my one and only;

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Gojo Satoru carregava certa convicção dentro de si de que ele sempre foi invencível.

Ele cresceu ouvindo isso, afinal. Desde pequeno, — se brincar, desde o seu nascimento.

"A sua vinda a este planeta desestabilizou a terra, Satoru." ele se lembra de escutar tais frases atiradas por aí como um mantra, como preces aos seus pés, à sua existência.

Ele tinha apenas sete anos.

Desde a sua infância, Gojo tinha certeza de que era invencível.

Porém, desde a ida de Getou, Gojo teve certeza de que qualquer coisa o quebraria.

Principalmente se essa coisa fosse aquele par de olhos — tão escuros quanto o puro breu que este lhe deixou no coração.

"Eu gosto do seus olhos" Gojo comentou uma vez, e assistiu com diversão Geto se embolar nas palavras como sempre fazia quando era pego de surpresa.

Quando Getou se foi, seus olhos ficaram. Seu tato através das suas mãos calejadas. Seu aperto de ombro. Seu sorriso que, às vezes, parecia ter sido reservado para Gojo de tão raro que era. Suas palavras antes sábias, importantes.

Com Getou, Gojo realmente se sentia invencível.

Sem Getou, Gojo se sentia... vazio.

Já se faziam cinco anos. Cinco anos desde a ida de Suguru.

E pode-se dizer que nada mudou desde a noite em que o perdeu.

— Professor Gojo!

Ele se desperta do estupor no qual havia entrado, olhos arregalados. Porém, como sempre — de forma quase robótica, sua reação muda, e antes que qualquer um pudesse perceber, um sorriso grande cobre seus lábios.

Era Yuuji Itadori. — Sim, Yuuji-kun?

— Acho que tem alguém te mandando mensagem.

O garoto gesticula com a mão para o seu celular, este que, agora parando para perceber, havia vibrado em sua mão.

— Ah, – Gojo diz, e nega com a cabeça de maneira despreocupada. — Depois eu vejo do que se trata.

Itadori deu de ombros, e Gojo deu continuidade ao assunto.

Aquele dia estava quente. Gojo se sentia fora do seu corpo, como sempre. Seus sorrisos eram falsos, as risadas altas demais para seus próprios tímpanos, e sua mente era preenchida por somente uma coisa. Uma coisa maldita, esta.

Ele terminou a aula pelo meio da tarde, ele supôs. Gojo não se deu o trabalho de ver quando havia a começado, nem de quando a terminou. O calor estava mais escasso, e o sol havia baixado, essa foi a única coisa que notou.

Que dor nas costas, ele pensa em alívio ao finalmente sentar na cadeira. O barulho da madeira arrastando-se contra o chão velho ecoou pela sala de aula vazia.

Com facilidade, ele retira o celular do bolso, e abre a caixa de mensagens. Não era como se ele tivesse muitos contatos, o mais importante era o de Shoko, esta que mal manda mensagens. Os de diretores e autoridades ele mal se dava o trabalho de salvar, apesar de já ter decorado o número de alguns, infelizmente.

O que ele não espera, na verdade, é ver a notificação de um certo contato, sempre salvo por algum motivo, enfiado no fundo da memória do seu celular.

Porém, ali ele estava, dentre as poucas mensagens recentes, destacando-se como uma maldição.

Getou Suguruuu~~

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⏰ Last updated: Dec 02, 2023 ⏰

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