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— O que foi Morgan? — Yuji questiona preocupado com a noiva que chorava ao seu lado.
Durante uma tranquila madrugada de sono após um dia cansativo, Yuiji acorda assustado ao ouvir Morgana chorando. Ela abraçava os joelhos batendo com a testa sobre eles.
Mesmo que Yuiji questionasse, ela não tinha forças para falar, a crise veio forte, pior que qualquer outra.
Os pensamentos que perturbavam sua cabeça vieram à tona. Morgana nunca havia pensado nisso, apenas quando o conheceu. Mas agora, ela já estava perdidamente apaixonada por ele, o que a fez pensar que o perderia.
— Você vai morrer!
— Um dia todos morrem, meu amor.
— Você não está entendendo! Você vai ser decapitado Yuiji!
— Por que está pensando nisso a essa hora, Morgana? — Ele abraçou a mulher que estava começando a sentir uma pequena falta de ar.
— Yuiji... — Morgan apertou a blusa que ele vestia tentando conter o choro — Vamos embora! Você não precisa morrer! Por favor, não faz isso comigo!
— Ei! Para de pensar nisso. Falta muito para conseguir os vinte dedos. Nem sabemos se vamos achar todos.
— Mas mesmo assim! Vão querer matar você e eliminar junto o que você engoliu.
Ele não sabia o que dizer, via em sua feição o quão afetada com aquilo ela ficou. Logo começou a se sentir culpado. Yuiji sempre esteve ciente de seu destino e fazer uma mulher traumatizada se apaixonar por ele não foi uma das melhores escolhas.
— Morgana, vamos casar e formar nossa família e você não vai ter tempo de se preocupar com isso.
— Você não tem o direito de fazer isso comigo! — Ela socou seu peitoral. Seu coração estava acelerado e sentia como se fosse sofrer um infarto.
— Eu te amo, Morgana. E não vou te deixar tão cedo. Eu prometo.
Ele a beijou, ela soluçando retribui aquele beijo transbordando seu sofrimento e preocupação, desta vez, Yuiji sentia a mesma dor pois ela estava certa. Ambos estavam tão felizes que esqueceram desse detalhe.
— Eu também te amo. Te amo demais, você é tudo pra mim.
— Eu sei. Vou continuar sendo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... até que a morte nos separe. — Ele voltou a beijá-la a fazendo deitar sobre o colchão.
Tirou o pijama de seu corpo com cuidado, mantendo o beijo lento e calmo. Queria fazê-la esquecer daquilo por um breve momento já que aquela seria sua preocupação pelos próximos anos.
— Você vai morrer primeiro que eu. — diz mantendo os lábios colados no dela — Ou vamos morrer juntos, mas sozinha você não fica!
— Promete? Promete que eu não vou sentir essa dor?
