, você me deixou desesperado! ─ Ele se agachou e segurou o garoto pelos ombros, a respiração dele também estava ofegante.

─ William?! ─ O nome dele apenas escapou dos lábios dela. Por Deus, até o rosto avermelhado do garoto agora era idêntico ao dele. E quando os olhos dele se encontraram com os dela, ela sentiu que fosse cair dura no chão no mesmo instante, poderia jurar que em dois minutos, ela estaria desmaiada ou algo do tipo.

─ Catherine...

─ Catherine

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