Cecília: por que as crianças têm uma rotina tão pesada quer dizer eu já trabalhei como babá e normalmente elas não tem tantos deveres para fazer

Leonardo: explique

Quando ele falou explica eu senti um tom meio sem carisma podia ser minha imaginação mas eu senti ele ficar com o seu físico mais pontual sabe como se tivesse irritado mas não demonstrando a irritação da pergunta eu não tava ligando para isso eu ia perguntar e talvez ele poderia ficar com raiva de mim e não conversar mais mas eu iria ser sincera com ele

Cecília: por exemplo as crianças chegam da escola não pode brincar não pode ter um tempo deles não pode sair são outros tipos de regra mas o senhor sabe o que eu estou falando ele só são crianças sim o Leonardo

Ele deixa a xícara de lado e olha como a cara de não satisfeita mas eu continuei olhando profundamente em seus olhos

Leonardo: crianças precisam de regras Cecília toda criança e o Mateus não é mais criança e a Eloá também não eles precisam saber que a vida não é fácil e que nela a regras que tem que ser cumpridas

Cecília: elas só são crianças senhor o Mateus tem 15 anos senhor eu sei que ele já é grande e um rapaz feito mas mesmo assim ele ainda é criança ele precisa se divertir e eu não vejo muito eles fazendo isso a Eloá tem 9 anos e me desculpa falar isso com o senhor mas ela é uma menina carente precisa de atenção

Assim que eu terminar de falar ele me olha com uma cara feia e fechada eu sei que ali eu pisei na bola mas eu não ia voltar atrás não naquele momento

Leonardo: você está querendo dizer o quê com isso que eu não dou o amor e atenção que meus filhos precisam

Eu balancei minha cabeça e deixei a minha xícara do lado também

Cecília: não senhor nada eu não quis dizer isso para o senhor eu só estou tentando entender

Leonardo: mas entendeu o quê Cecília

Cecília: Leonardo por favor tente me entender Eu sei que eu não tô o tempo suficiente aqui dentro para opinar no que o senhor deve não fazer com seus filhos mas por favor tente me entender eu vejo essas crianças sem brilho no olhar sem um sorriso de verdade no rosto a não ser no dia que o Mateus me ensinou a jogar bola aquele posso dizer que foi o melhor dia para mim com aquelas crianças eu só tô pedindo que o senhor me permita fazer aquelas crianças mais felizes só isso

Por alguns segundos ele fica quieto e olhando para mim fixamente me passa um calafrio na minhas espinhas meus pelos arrepia talvez eu tenha falado coisas demais e não era bom para mim já que eu queria um emprego uma funcionária batendo boca com patrão eu iria me culpar por isso mas pelas palavras que eu disse foi completamente sinceras com ele

Eu não sei o que que deu o que passou pela mente dele ele abaixa a cabeça e depois coloca sua mão no seu rosto eu percebo que sua pele fica mais vermelha suas bochechas também e depois disso vem um soluço alto aquele momento eu percebi que eu tava ligando com água extremamente diferente do que eu lido nos meus olhos aquele homem sério que parecia não ter amigos ou sido criança um dia estava ali chorando por poucas palavras que eu disse

Eu fico parado sem saber o que fazer eu estava pensando que se abraçasse ele para confortá-lo mas seria arrogância da minha parte ou talvez eu não podia fazer isso por ele ser meu patrão era muito intimidade Eu tentei colocar a mão em seu ombro mais rapidamente não consegui fazer isso então fiquei parada observando até que é um segundos intensamente de soluço e choro ele volta a olhar para mim com seus olhos estão bordando de água.

Leonardo: me desculpe Cecília falar dos meus filhos é complicado para mim pois eu sei que eu não tô sendo bom pai é tanta coisa em cima de mim é tanta coisa que eu preciso fazer eu quero proteger meus filhos e quero que eles cresçam bem mas como fazer isso ao mesmo tempo ou você é um péssimo pai protege o suficiente ou você é um bom pai e protege menos e eu tenho medo desse menos

A babá do mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora