Wooyoung odeia seu gerente e deixa isso mais do que claro. Ele acredita fielmente que o sentimento é recíproco por parte de San, seu superior, mas não entende porque nunca foi demitido depois de tantas desavenças, até ficar preso acidentalmente na d...
Não tenho costume com a escrita em primeira pessoa, mas às vezes gosto de arriscar. Comentem muitão para eu saber se estão gostando, tá? SNV é um diferente do meu habitual, então é importante ter um feedback para saber como estou me saindo e possivelmente trazer mais.
Deixa a estrelinha aqui e boa leitura!🤎
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Minha avó costuma dizer que eu tenho um temperamento difícil, o que não é mentira, eu realmente posso ser uma pessoa difícil de lidar, mas eu reconheço e tento mudar. O que não facilita, é quando o cão fica me testando para cometer atrocidades que o meu eu misericordioso não faria.
O cão no caso tem nome e por azar meu, é meu gerente, San. Já faz exatos seis meses que consegui um emprego no “Garden Of Olives”, um café no centro da cidade. Tinha tudo para ser um emprego bom e agradável, mas o que fode tudo é o cara da gerência.
Ele simplesmente me odeia por nada! Desde que cheguei, ele só pegou no meu pé, apontou os meus erros e nunca, nem uma vez sequer, reconheceu os meus acertos. Acontece que eu também não aguento nada calado e já falei várias verdades na cara dele. Na verdade isso acontece com frequência. Mas o cão é tão bem articulado que ele se recusa a me demitir.
E eu? Não vou pedir demissão. Infelizmente sou bem orgulhoso e coloquei na cabeça que se eu pedir demissão, vou estar dando esse gostinho para ele. Mas isso não vai acontecer, porque se ele acha que pode fazer inferno na minha vida, eu vou fazer pior na vida dele.
― Wooyoung, larga esse celular e vai limpar a mesa quatro ― ouço sua voz infernal perfurar meus raciocínios.
Bloqueio a tela do celular, deixo sobre o balcão e ergo os olhos para o indivíduo parado na minha frente. Meu sangue ferve só de visualizar a expressão carrancuda desse cara, o cabelo milimetricamente penteado para trás e o uniforme exageradamente arrumado.
― Eu já estava indo, não faz nem um minuto que o casal saiu. ― Enfio o celular no bolso da calça, pego o pano em cima do balcão e faço a volta para ir até a mesa.
― Na verdade eles já saíram faz quatro minutos, mas é claro que você não reparou, só fica nesse celular ― sua voz continua me seguindo, o que me faz rolar os olhos automaticamente.
― Eu iria limpar essa porra de qualquer jeito, uns minutos a mais ou menos não iria mudar nada, olha o tanto de mesa vazia e limpa aqui, não é como se fossem chegar clientes querendo sentar exatamente nessa mesa.
― Você se escuta? Não é possível! ― Não estou olhando, mas tenho certeza que ele está com as sobrancelhas levantadas nesse momento de tanta indignação.
― Olha, San. ― Mostrei a louça suja em mãos e a mesa limpa. ― Pronto, San. Satisfeito, San?
― Você não tem solução. ― Suas mãos vêm direto para meu uniforme, arrumando a gola no meu pescoço e fechando os botões.
