Oh, Meu amor,

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Oh, meu amor,

Eu ando pelo altar de saltos altos

Círculos e círculos que tomam forma e dão grandes saltos

Eles voam e voam, mais longe do que posso alcança-los e lá no alto se formam

O retrato inegável que representa aqueles que se amam

Alianças

Oh, meu amor,

Eu pulo de alegria quando te vejo chegar

Você me abraça, me carrega pelo ar

Eu olho para cima, com as nuvens no céu me acenando

Elas olham para mim e baixinho falam: cuidado com quem anda falando

Eu me assusto e te afasto

Você me olha irritado

Oh, meu amor,

A conexão pela alma que tivemos era imediata

Era óbvia e intocada

Dela surgiu um fruto, que prometemos para sempre amar

E assim foi, até um dia que não estava lá, no mar

Onde ninguém a segurou

Onde ninguém a amou

Então, o mar se revoltou

Ou talvez o vento a levou?

Oh, meu amor,

Você finalmente voltou

Já não te via a tanto tempo, que me perguntava se o vento te levou

E para que eu não percebesse, me deu uma cópia irreal

Que toda noite me deixava um roxo de sinal

Mas então eu relembrava, que assim que o dia chega-se e fora da porta caminha-se

Tudo era esquecido

Oh, meu amor,

Hoje é um dia grande dia

A revelação da nossa alma e ousadia

A nossa filha, doce menina, que você afogou naquele dia

Tem seu espírito rindo de alegria

Oh meu amor,

Eu ando pelo altar de saltos altos

Tem círculos que me rodeiam mas nenhum dão saltos

Enquanto meu choroso rosto engana aquela gente

O padre diz, tristemente

"Aqui se encontra a pobre mulher novamente!

Perdeu filha, amada

E marido, querido

Pelas ondas provavelmente, ninguém sabe exatamente"


🅂🄾🄲🄾🅁🅁🄾, 𝓾𝓶 𝓵𝓲𝓿𝓻𝓸 𝓭𝓮 𝓹𝓸𝓮𝓼𝓲𝓪𝓼.Where stories live. Discover now