capítulo cinco.

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O beijo foi uma sensação inesplicavel aos dois, atlas sofreu muito esses tempos em que ficaram separados. Ele nao podia querer tanto nada como sua familia, sua filha, e principalmente a mulher por quem seu coração batia mais forte, a mulher por quem ele mataria e morreria, a mulher que fez de tudo pela família e o amor, e a mulher por quem ele faria tudo. Ela era o amor da vida dele, e ele não fazia questão nenhuma de escutar.

As bocas deles, ansiavam uma a outra, se completavam de uma maneira que nem mesmo eles sabiam como explicar. Era amor, sempre foi o amor, a chama desse sentimento deles, era tão forte que nem a maldade do mundo poderia apagar.

Após esse tempo juntos, os dois estavam sentados no sofá, juntos, apenas relembrando de momentos em silêncio dentro de suas cabeças, e por mais que estejam nesse meio de brigas, discussões e toda essa tensão, era um siliencio bom, um silêncio confortável onde eles apenas apreciavam a companhia um do outro. Sempre foram assim, sempre apreciavam pequenos momentos, não precisava de muito, apenas a companhia já era o bastante para que eles ficassem bem.

Ele passou o braço sobre os ombros dela, indicando que ela poderia descansar sua cabeça sobre seu peito definido, ele, com sua forma protetora, acariciava seu cabelo com o máximo de cuidado que podia, de uma forma que fizesse Luna mais relaxada o possível.

Já Luna, ao mesmo tempo que estranhava o toque de seu ex-marido, estava gostando do fato de ele estar ali, e também estava muito pensativa sobre seus sentimentos por ele. Sua cabeça não parava.

"Porque estou tão nervosa?"
"É só o Atlas, nao tem necessidade de todo esse nervosismo Luna, se acalme"

Ela sabia de tudo que sentia mas nunca seria capaz de assumir para si mesma agora.

Ao se deixar relaxar, e finalmente curtir o carinho de Atlas, Luna apoia suas mãos sobre o colo dele, e fecha os olhos, respirando fundo e soltando em um suspiro fraco pela boca. Atlas meio receoso, deixa um beijo leve no topo de sua cabeça, e voltando ao abraço, ficando nessa posição por algum tempo, o tempo necessário para eles.

— Eu quero te ouvir, Atlas. Me diga a verdade. Eu quero ouvir a verdade.

Luna solta a frase devagar e em meio de sussurros, saindo do abraço de Atlas e se posicionando virada exatamente em sua frente, para o olhar nos olhos. Atlas não esperava essa atitude, e a olhava sem resposta alguma, foi pego de surpresa, nunca esperou que o dia que tanto queria chegasse. A mulher de sua vida, estava ali, dando uma chance dele se explicar, assim como ele havia pedido a todos os tipos de divindades em que ele acreditava.

Ela estava de frente pra ele, olhando profundamente em seus olhos, e se perdia neles como se fosse um profundo oceano cheio de mistério e coisas para desvendar.
Luna esperava uma atitude de Atlas, uma reação a sua fala, ao invés de apenas a encarar.

— Diga-me algo, Atlas! Estou esperando escutar alguma resposta. — Fala Luna, ainda em baixo tom de sussurro.

— Está falando sério? Você está querendo me ouvir, e está querendo explicações minhas? — Ele devolve em perguntas à fala da mulher em sua frente em um tom baixo e de muita confusão, ainda sem acreditar que estava realmente acontecendo.

— Sim, eu estou querendo ouvir você. E não me olhe assim, seu besta. — Revira os olhos.

Luna estava começando a se sentir envergonhada com a atitude do homem em olhar pra ela com um brilho no olhar por simplismente só escutar sua simples frase anterior.

— Como não olhar, Luna? Eu acabei de ouvir você me pedir para falar, você não tem noção do quanto eu esperei ouvir isso da sua boca.

— Ah, que drama, Atlas! Eu só estou tentando melhorar as coisas, ok? Agora você pode parar de drama, e me dizer tudo que sabe?

Ela fala em um tom de voz normal, mas agora querendo realmente a resposta para a sua pergunta.

Os sorrisos acabam e eles se sentam ajeitam no sofá, de uma forma que eles possam conversar bem, seriamente, e finalmente depois de muito tempo poderem se entender.

Atlas começa.

— Eu não sei por onde começar... são tantas coisas, e pensar nisso, me faz sentir o pior marido do mundo, isso deve ter te causado um grande trauma, não é?

Luna concorda com a cabeça.

— Foram muitas coisas mesmo, eu estava lá atlas, eu vivi tudo aquilo. Eu senti na pele que eu poderia morrer a qualquer momento me deixou em pânico, ainda mais por não estar com Liz. — Ela fala voz abafada, querendo chorar. Ao falar de Liz, seus olhos brilhavam com as lágrimas querendo cair, e descer como um rio seguindo seu persurso. Luna era persistente e forte, então como sempre, engoliu tudo, respirou e continuou.

— Ela era uma bebê. Ainda é na verdade, mas não tinha nem os primeiros passos dados, e eu não pude protegê-la.

Atlas escuta com atenção e ele percebe ainda mais agora ouvindo com sinceridade e atenção da mulher explicando tido que vivenciou naquele dia.

— Luna, querida, você não tinha o que fazer, foi tudo uma surpresa, e eu tenho uma parcela de culpa nisso, eu deveria estar lá. Era para eu estar lá.

— Eu estava em pânico, atlas. eu não sabia mais o que fazer enquanto meus pulmões eram impedidos de funcionar.

— Luna... já parou pra pensar que talvez... nem eu e nem você sabemos nossas versões da história toda?

O homem diz com toda sinceridade à Luna, em busca de tentar por em pauta as suas versões de todo o mistério que aconteceu a cerca de um ano atras com eles.

— É, nesse ponto você tem razão.

Luna sabia e tinha a certeza de que as cartas precisariam ser jogadas a mesa, caso realmente quisesse se resolver com Atlas.

Era amor, sempre foi amor, eles se amavam, era como um quebra cabeça incompleto, faltava uma peça em suas vidas, e essa peça eram eles. Eles se necessitavam, eles simplesmente se completavam como nunca.

O casal chegou a decisão de que iriam realmente se abrir um para o outro e rever toda a história, mesmo Luna estando receosa, por se tratar de um grande trauma e sua vida, confiava em Atlas o suficiente para contar a ele seu pesadelo, ou até mais que pesadelo.

— Querida... acho que essa história vem antes do nosso casamento. — Atlas revela seu pensamento como uma teoria para Luna.

— Acho possível. Como deixei me enganar tanto? Até hoje não entendo. — Luna fala sacudindo a cabeça e com a mão fechada de raiva de si.

— Deixamos, deixamos. Ninguém esperava esse tipo de coisa. — O mais velho diz pegando em suas mãos e as apertando para transmitir conforto e segurança à sua mulher.

— Realmente. Eu não esperava. — Luna assente.

Atlas passa a mão sutilmente em suas coxas e as acariciando para tranquilizar Luna, e daí ele começa novamente.

— Vamos lá, adiar essa conversa vai piorar tudo. Está pronta, meu amor?

— Sim. Estou. Vamos lá...

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⏰ Last updated: Feb 13 ⏰

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LUA VERMELHA por Isabele ReisWhere stories live. Discover now