Sonho

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[...]

Ziggy acaba de cair num mundo totalmente diferente do seu. Ela olha em volta e vê navios piratas, docas com marinheiros, coisas antigas. Ela não sabe se voltou pro tempo dos piratas ou algo parecido.

As pessoas ao seu redor estranham sua presença, mas ela só fecha a cara e começa andar tentando entender. Ziggy sabe que perdeu sua irmã, mas não sabe o que rolou depois.

A ruiva anda pelo lugar amadeirado tentando entender, ela falha. Não demora para ela avistar um certo grupo.

Um garoto com chapéu de palha, outro cara de cabelo verdes e três espadas na cintura, outro de terno com um cabelo loiro e caído no olho, um cara moreno com bandana na cabeça, uma garota loira meio pálida segurando o braço de uma outra garota.

Essa outra garota em específico chama a sua atenção e muito. Ela é a cara da sua irmã mais velha Cindy.

Ziggy caminha até o grupo em choque.

- Posso te ajudar, garota estranha? - O de chapéu de palha pergunta.

- Ah... Eu... - Ziggy trava enquanto olha para a garota ruiva de camiseta azul.

- Você tá bem? - O mesmo garoto diz.

- Tá com fome? - O loiro sorri sedutoramente.

Ziggy não se aguenta, seus olhos começam a lacrimejar quase que instantaneamente e seu primeiro instinto é abraçar a garota ruiva à sua frente.

Ela fica em choque e olha pro grupo de volta, que fica confuso tanto quanto ela.

- Nos conhecemos, garota? - Diz ela ao se soltar do abraço à força.

- N... Não.. Quer dizer, é, não.

- Por que me abraçou?

- Ah, me desculpa, é que... - Diz chorando ainda.

- Quem é você? - O garoto de chapéu de palha pergunta.

- Eu sou... Espera, onde eu tô?

- Na Cidade das Conchas. - Responde o cara negro.

- O quê? Quê isso??

- Gente, vamo bater um rango enquanto ela explica? - O de chapéu de palha sugere.

- Boa ideia. - O de verde diz.

[...]

- E então ela se sacrificou atoa, ela tomou muitas machadadas no peito. Eu também tava sendo esfaqueada, a gente tentou alcançar as mãos, mas ela... Ela morreu olhando pra mim, e eu também. Mas revivi... - A ruiva termina de explicar o que aconteceu no acampamento de verão.

- Meu Deus... - A garota pálida loira fala em choque.

- Deixa eu ver se entendi. Você tinha uma irmã que é a minha cara, daí o namorado dela surtou e matou todo mundo num acampamento de verão, mas na verdade ele tava possuído por uma bruxa que amaldiçoou toda a cidade? - A garota ruiva de olhos azuis recapitula.

- Sim... Por isso eu te abracei... Ela se foi, ela tinha apenas 19 anos e... A gente tava brigada quando chegou lá, mas daí nos resolvemos e tudo isso...

- Sinto muito, garota. - O negro de bandana fala calmo.

- Eu vejo ela em todo lugar, é uma merda. Eu só queria ela de volta.

- Fica aqui e amiga com a Nami. - O chapéu de palha fala de boca cheia.

- Cara, fica quieto. - O espadachim o repreende.

- Eu não posso ficar aqui... Eu...

- Entendi... Sinto muito por ter "me perdido" garanto que ela te olha sempre. - A de camiseta azul sorri fraco.

- O sorriso dela... É uma merda você ter o rosto dela.

- Eu sei.

[...]

Ziggy acorda de repente, ela estava num sonho. Ela olha em volta e está no quarto de hospital com algumas faixas na barriga. Ela se lembra de tudo e de repente alguém entra no quarto.

- Zigs, o que foi?? - Sua irmã entra desesperada também com roupa de hospital e faixas no peitoral. Ela se aproxima da cama.

- Eu tive um sonho...! Você tinha mesmo morrido e eu te conheci em outro lugar... como pirata.

- O quê?? Calma, eu tô aqui. - Abraça a irmã contra o peito. - Nada vai me acontecer. Eu ainda tô aqui. Lembra que eu disse que nada vai nos separar de novo? Eu vou cumprir isso.

- Foi louco... Você era uma pirata com um bando esquisito, você era ruiva e gay.

- Oh, isso eu... - Cindy ri levemente. - Se eu fosse ruiva, seríamos ainda mais parecidas e quanto a segunda coisa... Bom, isso não deixa de ser verdade aqui também.

- O quê? - Ziggy levanta a cabeça para olhar a irmã.

- Bom, eu e Alice nos acertamos e... Nos beijamos.

- Mentira!? Você sempre foi boiola por ela antes.

- Ziggy!

- Tá, tô brincando. Calma.

- Hm. Tá bom. Tá tudo bem, Zigs. Estamos bem e nada nunca vai nos separar, sabe disso.

- Sim.

Elas se abraçam novamente.



Palavras: 739

As irmãs BermanМесто, где живут истории. Откройте их для себя