18 - Princess Bar

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Sabiam da sua força, resistência, habilidade e capacidade. Mesmo aqueles que dificilmente não o conhecia, sabiam que era alguém de quem seria muito inteligente manter distância. Era uma máquina mortal em forma humana e causou o efeito que Zemo queria: uma cautela dos terceiros. Após isso, o caminho foi facilmente aberto entre as pessoas para que os quatro passassem sem mais dificuldades.

Apesar do som alto tocando nas caixas de som potentes, era possível ouvir entre os murmúrios:

— Aquele é o Soldado Invernal? — As pessoas o olhavam de cima a baixo com medo.

Daiana sabia que da mesma forma que incomodava a ela referirem-se a Bucky daquela maneira, o incomodava infinitas vezes mais. Lamentava por como seu psicológico deveria estar abalado naquele momento apesar de toda a sua postura, mas também tinha confiança de que a força de Bucky ia muito além que apenas a física e ele conseguiria lidar com aquela tortura da melhor forma possível. Ela se asseguraria, quando estivessem distantes dalí, que mais ninguém se dirigiria a ele daquela maneira.

Alcançaram um bar muito bonito, limpo e organizado, e imediatamente um barman alto e porte físico forte veio atendê-los com uma expressão que dizia sem palavras que ele era tão perigoso quanto qualquer um presente naquele lugar.

— Olá, cavalheiros — os cumprimentou com uma voz grossa que sobressaia qualquer som. — Madame — a ela fez um leve aceno.

Assumindo com ainda mais força seu personagem, Daiana esboçou um minúsculo sorriso de lábios fechados, erguendo levemente a cabeça, cumprimentando-o desta forma discreta.

— Tigre Sorridente — desta vez o cumprimento foi a Sam, que de sorridente não tinha nada, escorado no balcão com uma cara de quem queria ir embora o mais rápido possível. — Não estava esperando você.

Daiana se perguntou se ele havia entendido que precisavam atuar, e com atuar ela queria dizer ser exatamente o oposto do que você é, imbecil. Desejou que pudesse estapeá-lo mentalmente enquanto por telepatia repetia aquelas palavras, mas infelizmente não possuía tal habilidade.

— Os planos dele mudaram — Zemo respondeu por ele, assumindo o controle como disse que iria fazer. — Temos negócios a tratar com a Selby.

Após estas palavras, houve um tenso momento de silencio até o barman de óculos virar-se outra vez para Sam.

— O de sempre? — Foi tudo o que disse, fazendo-a franzir levemente o cenho por descaradamente estar ignorando Zemo.

Sem saberem o que era o de sempre, Sam apenas fez uma rápida confirmação com a cabeça. Daiana não soube identificar se as atitudes do Wilson estavam de acordo com o personagem que ele possivelmente falhava em interpretar, mas o homem do outro lado do balcão observou-o de uma maneira estranha, quase desconfiado. Consolou-se com o pensamento de que todo mundo alí olhava estranho para todo mundo, e tentou não dar muita importância para não levantar ainda mais suspeitas.

Antes de se virar para preparar a bebida do Tigre Sorridente, o sujeito, cujo nome ainda não conheciam, pousou brevemente o olhar sobre ela antes de demorar-se com um pouco de desconfiança perceptível em Barnes, também escorado no balcão ao lado de Daiana, com a cara tipicamente fechada. Ele não precisava fazer muito esforço para entrar no personagem, precisou admitir.

De um grande frasco de vidro, Sam e Daiana mal conseguiram conter o espanto quando viram o enorme barman girar a tampa e retirar com a mão uma grande cobra como se não fosse nada demais. Foi necessário muito autocontrole, enquanto Zemo e Bucky estavam atentos analisando o redor, para a outra dupla não fazer nenhum movimento brusco para se afastarem quando a cobra foi posta sobre uma tábua de madeira bem na frente deles.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐬 | 𝙱𝚞𝚌𝚔𝚢 𝙱𝚊𝚛𝚗𝚎𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora