Cap. 8 - Ele ou eu

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"Quem é seu amor, ele ou eu?

Isso é o que me interessa

Será que ele te mereceu?

Por que tu gosta só de quem não presta?" 🎶

(Ele ou eu - Dilsinho)


A convivência entre eles aumentou de 0 a 100 em questão de semanas, tinham, felizmente várias cenas engatilhadas nos próximos capítulos, e ficava cada dia mais claro que Kelvin e Ramiro já existiam e funcionavam bem em cena, ambos se entendiam dentro do espaço de cena de maneira surpreendente, como se trabalhassem juntos há muito tempo.

A vida pessoal dos dois fluía em separado, a relação de amizade entre eles ganhava força, mas eles não percebiam o que, quem era de fora já tinha notado, reagiam um ao outro o tempo todo, instintivamente, andavam pra lá e pra cá sempre juntos, o elenco percebia a sintonia fina e harmoniosa entre os dois, mas ninguém fez comentário algum.

Não tinham mais explorado nenhum tipo de intimidade física nas últimas semanas, depois do beijo no camarim, entraram num lugar de profissionalismo e de silêncio quanto a aquele dia e também aos eventos que tinham ocorrido em Dourados, era ainda uma relação no início com muitos receios e expectativas encruadas, era normal que tivessem certa reserva visto que trabalhavam juntos todos os dias.

A evolução da amizade começou a ir pra esse lugar de "tô brincando", mas na realidade estavam jogando diversas verdades no meio dessas zoações, era como uma dinâmica de gato e rato, alternavam diariamente quem era gato ou o rato, debochavam, implicavam um com o outro, se irritavam e muito claramente se admiravam bastante.

Amaury estava, na verdade, dançando conforme a música que Diego tocava, se ele propunha amizade e apenas isso, não seria ele a forçar qualquer outro tipo de interação, era um homem maduro, como ele mesmo dizia, não era de seu perfil ficar perseguindo ninguém ou impondo qualquer situação, se ele não queria aprofundar os vínculos, então que ficassem superficiais, por mais que doesse fundo nele, respeitaria a melodia que estivesse tocando.

Uma semana atrás ele tinha ficado muito chateado com uma informação que tinha escutado direto do camarim, tinha ouvido uma conversa de Igor com Rafael Gualandi, sobre Diego ter ido numa festa com um outro cara que trabalhava na novela, um certo Gael Bragança, pelo que Gualandi estava contando num tom bastante venenoso, os dois se pegavam ocasionalmente desde a época que Diego estava na cena do teatro musical em São Paulo.

Uma relação antiga, cheia de idas e voltas, que segundo o que Gualandi tinha soltado no ar, não era nem um pouco saudável.

Pelos stories foi perceptível daquele dia que realmente tinha coisa ali, era um dia de folga de gravação da novela para Diego, dava pra entender que ele estava no apartamento desse sujeito no dia seguinte da tal festa, aquilo fez com que Amaury colocasse uma armadura no peito e ele fechou totalmente qualquer possibilidade de aproximação de outra forma com Diego, afinal se ele estava ainda nesse tipo de relação em aberto, ele não queria entrar nessa roda, não era a sua verdade e não era o que ele acreditava quando se tratava de relações amorosas.

Amaury não acreditava nisso de dividir alguém, pra ele era uma pessoa com outra pessoa e ponto final, mas respeitava quem levava a vida de formas diferentes, e esse era o caso de Diego já que assumidamente ele falava que era poliamoroso.

Doía saber que ele estava com outra pessoa? Ou mesmo, outras pessoas? Imensamente. Mas, sendo o homem respeitoso e empático que era, nunca diria uma palavra quanto aquilo, já que aquele espaço não existia pra ele, Diego estava mantendo a porta fechada, e ele interpretava que haviam dois possíveis motivos:

Duas vezes vocêHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin