Solidão

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Há dias que não ouço
as músicas que não conheço
e que me segrego
a textos que eu não me agrego

E sei o muito que isso aliena,
mas minha pouca sanidade contradiz,
impedido, então, rego paixões
que, enfim, tornam-se desilusões

Mas bravando em confusão,
carente de atenção, clamo
e somo mais um osso do ofício da vida
ao restante da ossada reunida

Quem bravo o bastante me salvará
da minha eterna solidão,
fundida em um castelo de medo,
Se não eu mesmo e minha solitude de brasão?

Poemas de Fundo de GarrafaOnde histórias criam vida. Descubra agora