-Vem dançar comigo então

-Ahh não brenda, agora não..

-Vemmmmm amiga, por favor.

-Ta, só uma dança.

Ela pega em minha mão e me arrasta pro meio da área. Ali começamos a dançar e por mais que eu tente os meus olhos não tem outra direção a não ser aquela moça.

-Alice, o que tanto você olha pra lá?

Brenda diz

-Nada, continua dançando.

Fecho os olhos pra tentar ignorar ela

-Fala, me conta...

-Ta, tem uma moça aqui atrás da gente, mas não é pra olhar..

Assim que falo pra ela não olhar, ela olha..

-AAAhh, sei quem é, a de olhos puxados?

-Sim, você conversa com ela?

-Já falei com ela algumas vezes, é um doce de pessoa. Se ta afim dela?

-Não.

Sim, eu to muito afim de saber quem é ela

-Certeza que não?

Ao fazer essa pergunta

-Eai meninas, estão gostando?

Jonas aparece

-Muitoooo, amigo eu preciso de uma ajudinha sua..

-Com o que?

-Alice não para de olhar para a carly, e está aqui falando que não quer conhecer ela..

-Carly?? Meu deus amiga, vou chamar ela.

-Não, espe...

Assim que vou para terminar de falar ele vira de costa e vai pra falar com ela..

-Aiiii, agora vai amiga..

-Nossa, eu não queria brenda

-Queria sim, eu te conheço.

-Aff.

Digo revirando os olhos.

Caramba, eu não queria que fosse assim, queria eu ter chegado nela pra conversar. Mas, agora já foi, não tem pra onde correr, a não ser que.. já sei vou para o banheiro..

Assim que viro a costa pra ir..

-Alice, essa é a carly, carly essa é a alice...

Assim que olho em seus olhos, na hora me vem a face da livia e nesse momento sinto um frio na barriga e o meu corpo se arrepiando por inteiro.

-Oie alice..

Ela se aproxima, da um beijo em meu rosto

-Oii.

Digo sem jeito

-Amiga vem comigo pegar umas bebidas?

Jonas diz

-Sim.

-Até já meninas.

Ambos me olham, viram a costa e sai.

Minutos se passam e a essa altura eu não faço ideia do que falar, minhas mãos começa a suar e eu estou totalmente sem jeito.

-Você está bem, alice?

-Estou sim, quer ir tomar um ar?

-Sim.

Pego em sua mão e levo ela pra um dos bancos que ali tem. Ambas nos sentamos.

E agora, o que eu falo? E se eu simplesmente sair e deixar ela aqui?

-Você mora aqui na cidade mesmo, por que eu nunca te vi.

Carly diz dando um sorriso

-Não, eu sou de curitiba, vim pra cá não faz muito tempo, vim a trabalho, mas pretendo voltar logo pra lá.

-Por que? Não gostou do interior?

-Gostei, mas é por coisa boba mesmo, na verdade não tem coisa melhor do que ficar com a familia, não é mesmo?

-Sim concordo, sou muito apegada aos meus pais e também, não me vejo tão já morando longe deles.

-Ah sim. Risos

-Já saiu muito pra cá?

-Não, só fui em um barzinho com uma colega e no lago comer a famosa pipoca com queijo, que por sinal é maravilhosa.

-Concordo, não existe pipoca melhor.

Ambas rimos

-Quer beber algo?

-Não, na verdade eu quero dançar, eu não sei você, mas sou muito inquieta e não gosto de ficar muito parada.

-Vamos dançar então.

Ela pega em minha mão, me leva pro meio da pista e ali começamos a dançar. Seu corpo se mexe de um lado para o outro, enquanto suas mãos tocam o meu pescoço. Meus olhos fixam nos seus, ela então abre um sorriso, ao sorrir a lembrança da livia me consome e sem me controlar, me aproximo da sua orelha e..

-Carly, eu posso te dar um beijo?

Em seguida me afasto, olho em seus olhos. Ela olha nos meus e em um piscar de olhos ela me beija, sinto seus lábios macios nos meus, enquanto seus dedos entrelaçam no meu cabelo. Na medida que vou sentindo o gosto da sua língua, meu coração parece que vai saltar do meu peito. Minutos vão se passando e na minha mente vem a imagem da livia por cima de mim, quando a gente fez amor pela primeira vez e ao vim..

-Me desculpa, preciso ir..

Paro de lhe beijar, me afasto dela e vou a procura da brenda.

Depois de andar pela casa encontro ela.

-Brenda me leva embora

-Por que, ta tudo bem?

-Só me leva.

-Ta.

Ambas saímos para fora, entramos no carro e vamos embora.

Depois de algum tempo, ela para o carro em frente de casa..

-Obrigada, até mais.

Desço do carro sem ao menos olhar pra ela, ao descer abro o portão de casa, vou para o meu quarto, ao chegar nele eu me jogo na cama e em fração de segundos eu começo a chorar. Sinto um aperto no meu peito, sinto uma dor da qual eu nunca senti antes. É surreal o efeito que uma pessoa pode causar na gente, a dor é tão grande que não tem como explicar. Pode até sido um momento pra livia pra ela ter superado assim, mas pra mim não ta sendo fácil, eu sei que ela esta feliz agora, só que eu quero muito poder ver ela, lhe abraçar. Vou tentar a última vez entrar em contato com ela quando chegar e vou me abrir e poder enfim encerrar essa tortura que tem me consumido desde quando a gente se viu novamente.

obsessãoWhere stories live. Discover now