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UM ALMOÇO ACONTECIA NO NINHO, onde nós jogadores trouxemos nossas namoradas, mulheres e filhos. Bianca estava extremamente confortável, ela já conhecia as meninas e o ambiente.
O que mais estava me chamando atenção era vê-la correr com o Antônio, filho mais novo do Everton Ribeiro. Imaginava ela assim com um filho nosso, brincando, rindo, feliz.
Eu era completamente apaixonado nela.
— Tá pensando no quê, chileno?— Matheuzinho me tira dos meus pensamentos.
— Que susto, arrombado.— deixo um tapa na cabeça de Matheuzinho.
— Para de babar, cara.— Wesley aparece logo atrás.
— Ela és mi novia.— digo.
— Uau, noiva, já?
— Tem uma cabeça desse tamanho e não pensa. — Matheuzinho ri.— É namorada na língua materna dele, burro.
— Ah, vai se foder, Matheus.— o camisa quarenta e três manda o dedo do meio.
— Licença.— peço e deixo os dois lá.
Fui em direção a Bianca, que sorri assim que me vê.
— Oi amor.— ela me abraça, ofegante.— Como pode uma criança ter mais fôlego que eu?
— Ele é um mini jogador.— ri.— Tu és mi velhinha.
— Odeio você.— ela faz bico e eu a roubo um beijo.
— Tu me amas.
— É, eu te amo.— as palavras saem de sua boca mais natural possível.
Ouvir isso me causou um misto de sensações boas, mesmo eu não tendo ouvido de nenhuma mulher além da minha mãe e irmã. Sequer tive um relacionamento sério, Bi era o meu primeiro.
E eu estava amando a vibe, a forma como nosso namoro estava fluindo.
Ela não ligou com minha demora em responder de volta ou melhor, não responder. Só me deu um beijo no canto da boca, sorriu e foi até o Totói mais uma vez.
E eu quero dizer, demonstrar isso.
— A Bi está mais leve contigo, costuma sorrir mais. — a voz do camisa dez do Flamengo fez-me despertar do transe.
— Que bom?
— Que ótimo, cara.— ele bate em meu ombro. — Era tenso ter que lidar com ela chorando pelo Rojas. Principalmente para o Leo.
— No quiero fazer Bianca llorar, nunca.
— Espero.— ele sorri.— Se não, aquele cara ali vai te matar. E eu ajudo.— ele aponta para Leo Pereira, fazendo-me rir.
