Volker tentou desviar, mas foi atingido por fogo na asa. Tentou se manter no ar, mas perdeu altitude. Estava a poucos metros da terra quando um enxame de raios veio em sua direção. Sem poder desviar, sua reação foi soltar Abel que rolou no chão e assistiu o dragão ser fulminado e cair feio esmagando um exercito de zumbis.

O príncipe nem teve tempo para pensar em Volker, pois caiu no campo de batalha e teve que lutar contra berserkers. No segundo que começou a trocar golpes com sua espada reconheceu os uniformes lamacentos e parcialmente destruídos daqueles homens.

— São do exercito do rei, meu pai!

Abel começou a congelar todos em quem sua espada tocava e a gritar por seu pai. Não pensava mais em pedra ou maldição, seu único objetivo era encontrar Cadmo.

Após fazer dezenas de estatuas de gelo quando finalmente avistou seu pai em batalha.

Nesse instante sentiu o sopro gelado de Volker inundar o campo de batalha. Percebendo uma camada fina que gelo se formar sobre seu corpo teve que ordenar que parasse. Somente aí notou que a camada de luz que o envolvia estava se desfazendo.

Seus pensamentos logo foram interrompidos pelo rugir do dragão. Volker estava novamente descontrolado, os necromantes lhe atiravam fogo e ele respondia com estacas de gelo.

Parte do exercito se voltou contra o dragão e os homens correram naquela direção deixando o campo aberto para que os olhos de Abel avistassem uma pedra talhada com escritos.

Um terremoto abriu uma fenda, derrubou muitos no chão e engoliu diversos zumbis.

Abel também foi ao chão e quando tentou se levantar sentiu uma tontura e sua visão começou a ficar vermelha. Sem que percebesse já estava sobre o efeito da maldição e como um louco começou a golpear quem aparecesse na sua frente.

O dragão pisoteava berserkers, congelara diversos bruxos e recebia em troca cortes de espadas, bolas de fogo e raios. Abel também estava fora de si. Atacava com a espada sem usar magia.

Logo estava golpeando seu próprio pai. Enquanto tocava golpes com o rei ele ouviu uma voz.

— Volte a si meu filho!... Esse não sou eu!... Abel!

Finalmente os olhos do príncipe voltaram ao normal. Ele viu o corpo de seu pai caído no chão e sua espada e punhos manchados de sangue. Com o olhar perplexo ele deixou a espada cair no chão. Novamente Abel ouviu a voz.

— Mantenha a calma filho... Esse não sou eu...

Imediatamente Abel sentiu uma barreira envolver seu corpo, dessa vez ela era dourada, sua visão também foi tomada por uma luz forte e por alguns segundo ofuscou sua vista. Quando voltou a enxergar não havia mais campo de batalha e a sua frente estava o espectro de seu pai.

— Os Céus lhe enviaram auxílio meu filho. Graças às orações de todos você ganhou alguns minutos para acabar com essa maldição.

Os olhos de Abel estavam concentrados em seu pai, mas ao mesmo tempo sua mente visualizava todos os que pediam seu retorno seguro: Ian, sua governanta, vários soldados e criados, seu avô, seu tio Mernes, Eloisa, vários de seu povo e Sonia.

— Não perca tempo Abel, derrube a pedra e voe para Sonia. Ela não pode continuar o jejum ou perderá o bebê... —  a voz de Cadmo continuou e foi ficando distante. Até a luz e imagem de seu pai desaparecerem.

O príncipe estava novamente no campo de batalha. Olhando para as mãos via seu corpo envolvido por um brilho dourado. Serrou os punhos e procurou pela pedra.

Avistando-a entre zumbis berserkers não pensou duas vezes e correu mesmo entre as espadas. As laminas direcionadas contra ele foram repelidas por um escudo invisível, nada o acertava.

Abel jogou todo o corpo contra a pedra que balançou um pouco, mas não caiu. Ele continuou empurrando com o ombro grudado a pedra. Seus pés escorregavam cavando na terra.

O príncipe usou toda sua força. Pensando nas pessoas que desejavam seu retorno seguro, ele sentiu-se mais forte. A pedra finalmente começou a mexer. Devagarinho foi desgrudando do chão, até finalmente tombar rachando ao meio. Eram uma pedra gigantesca, quase dois metros de altura, um de largura e meio metro de grossura.

Ele não acreditava que conseguiu virá-la sozinho. Ao olhar ao redor notou vagamente os espectros de seus antepassados que o tinham ajudado a empurrar.

Entre eles seu pai que falou antes de sumir em um som distante.

— Fez muito bem filho, tenho orgulho de você.

Depois que eles sumiram Abel viu os corpos dos zumbis começaram a se esfarelar sendo levados pelo vento. O cheiro podre e o ambiente da maldição começaram a desaparecer.

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Guerra e DragãoWhere stories live. Discover now