Há certo divertimento no olhar de Miller, então ele conclui que era uma brincadeira e revira os olhos em resposta.
Assim que pisa no hall de entrada, o gerente se aproxima para o receber e informar que Louis está na sala de músicas do hotel, indicando o caminho até o elevador antes que Harry possa dizer qualquer coisa.
— O sr. Tomlinson está nesse corredor — avisa o gerente quando chegam ao andar. — Vou deixá-los a sós — acrescenta quando a porta do elevador se abre.
O aviso foi desnecessário. Harry já está sentindo o cheiro do alfa.
— Obrigado — agradece ele saindo.
Quando é deixado sozinho, ele segue pelo corredor, passando por algumas salas, até chegar onde Louis está, imediatamente entendo o motivo do alfa se hospedar naquele hotel.
Há uma placa informando sobre sala de música à prova de som e um estúdio para gravações, além de salas de reuniões naquele andar.
Harry para no meio do corredor, ouvindo Louis tocar violão, de uma sala com a porta encostadas, no final do corredor. Ainda não é possível vê-lo, mas o cheiro chega até ele com a mesma facilidade de sempre, cada vez mais forte.
E apenas porque está entediado, Harry decide assustá-lo, passando a andar com mais cautela. Mas ele ainda está longe da porta quando Louis diz:
— Tentando me assustar, ômega?
— Vai se foder — xinga Harry do corredor. — Como você ouviu? Eu não fiz som algum! — Exclama ele percorrendo o resto da distância rapidamente, até entrar na sala de música que Louis está.
O alfa está sentado de costas para ele, com seu violão no colo e usando a camisa de Harry.
— Claro que fez — responde distraidamente, se virando para o encarar.
— Mesmo que eu tivesse feito, como você sabia que era eu? — Pergunta em tom de desafio, cruzando os braços
Subitamente, um pensamento cruza a mente de Harry e ele franze o cenho.
— Niall também não fez som algum, a única maneira de saber que ele estava lá, seria se você tivesse audição como habilidade. O que explica porque não usou a força ao bater no Niall — conclui ele. — Por que mentiu pra mim? — Acusa.
Louis continua com aquela expressão de tédio enquanto se levanta. Ele coloca o violão em um suporte e caminha na direção de um piano. O empurrando com facilidade.
— Eu tenho as duas — responde Louis se virando na direção dele. — Não contei por que isso significaria ter algo em comum com você e...
O alfa deixa a frase no ar, mas não é necessário que ele a termine, de qualquer forma, Harry entendeu.
— É bem raro — comenta o ômega.
— Não tanto quanto a sua — responde ele —, mas sim, é raro. Considerei te contar, não que eu deva algo a você — Harry revira os olhos —, mas pensei que poderia ser útil na investigação. Seja como for, depois que você me mostrou o seu Spotify, não quis ter outra coisa em comum.
— Isso não significa que somos almas gêmeas, Louis — responde ele impaciente. — Ok, é uma grande coincidência as habilidades raras, mas eu nem uso Spotify. Não que eu escute a sua música, mas, enfim, você entendeu.
Louis arrega os olhos ligeiramente, parecendo preocupado, muito mais do que surpreso.
— Me diz que você usa aquele negócio da Amazon.
— Credo, eu não. Nem quando eu era pobre — responde Harry.
— Você usa o Apple Music — começa Louis e ele assente —, como eu.
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Point of No Returning
FanfictionTodos sabem que Harry Styles e Louis Tomlinson se odeiam. A indústria da música sabe, seus colegas de trabalho sabem, os fãs deles sabem, até mesmo as pessoas que não os acompanha, sabem. Mas isso não impediu que um teste de compatibilidade fosse re...
