Não consigo culpar alguém, talvez seja um defeito meu. Geralmente em rompimentos abruptos há a razão e a incoerência, só vejo incoerências quando é sobre nós. Incoerência em dizer que não éramos nada e que finjamos hoje em dia normalidade.
Não nos culpe, culpe seus pais por não te ensinarem a lidar com sentimentos.
Não nos culpe, culpe seus avós pelo descuido com o sentimento dos seus pais.
Culpe os acasos, as horas marcadas e os compromissos inalteráveis. Culpe a chuva por não deixar com que chegasse mais cedo quando precisou.
Culpe minha ansiedade, culpe sua depressão. Culpe todos os amores antigos e traumas adjuntos a eles.
Culpe tudo aquilo que não for nosso, para que eu possa acreditar que daríamos certo.
Em alguma outra realidade.