escravos do amor

capitulo 10

Quase uma semana se passou depois daquele jantar.
E Lívia fica olhando para aquele contrato nas mãos.
Já o leu diversas vezes e ainda assim...não entende porque aquele homem precisa disso.
Ele pode ter a mulher que quiser.
Porque parece que ele tem uma fixação por ela.
Será que foi por tê-lo desafiado?
Será por isso?
Tem que repensar em tudo.
Sua vida depende disso.
Olha-se mais uma vez no espelho.
Está vestida apropriadamente. Casual.
E discreta.
Pronta para uma reunião de negócios.
Sim.
São apenas, negócios.
Seu pai a olha triste.

- Vai mesmo fazer isso com sua vida?

- Pai...é para o nosso próprio bem,será que não entende? Já disse...não vou me envolver mais que o necessário com esse...ser.

- Filha...por tudo de mais sagrado, mude de ideia a esse respeito.

- Não vou voltar atrás.

Ela fala com a voz embargada. Sabe que está deixando o pai triste com sua decisão, mas é a melhor coisa a ser feita no momento.

- Estou indo.

- Não te desejo boa sorte.

Fala contrariado.

Ela sabe.
Mas vai assim mesmo.

A recepcionista a reconhece da outra vez.

- Srta Lívia, bom dia. Em que devo ajudá-la?

- Bom dia. Ao contrário do outro dia, hoje tenho hora marcada com o Sr Richmam.

- Ah sim. Eu vou avisar que a srta já chegou, fique a vontade.

- Obrigada.

Nick está ocupadissimo com vários contratos e negócios que tem pelo mundo todo.
Quando seu pai era vivo, fazia as viagens e outras coisas, que realmente o está deixando louco.
Detesta ter que ser anfitrião. Nunca se preocupava com isso.
Sua noiva, Alexandra que gostava de festas e da vida agitada da alta sociedade nova-iorquina. Ele nunca se importou com isso.
Sempre preferiu o isolamento.
E talvez por isso se sente muito mau com isso, ter que comparecer e ter que engolir sua raiva quando aqueles puxa sacos vem com a falsidade eminente o procurar cheios de risinhos.

- Sr Richmam, a srta Lívia está o aguardando...posso pedir para ela entrar?

- Por favor.

Ele arrumasse na cadeira e a aguardando com as mãos postas sobre a mesa parece um pouco ansioso.
Desde o jantar,não se falaram mais.
E por incrível que pareça, aquela mulher que ele viu de costas em sua casa, de certa maneira mexeu muito com ele.
Em nada lembrava aquela garota atrevida que o expulsou de sua casa com o nariz empinado e olhar arrogante.

" desafiadora e atrevida...hum, interessante..."

- Bom dia, sr Richmam. ( ela fala se maneira séria)

- Bom dia. Fique a vontade.

- Quero resolver logo esse assunto.

- O contrato?

- Sim. E quero discutir uma cláusula...não ficou muito clara para mim.

Ele ergue a sombracelha e sorrindo cruza os braços.

- Muito bem, vamos ao contrato. Qual a sua dúvida?

Ela folheia os papéis, e vai direto ao ponto.

- Cláusula 8.0 " perante a todos, seremos um jovem casal apaixonado. Permitido de ambas as partes gestos de carinho. Fora isso, se faça valer o acordo de antes."
Pode me dizer o que significa isso? Porque você mesmo disse-me não iria trocar-me, e agora...

- Qual o problema?

- Se antes te achava louco, agora toda a minha duvida quanto a isso se comprova. Claro que nunca vou concordar com absurdo desses!

Ele sai de sua cadeira e fica de frente com ela. A olha de maneira intimidadora.

- Vamos fazer assim, terá o seu espaço, e eu o meu. Como está explicado, apenas para os outros, seremos apaixonados, fora isso podemos agir como cão e gato, pouco me importa. E depois de um ano...sairemos cada um para um lado e não faço questão alguna de notícias suas. Fui claro agora?

- E a tal Natália?

- O que tem ela?

Lívia fica vermelha.
Claro que ele entendeu.

- Muito bem, vou ser muito claro com você. Eu e ela temos um acordo. E ela é muito bem paga pra isso. E sei que ela cumpre muito bem a sua parte...a não ser que queira fazer as funções dela...coisa que duvido muito.

Sorriso sarcástico.

" Como ousa!" ( pensa ela furiosa)

Ela fica de pé o encarando direto nos olhos.

- Sr Richmam...apenas pelo respeito que tenho a memória se seu pai, que imagino ter sido um homem de valor...não te mando pra onde pensei anteriormente...e nunca mais ouse a me comparar a uma...

- Garota de programa? Desculpe,mas não fiz isso. Eu as trato de outra maneira, e garanto...nada gentil.

- Insuportável!

- Sério que sou?( sorriso)

Ela respira fundo.
Pega a caneta e assina o contrato.
Satisfeito ele pega o contrato e guarda na gaveta.

Depois ela o olha com muita raiva.

- Espero que fique satisfeito.

- Estou.

- E espero que essa loucura acabe tão rápido como começou.

- O desejo é recíproco.

- Assim espero.

- Apenas...negócios. ( olhar malicioso) ah, espero que já esteja preparada. No final de semana,iremos confirmar nossa união. Apenas alguns convidados, poucos e a cerimônia será na minha mansão.

" Como assim?"

- Mas...como sabia que eu iria aceitar?

Sorriso.

- Nunca perco um negócio.

- Inacreditável! Você é um ser sinceramente arrogante !

Ele nem se preocupa com isso.
Sabe que é exatamente isso.

Ela sai zangada da sala dele.
Começa a se arrepender de ter aceitado isso.
Mas, será apenas um ano.
E passará rápido.
Assim ela espera.